Finanças pessoais

Poupar na próxima ida ao supermercado? É possível

Poupar nas idas ao supermercado parece cada vez mais difícil. Perante este cenário, esta tarefa pode tornar-se uma dor de cabeça.

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Poupar na próxima ida ao supermercado? É possível

Poupar nas idas ao supermercado parece cada vez mais difícil. Perante este cenário, esta tarefa pode tornar-se uma dor de cabeça.

Poupar nas idas ao supermercado pode estar a parecer-lhe cada vez mais difícil. Com os sucessivos aumentos dos preços na maioria dos produtos que consumimos, a tarefa de poupar nas compras pode tornar-se uma "dor de cabeça". Especialmente, para famílias numerosas ou monoparentais.

Por ouro lado, seguir um regime alimentar saudável também pode parecer-lhe uma "missão" mais complicada. No entanto, não é impossível. E existem diversas opções para usufruir de uma dieta equilibrada a preços acessíveis.

Assim, neste artigo, abordamos algumas estratégias de poupança e, sempre que possível, tentando associá-las a uma boa alimentação.

Planeie as refeições da semana antes de ir às compras

O planeamento é chave no que diz respeito a poupar. Se por um lado deve planear os seus gastos, antes de ir às compras, deve planear as suas refeições para a semana? Porquê? Quando faz o planeamento das refeições que pretende fazer durante a semana, está, automaticamente, a planear os alimentos de que vai precisar. Por exemplo, se planeia fazer arroz de frango, deve basear-se nesta receita para perceber o que vai precisar.

Ao fazer este planeamento vai, por um lado poupar, que é o objetivo principal. No entanto, estará também, a reduzir o desperdício alimentar, pois evita comprar alimentos dos quais não precisa e que, eventualmente, se iriam estragar.

Leia ainda: O que liga a poupança à redução do desperdício?

Faça uma lista completa do que precisa

Uma das regras importantes para poupar na ida ao supermercado, passa pela preparação de uma lista com os artigos de que vai precisar. Pode iniciar a sua lista tendo em conta o planeamento de refeições. No entanto, existem outros artigos para além dos alimentares de que poderá necessitar, designadamente papel higiénico, produtos de limpeza, artigos de higiene, detergentes, entre muitos outros.

Assim, deve iniciar este processo analisando as diversas divisões da casa onde guarda os seus produtos. Se preferir, pode ir anotando as coisas que fazem falta à medida que se vai apercebendo. Desta forma, é mais difícil deixar passar algo por esquecimento.

Leia ainda: 10 dicas para poupar na conta do supermercado

Compare preços de diferentes superfícies comerciais

Outra dica chave passa pela comparação de preços entre superfícies comerciais. Esta comparação pode ser feita de várias formas: presencialmente, por folhetos ou online. Atualmente, com a disseminação da internet e das redes sociais, o processo de comparação de preços online acaba por ser o mais prático e rápido. Basta entrar no site dos supermercados e ver os preços dos produtos. Se, por outro lado, preferir fazer esta comparação presencialmente ou através dos folhetos, também terá o mesmo resultado. No entanto, existem benefícios em fazer esta comparação online. Nem todos os produtos que têm promoções aparecem no folheto. Muitas vezes, existem produtos dos quais precisa e que têm promoção, mas essa não vigora no folheto informativo. Contudo, ao fazer a pesquisa online, terá acesso a essa informação, o que pode ser bastante vantajoso.

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Analise os preços de diferentes versões do mesmo alimento

Atualmente, devido ao cenário de inflação, esta dica faz, ainda, mais sentido. Com o progressivo aumento dos preços dos produtos, em particular, dos alimentos frescos, arranjar alternativas nutricionalmente saudáveis e económicas é bastante útil.

Por exemplo, um produto fresco que tem sofrido aumentos bastante acentuados é o brócolo, cujo preço/kg varia entre os 2.99€ e os 3.99€. No entanto, se verificar a opção congelada deste mesmo produto, verifica que o seu preço/kilo ronda os 1.99€. No que diz respeito ao aspeto nutricional, o perfil do produto é praticamente o mesmo. Assim, ao fazer esta troca está a poupar, sem comprometer o aspeto nutricional do produto. Atualmente, consegue encontrar diversos tipos de vegetais congelados. No entanto, tenha atenção e faça sempre a comparação de preços. Normalmente compensa, mas pode existir alguma situação em que seja diferente.

Contudo, os produtos congelados não são a única opção de troca. Também as conservas podem ser boas opções de troca, quer do ponto de vista económico, quer do ponto de vista nutricional. Por exemplo, o atum é um peixe cujo preço/kg em conserva é muito mais baixo do que a versão fresca ou congelada. O mesmo acontece com outros alimentos do mesmo tipo, como cavala, salmão e sardinha. No entanto, tenha em atenção o tipo de conserva que escolhe. Opte por conservas ao natural, ou seja, em água em vez de azeite ou óleo. Conservas em gordura têm um valor calórico superior, quando comparadas com as conservadas ao natural.

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Vários legumes dispostos, como cenoura, pimentos, bróculos, couve

Para poupar, opte por produtos frescos sazonais

Acompanhar a sazonalidade dos produtos é uma ótima oportunidade para poupar. Os produtos frescos, como fruta e legumes, têm as suas épocas específicas de crescimento. Nestas alturas, uma vez que existe maior quantidade do produto em questão, o seu preço tende a ser mais baixo. Pelo contrário, quando compramos os produtos frescos fora da sua época, o preço vai ser bastante superior, pois a disponibilidade não é tanta e as condições necessárias para o seu crescimento são mais dispendiosas.

Atualmente, é possível ter todos os frutos e legumes durante todo o ano, devido às estufas. No entanto, estas são de maior manutenção, o que encarece o produto final. Além disso, apesar de existir a possibilidade de plantar em estufas, a quantidade é visivelmente mais reduzida quando comparada com as que se obtêm na época específica de crescimento.

Por fim, mas não menos importante, tenha atenção ao sabor do alimento. Já alguma vez comprou morangos fora da sua época e lhe pareceram "insípidos"? Isto deve-se ao facto de, apesar de ser possível produzir morangos, estes não adquirem as características que costuma ter na sua época, o que se torna notório no seu sabor. O mesmo acontece com outras frutas e legumes.

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Evite alimentos pré-cortados e embalados

Alimentos pré-cortados e embalados são, sem dúvida bastante práticos. No entanto, quando o objetivo é poupar, estes não são tão benéficos. Alguns exemplos deste tipo de alimentos são: cebola picada, alface embalada, cenoura ralada, preparado de legumes para sopa, entre muitos outros. Quando analisamos o preço destes artigos à embalagem, nem parecem muito dispendiosos. No entanto, se verificar o preço/kg e comparar com a versão original vai perceber que existe uma grande diferença. Estes são considerados produtos de conveniência, pois o tempo de preparação é diminuído, sendo, por vezes, erradicado. Contudo, ao ser prático, é mais caro, pois o cliente está a pagar a pré-preparação que o alimento sofreu.

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Verifique se existem produtos com etiqueta do fim da validade

Alguma vez reparou, numa ida ao supermercado, em alimentos com uma etiqueta grande, de diferente coloração, com a designação "aproximação de fim de validade"? Atualmente, a maioria dos supermercados coloca certos artigos, cujo prazo de validade se está a aproximar do fim, em promoção. Esta estratégia visa diminuir o desperdício alimentar, incitando os clientes à aquisição destes produtos ao colocá-los a preço reduzido. Além de conseguir comprar produtos que necessita a um ótimo preço, é, também, uma boa oportunidade para experimentar produtos novos dos quais ainda não sabe se gosta.

No entanto, existem regras para a colocação destes artigos à venda. Em primeiro lugar, estes não podem estar à venda no próprio dia em que acaba a validade. Ou seja, têm de ser retirados de venda antes dessa data. Em segundo lugar, o dia a serem retirados de venda depende da duração do produto. Por exemplo, um suplemento alimentar que tenha a duração de um mês, ou seja, que tenha aproximadamente 30 porções, tem de ser retirado de venda, no mínimo, um mês antes de terminar a validade. Assim, deve conferir a duração do produto, para perceber se o vai consumir a tempo.

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Evite ir às compras de estômago vazio

Por fim, mas não menos importante, evite ir às compras de estômago vazio. Dê preferência, se possível, a alturas pós-refeições para fazer as suas compras. Porquê? O facto de ir às compras com fome vai levá-lo a comprar certos "snacks" por impulso, só para satisfazer essa necessidade. Ao ver algo na prateleira vai justificar a compra com o facto de "ter alguma fome". No entanto, o dinheiro que vai gastar nesses produtos poderia ser poupado se tivesse feito uma refeição antes de ir ao supermercado.

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A informação que consta no artigo não é vinculativa e não invalida a leitura integral de documentos que suportem a matéria em causa.

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