Mulher segura num telemóvel com uma aplicação de investimentos

Metade dos portugueses continua a escolher a banca tradicional como principal canal para aplicar o seu dinheiro. Mas há sinais de mudança: um em cada cinco já recorre a aplicações digitais para investir, revelando maior abertura às novas tecnologias financeiras.

Os dados são do 2º Barómetro Doutor Finanças, numa edição dedicada aos Hábitos de Investimento, realizado pela Universidade Católica, em parceria com o Doutor Finanças. O inquérito mostra que, apesar da crescente presença de apps e plataformas, os investidores mantêm um perfil conservador e uma forte ligação às instituições bancárias.

Banca tradicional lidera com 50% das preferências

O barómetro revela que 50% dos inquiridos investem através da banca tradicional. Esta escolha reflete a confiança em intermediários reconhecidos e na segurança associada aos canais formais.
As aplicações já conquistaram 20% dos investidores, enquanto as plataformas online representam 17%. A banca de investimento surge apenas com 8%, evidenciando um peso residual.

A aposta em canais institucionais demonstra que, para muitos, a proximidade e o aconselhamento profissional continuam a ser decisivos na hora de aplicar poupanças.

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Bancos também dominam como fonte de informação

Quando procuram orientação sobre investimentos, mais de metade (52%) recorre aos bancos. Os sites especializados surgem em segundo lugar, com 31%, seguidos de amigos e família (21%).
As redes sociais (19%) e livros ou cursos (18%) têm menor expressão.

Por fim, os consultores financeiros são escolhidos por 14%, enquanto influencers de finanças pessoais apenas por 10%.

Estes números confirmam um perfil de investidor prudente, que privilegia fontes tradicionais e reconhecidas, mesmo quando avalia alternativas digitais.

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Perfil conservador desafia inovação

Apesar do crescimento das soluções digitais, o barómetro mostra que a maioria ainda depende dos canais tradicionais para investir.

O desafio passa por aproximar os investidores de ferramentas inovadoras, garantindo que a confiança conquistada pela banca tradicional seja replicada no ambiente online.

Conheça as principais conclusões do barómetro aqui.

Ficha técnica: Este inquérito foi realizado pelo Centro de Estudos Aplicados (CEA) da Universidade Católica Portuguesa em colaboração com o Doutor Finanças, entre os dias 31 de julho e 28 de agosto de 2025. O universo-alvo é composto por indivíduos com 18 ou mais anos residentes em Portugal. Os inquiridos foram selecionados aleatoriamente a partir de uma lista de números de telemóvel, também ela gerada de forma aleatória. A margem de erro máximo associado a uma amostra aleatória de 701 inquiridos é de 4%, com um nível de confiança de 95%.

A informação que consta no artigo não é vinculativa e não invalida a leitura integral de documentos que suportem a matéria em causa.

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