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Seguro de vida: O que afeta o prémio a pagar?

Tem um seguro de vida, mas não sabe porque paga tanto por ele? Fique a conhecer algumas das razões que afetam o seu prémio anual.

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Seguro de vida: O que afeta o prémio a pagar?

Tem um seguro de vida, mas não sabe porque paga tanto por ele? Fique a conhecer algumas das razões que afetam o seu prémio anual.

O prémio de um seguro de vida é determinado por um conjunto diverso de fatores. O seu estilo de vida, historial de saúde, a sua profissão e até mesmo a idade, têm um papel preponderante no valor final.

Ainda que, por vezes, o prémio possa ser elevado, em caso de morte prematura e inesperada, um seguro de vida pode trazer algum conforto financeiro a uma família. Especialmente, se estiver dependente dos rendimentos dessa pessoa.

Fique a conhecer, neste artigo, os principais fatores que podem explicar o valor que paga anualmente por este seu seguro.

O tipo de coberturas do seguro

As coberturas previstas na apólice são um dos vários fatores que podem alterar significativamente o que tem de pagar anualmente. Quanto maior o número de situações cobertas pelo seu seguro, em conjunto com o valor do capital seguro, mais paga de prémio.

Estas coberturas incluem as situações ditas mais comuns, como morte ou invalidez total e permanente. No entanto, existem outras mais específicas, nomeadamente morte por acidente de viação, diagnóstico de cancro, AVC ou enfarte do miocárdio.

Por isso, antes de fazer um seguro de vida, decida quais as situações que pretende segurar. Depois, deve definir qual o valor do capital seguro, ou seja, o valor que a seguradora tem de pagar, caso aconteça alguma das situações previstas na apólice. Definidos estes dois fatores, a seguradora deve apresentar-lhe o prémio a pagar, de acordo com as suas opções. Porém, quanto mais abrangente for a sua apólice, mais cara será.

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Idade de quem contrata o seguro de vida

Um dos principais fatores que afeta o prémio a pagar é a idade do tomador do seguro. Quanto mais velho, mais caro fica o prémio. Isto acontece porque aumenta o risco de morte e, consequentemente, também a probabilidade da seguradora ter de pagar a si, ou à sua família, mediante as condições acordadas.

Este risco acrescido deve-se a várias razões. Poder vir a ter doenças mais graves, acidentes, lesões e outras situações similares fazem parte desta lista. Por isso, se pretende fazer um seguro de vida, deve fazê-lo o quanto antes.

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Sedentarismo pode agravar o seu seguro de vida

De acordo com a revista científica, The Lancet, a falta de exercício causa cerca de cinco milhões de mortes por ano. Com a adoção do teletrabalho durante a pandemia da Covid-19, registou-se uma redução significativa do exercício físico, em níveis que já preocupam os especialistas.

Tendo em conta que o sedentarismo afeta bastante a saúde, o seu estilo de vida atual é igualmente tido em conta na hora de atribuir o prémio do seguro de vida. Assim, quanto mais atividade física fizer, menor será o pagamento. Com esta prática, aumenta a probabilidade de ser mais saudável e, como tal, representa um menor risco financeiro para a seguradora.

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jovem mulher em consulta médica aguarda a prescrição que o médico está a redigir

Historial de saúde e doenças

Outro fator que tem impacto no prémio do seu seguro de vida é o historial de saúde. Isto significa que situações relacionadas com a sua saúde, tais como doenças anteriores têm um "peso" considerável no processo. Assim, se teve uma doença grave recentemente, conte com um agravamento no seu seguro.

No entanto, a seguradora também tem em consideração o tempo decorrido entre esses acontecimentos e o presente. Ou seja, se os problemas já foram ultrapassados há muito tempo, podem já não ter um grande impacto no prémio. Ainda assim, em certos casos, a seguradora pode até recusar-se a fazer um seguro, nomeadamente em doenças terminais ou outros fatores em que exista uma grande probabilidade de o tomador vir a falecer num futuro próximo.

A somar a esta penalização direta, saiba que a seguradora também pode recusar-se a prestar coberturas em determinados casos. Por exemplo, eliminar a cobertura de morte ou a invalidez provocadas por certas doenças ou acidentes, sejam de trabalho ou pessoais.

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Profissão também influencia prémio

A sua profissão também tem um "peso" considerável neste processo. Por exemplo, se esta requerer um grande esforço físico, a longo prazo, é expectável que afete a sua saúde.

As consideradas profissões de risco também têm um efeito negativo no prémio anual. Por exemplo, um camionista ou um bombeiro têm uma maior probabilidade de ter um acidente ou morrer prematuramente.

Por outo lado, um emprego que o leve a estar sempre sentado também não joga a seu favor. Ainda que não seja uma atvidade perigosa ou que não tenha de fazer grandes esforços, existe uma maior tendência para posturas erradas e falta de exercício que, a longo prazo, podem causar problemas graves de saúde.

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Hábitos de consumo de tabaco ou ingestão de álcool

Em Portugal, cerca de 12% das mortes devem-se ao consumo de tabaco. Esta realidade também é tida em consideração pelas seguradores, de forma a diminuir o seu risco financeiro ao fornecer um seguro de vida a uma pessoa fumadora. Isto implica que o prémio seja significativamente mais elevado no caso de ter hábitos de consumo de tabaco.

Além destes hábitos, surge também a ingestão de álcool como um dos fatores que causam mortes prematuras em Portugal, sendo expectável que o seu consumo possa reduzir em um ano a esperança de vida. Logo, as seguradoras também penalizam os prémios dos seguros de vida caso se confirme este hábito, em excesso.

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Índice de massa corporal e tensão arterial

Um outro fator, diretamente relacionado com a saúde, é o peso. Como tal, as seguradoras podem utilizar o seu índice de massa corporal para determinar o valor a pagar pelo seu seguro. Índices fora dos parâmetros normais constituem um maior risco para as seguradoras, visto que se tratam de casos de magreza ou obesidade.

Assim, caso se trate de uma pessoa obesa, tem uma maior probabilidade de desenvolver problemas de hipertensão, cardiovasculares, entre outras situações que podem levar à morte. Por essa razão, o prémio do seguro da vida pode "disparar".

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O que não pode influenciar o seu seguro de vida

As seguradoras já consideraram o género do tomador do seguro no cálculo do prémio. No entanto, atualmente, estão proibidas de considerarem fatores discriminatórios, como o género de um indivíduo, no valor a pagar pelo seguro. Trata-se de uma norma europeia que também garante que as seguradoras não podem considerar a informação genética, entre outros fatores, para aprovar ou negar um seguro.

Assim, de acordo com o n.º 1 do artigo 11.º da Lei n.º 26/2016, de 22/08:

Ninguém pode ser prejudicado, sob qualquer forma, em função da presença de doença genética ou em função do seu património genético. 

Por isso, se uma seguradora o questionar sobre estes assuntos, saiba que, independentemente da sua resposta, não pode ser prejudicado e/ou discriminado.

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A informação que consta no artigo não é vinculativa e não invalida a leitura integral de documentos que suportem a matéria em causa.

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