- Minérios e metais: 17,1 mil milhões de euros
- Máquinas: 10,9 mil milhões de euros
- Químicos e borrachas: 10,8 mil milhões de euros
- Agro-alimentares: 10,1 mil milhões de euros
- Material de transporte: 9,7 mil milhões de euros
- Peles, couros e têxteis: 6,5 mil milhões de euros
- Madeira, cortiça e papel: 6,1 mil milhões de euros
- Vestuário e calçado: 2,2 mil milhões de euros
- Viagens e turismo: 21,1 mil milhões de euros
- Transportes: 9 mil milhões de euros
- Serviços de telecomunicações, informáticos e de informação: 3,7 mil milhões de euros
- Construção: 971,5 milhões de euros
- Outros: 9,4 mil milhões de euros (setores individualmente muito pouco expressivos, onde os maiores são, por exemplo, os serviços culturais e recreativos, com 391 milhões de euros, ou os serviços financeiros, com 396 milhões de euros)
Evolução das exportações portuguesas de bens e serviços entre 2000 e 2022
Em 2000, Portugal exportava bens no valor de 27 mil milhões de euros. De lá para cá, Portugal quase multiplicou por três o volume exportado (em termos nominais, ou seja, não descontando o valor da inflação). Em 2022, as exportações de bens atingiram 78,3 mil milhões de euros:O volume de serviços vendido ao exterior só começou a assumir algum significado no período "pós troika", isto é, após Portugal sair do período de resgate financeiro em 2014. Portugal consolidou a aposta no turismo e as receitas cresceram de forma continuada desde então (excetuando o período da pandemia):Quais os produtos e quanto valem as importações portuguesas?
De acordo com os dados da Pordata, em 2022, as importações de bens atingiram os 124,9 mil milhões de euros. Se analisarmos os setores que mais importam em Portugal, vamos encontrar os principais setores exportadores. Posto de forma simples, isto quer dizer que o valor acrescentado das exportações portuguesas continua a ser baixo. Continuamos a depender, em muito, das nossas compras ao exterior, para produzir os bens que exportamos. Para o ranking dos setores mais importadores, acrescentamos o valor das exportações desses mesmos setores:Setores (valores em milhões de euros) | Importações | Exportações |
Minérios e metais | 29.587 | 17.130 |
Químicos, borrachas | 18.676 | 10.870 |
Máquinas | 18.363 | 10.918 |
Agroalimentares | 15.517 | 10.058 |
Material de transporte | 11.169 | 9.696 |
Pele, couro e têxteis | 6.357 | 6.539 |
Madeira, cortiça e papel | 3.526 | 6.116 |
Vestuário e calçado | 1.101 | 2.175 |
Evolução da balança comercial entre 2000 e 2022
O saldo da balança comercial é dado por "exportações - importações" e inclui os bens e os serviços. Se a diferença é positiva, temos um excedente comercial, que "faz crescer" o produto interno bruto. Se o saldo for negativo, isso abate às outras componentes, fazendo descer o produto. Isto porque, o produto interno bruto (PIB) a preços de mercado, na ótica da despesa, corresponde a:- Consumo privado (famílias e empresas residentes) + consumo público (Estado e organismos públicos) + investimento + exportações de bens e serviços - importações de bens e serviços.
- balança comercial de bens historicamente deficitária (compramos mais ao exterior do que vendemos);
- balança comercial (bens e serviços) positiva entre 2012 e 2019: superavits da balança de serviços (turismo) compensaram, ainda que de forma ténue, os déficits da balança de bens;
- balança comercial (bens e serviços) negativa em 2020 e 2021 (-3,9 e -5,6 mil milhões de euros): receitas do turismo muito baixas, não chegaram para compensar a deficitária balança de bens;
- balança comercial (bens e serviços) negativa em 2022 (-4,9 mil milhões de euros): embora a balança dos serviços tenha voltado a um expressivo superávit (21,5 mil milhões de euros), tal não foi suficiente para compensar o déficit da balança de bens (-26,5 mil milhões), o mais negativo desde que há registos.
A informação que consta no artigo não é vinculativa e não invalida a leitura integral de documentos que suportem a matéria em causa.
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