Mulher explora investimentos diversificados

25% dos portugueses não sabem o que é diversificação de investimentos. A conclusão é do 2º Barómetro Doutor Finanças, numa edição dedicada aos Hábitos de Investimento, realizado pela Universidade Católica-Lisbon, em parceria com o Doutor Finanças.

Apesar de 71% afirmar saber o que é a diversificação de investimentos, apenas 40% aplica efetivamente essa estratégia.

Muitos conhecem o conceito, poucos o aplicam

A ideia de não “colocar todos os ovos no mesmo cesto” parece compreendida por grande parte dos inquiridos. No entanto, só quatro em cada dez afirmam diversificar na prática as suas carteiras de investimento. Ou seja, 71% conhece o conceito de diversificação de investimento, mas só 40% a pratica.

25% confessa desconhecer totalmente o que significa diversificação de investimento, o que aponta para o risco de concentrar o património em poucos produtos.

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13% investe só num produto

Mesmo entre os que dizem diversificar, a dispersão dos investimentos é reduzida. Segundo o barómetro, 13% destes investidores referem ter investido apenas num produto. Outros 11% indicaram dois produtos e apenas 9% identificaram 5 produtos e 6 produtos. Quanto ao investimento em 7 produtos, só 4% dos inquiridos afirmou este tipo de diversificação.

A maioria concentra-se em três (24%) ou quatro produtos (21%). Esta baixa diversificação pode deixar os investidores mais expostos a oscilações de mercado e a perdas súbitas, caso um ativo desvalorize de forma acentuada.

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37% avalia os seus conhecimentos em nível médio

O barómetro mostra ainda que o conhecimento financeiro continua a ser limitado para grande parte da população. A maioria (37%) classifica o seu nível de conhecimento em 3, numa escala de 1 a 5, sinal de entendimento básico. 29% classifica o seu nível de conhecimento em 4.

15% coloca-se nos níveis mais baixos (1 e 2), revelando perceções de défice de literacia. Apenas 16% se atribui nota máxima, refletindo uma minoria confiante nas suas competências financeiras.

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Educação financeira como chave para investir melhor

Os dados revelam que existe espaço para reforçar a literacia financeira em Portugal. A fraca aplicação da diversificação de investimento e a baixa perceção de conhecimento podem travar estratégias mais seguras e rentáveis.

Promover formação financeira pode ajudar os investidores a construir carteiras mais equilibradas, proteger o património e aproveitar melhor as oportunidades do mercado.

Conheça as principais conclusões do barómetro aqui.

Ficha técnica: Este inquérito foi realizado pelo Centro de Estudos Aplicados (CEA) da Universidade Católica-Lisbon em colaboração com o Doutor Finanças, entre os dias 31 de julho e 28 de agosto de 2025. O universo-alvo é composto por indivíduos com 18 ou mais anos residentes em Portugal. Os inquiridos foram selecionados aleatoriamente a partir de uma lista de números de telemóvel, também ela gerada de forma aleatória. A margem de erro máximo associado a uma amostra aleatória de 701 inquiridos é de 4%, com um nível de confiança de 95%.

A informação que consta no artigo não é vinculativa e não invalida a leitura integral de documentos que suportem a matéria em causa.

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