Com a entrada no mercado de trabalho, surge um elemento crucial para as finanças pessoais: os rendimentos. O rendimento mensal conseguido pela atividade profissional, denominado de ordenado, é o outro lado que equilibra as despesas nas finanças pessoais. Claro que com o decorrer da vida e o aumento da literacia financeira (nomeadamente sobre investimentos), é possível que surjam outras fontes de rendimento. No entanto, no início da vida profissional e com a entrada no mercado de trabalho, este é o principal rendimento.
Para fazer render o montante mensal recebido no ordenado a curto, médio e longo prazo, há algumas dicas a ter em consideração. Analisamo-las neste artigo.
Primeiro: pague-se a si próprio
Esteja na lista de prioridades a “satisfazer” com o seu ordenado. Pagar-se a si mesmo significa poupar, colocar determinado valor de parte, para que possa usufruir dele mais tarde:
- Na reforma;
- No momento de maior dificuldade financeira (fundo de emergência);
- Como entrada para comprar uma casa;
- Para viajar;
- Para concretizar qualquer outro objetivo
É importante definir objetivos de poupança. Se o argumento de “se pagar a si próprio” é muito vago, então deve atribuir algum significado mais concreto, como os que vimos na lista em cima.
E, acima de tudo, pague-se a si mesmo logo no início do mês. Não deixe para o que sobrar no final do mês. Por regra, nunca sobra.
Analisar opções e ponderar despesas
Com a entrada no mercado de trabalho, é natural que surjam despesas. Falamos de despesas mais pequenas, como a ida ao restaurante na hora de almoço, subscrição de serviços de streaming, e das maiores: compra de carro, de casa, seguros de vida, seguros saúde, etc.
Antes de tomar qualquer decisão pondere a necessidade de avançar com essa despesa. Precisa mesmo de um serviço de streaming? Tem tempo para usufruir dele? Precisa mesmo de carro ou consegue fazer a maioria das deslocações de bicicleta? Se ainda assim vir que é imprescindível, analise as várias opções.
Por exemplo, antes de contratar um crédito habitação, recolha o máximo de propostas e compare-as, para que possa escolher a melhor solução. O Doutor Finanças pode apoiá-lo nessa tarefa.
Investir nos primeiros meses após a entrada no mercado de trabalho
Receber o primeiro ordenado é uma sensação muito boa. Mas melhor do que isso é diversificar as fontes de rendimento e, se possível, atingir a independência financeira. Ou seja: ter rendimentos que não dependem do seu tempo, do seu trabalho.
Para isso, deve conhecer e analisar qual o melhor tipo de investimento para o seu perfil.
Leia ainda: Independência financeira: o que é e como atingir
No fundo, a entrada no mercado de trabalho é o início de um novo capítulo na vida sua financeira. Tire o melhor partido desta etapa, fazendo coisas que lhe dão gozo, pagando as despesas indispensáveis e pagando-se a si próprio.
Passar a ter dinheiro nosso para gastarmos onde quisermos é algo que não tem preço. Mas, o melhor é não cair em demasiadas tentações. Haverá poucas alturas melhores para constituirmos poupança. Por regra, quando se entra no mercado de trabalho não se tem despesas fixas, nem responsabilidades. Por isso, mais do que nunca, esta á a oportunidade para criar um pé de meia para enfrentar melhor o futuro.
Leia também sobre quanto deve poupar do seu ordenado
A informação que consta no artigo não é vinculativa e não invalida a leitura integral de documentos que suportem a matéria em causa.
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