O Natal é uma época especial para muitas famílias, mas também uma das mais desafiantes para o orçamento familiar. Entre presentes, jantares, viagens, eventos, roupas novas e pequenos extras, os gastos podem acumular-se rapidamente.
Muitas famílias recorrem a poupanças ou mesmo a crédito para fazer face às despesas natalícias. O problema? Arriscam-se a começar o novo ano em desvantagem financeira.
Mas o Natal não tem de causar mossa no orçamento. Com planeamento, limites pré-definidos e estratégias simples, é possível celebrar a quadra natalícia com conforto, garantindo que o novo ano começa com tranquilidade.
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Quanto se deve gastar no Natal?
Não existe uma resposta certa para esta pergunta. A resposta vai sempre depender do rendimento e das prioridades de cada família. Ainda assim, é possível seguir algumas linhas orientadoras.
O segredo está em ajustar o orçamento de Natal ao rendimento mensal, garantindo que as despesas desta época não comprometem as finanças dos meses seguintes.
Uma boa forma de começar é aplicar a regra 50/30/20 ao seu orçamento familiar:
- 50% do rendimento para necessidades (habitação, alimentação, transportes, contas fixas);
- 30% para desejos, onde entram os gastos de lazer e o Natal;
- 20% para poupança ou amortização de dívidas.
O ideal é que o total gasto com o Natal não ultrapasse metade da sua fatia de “desejos”, ou seja, idealmente deve corresponder a cerca de 15% do rendimento mensal. Assim, ainda fica com margem para outros gastos de lazer ou imprevistos que possam surgir.
Vamos a um exemplo?
Cenário: família de três pessoas, com rendimento líquido de 2.000 euros por mês e com subsídio de Natal equivalente a um salário.
Rendimento mensal + subsídio: 4.000 euros
- Necessidades (50%): 2.000 euros
- Desejos (30%): 1.200 euros
- Poupança/Dívidas (20%): 800 euros
Se reservar metade da categoria “desejos” para o Natal, o orçamento equilibrado será de 600 euros. Esse valor deve englobar presentes, alimentação, decorações, eventos, deslocações.
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