imagem de umas mãos do pai natal a mexer em embrulhos e envelopes com dinheiro - para ilustrar artigo sobre Subsídio de Natal: 5 erros que podem custar caro

O subsídio de Natal é, para muitos, um dos momentos mais esperados do ano. Este rendimento extra, que costuma ser pago entre novembro e dezembro, pode ser encarado como uma bomba de oxigénio para equilibrar o orçamento familiar. Porém, pode ser um perigo se for mal gerido.  

É normal querer aproveitar o dinheiro para celebrar, comprar presentes ou recompensar-se após um ano de trabalho. No entanto, sem planeamento, o subsídio pode desaparecer em poucos dias e custar caro à sua carteira nos meses seguintes. 

É importante que encare o subsídio de Natal como um reforço da sua estabilidade financeira e o integre no seu planeamento financeiro anual.  

Leia ainda: Vai usar o subsídio de Natal de forma inteligente?

Quais os erros mais comuns?  

Erro 1: Gastar tudo em compras por impulso

O primeiro erro é gastar tudo em compras por impulso. A época natalícia, a par das promoções da Black Friday, podem parecer irresistíveis e torna-se fácil cair na tentação.  

Por isso, antes de comprar, defina um limite máximo para gastar. Faça uma lista de necessidades e desejos e siga-a com rigor. Se possível, espere 24 horas antes de realizar uma compra. Muitas vezes, o impulso dá lugar à racionalidade e desaparece. 

Leia ainda: 8 estratégias para controlar os gastos impulsivos no dia a dia 

Erro 2: Ignorar dívidas ou prestações em atraso

O erro número dois é ignorar dívidas ou outros encargos que tenha em atraso. Usar o subsídio de Natal apenas para consumir e deixar dívidas por pagar é um dos erros mais graves. Isto porque os juros vão acumular-se rapidamente e podem comprometer o seu orçamento nos meses seguintes. 

Assim, a dica é destinar uma parte do subsídio para amortizar créditos pessoais ou saldos de cartões de crédito. É uma oportunidade de transformar este rendimento extra em alívio financeiro. 

Erro 3: Não planear despesas futuras

O terceiro erro é não planear despesas futuras. O novo ano traz consigo as despesas do costume (IMI, IUC, seguros, propinas, entre tantas outras). Se gastar tudo em dezembro, pode começar o novo ano com dificuldades. 

Assim, reserve antecipadamente uma parte do subsídio para cobrir estas despesas fixas. Pode colocá-la numa conta poupança separada, de acesso fácil, ou num produto que lhe permita resgatar o dinheiro assim que precisar.  

Erro 4: Esquecer a poupança e o investimento

Outro erro é esquecer-se da sua poupança ou investimentos. Poupar parte do subsídio é uma das formas mais simples de fortalecer o seu futuro financeiro. Esta é também uma oportunidade para reforçar o fundo de emergência ou investir. 

Aplique uma percentagem do subsídio numa poupança estruturada: um PPR, uma conta poupança ou fundo de emergência ou em investimentos conservadores.  

Erro 5: Confundir generosidade com descontrolo

E por fim, o erro número cinco é confundir generosidade com descontrolo. É natural que o espírito natalício convide à partilha, mas facilmente pode cair em exageros. Presentes caros, jantares elaborados e gastos com festas são fontes comuns de desequilíbrio financeiro nesta altura. 

Para evitar que as finanças saiam do seu controlo, defina uma lista de pessoas a quem quer dar um presente e estabeleça um orçamento máximo por cada uma. Além disso, aposte em lembranças simbólicas, experiências ou presentes feitos em casa.  

Leia ainda: 8 estratégias para controlar os gastos impulsivos no dia a dia

Como dividir o subsídio de Natal?  

Cada família deve gerir o seu orçamento da forma mais ajustada à sua realidade. Porém, um método simples e prático a que podem recorrer é distribuir o subsídio por percentagens equilibradas. 

Por exemplo: 40% para despesas de Natal, pessoais ou de lazer, 30% para pagamento de dívidas e encargos futuros e 30% para poupança e investimento.  

Desta forma vão conseguir celebrar o Natal e, ao mesmo tempo, garantir a segurança financeira. O essencial é definir prioridades antes de o dinheiro chegar à conta, em vez de tentar “remendar” depois de o gastar. 

O objetivo é celebrar com consciência, garantindo que entra no novo ano com tranquilidade e não com preocupações financeiras.  

Leia ainda: Oferecer presentes de Natal sem comprometer as suas finanças

A informação que consta no artigo não é vinculativa e não invalida a leitura integral de documentos que suportem a matéria em causa.

Finanças pessoaisLiteracia FinanceiraOrçamento FamiliarPoupança