As taxas de juro associadas ao crédito da casa desceram, em julho, pelo sexto mês consecutivo, atingindo o valor mais baixo desde outubro do ano passado.
De acordo com os dados revelados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito habitação caiu de 4,513%, em junho, para 4,487%, em julho (menos 2,6 pontos base).
A taxa de juro tem vindo a diminuir desde o início do ano, depois de ter atingido um máximo de 4,657% no mês de janeiro. Desde então, acumula uma descida de 17 pontos base, motivada pelo alívio do indexante, as taxas Euribor, e a expectativa de mais cortes de juros por parte dos bancos centrais.
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Juros dos contratos mais recentes caem pelo nono mês
Considerando apenas os contratos mais recentes, celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro diminuiu pelo nono mês consecutivo, passando de 3,729% em junho, para 3,713%, em julho (menos 1,6 pontos base).
Neste caso, a taxa de juro acumula já uma queda de 66,7 pontos base desde o máximo atingido em outubro de 2023, de 4,380%.
“Para o destino de financiamento Aquisição de Habitação, o mais relevante no conjunto do crédito à habitação, a taxa de juro implícita para o total dos contratos desceu, para 4,448% (-2,6 pontos base face a junho). Nos contratos celebrados nos últimos 3 meses, a taxa de juro registou a nona redução consecutiva, diminuindo 1,5 pontos base face ao mês anterior, fixando-se em 3,691%”, acrescenta o INE.
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Prestação média aumenta para 405 euros
Os dados do INE mostram que, em julho, considerando a totalidade dos contratos de crédito habitação, o valor médio da prestação mensal fixou-se em 405 euros, mais um euro do que no mês anterior e mais 35 euros (9,5%) do que em julho de 2023.
Do valor da prestação, 244 euros (60%) correspondem a pagamento de juros e 161 euros (40%) a capital amortizado. No mesmo mês do ano passado, a componente de juros representava 55% do valor médio da prestação (370 euros) e 17% no mesmo mês de 2022.
Este acréscimo de um euro no valor da prestação reflete o aumento registado nos contratos celebrados nos últimos três meses – o valor médio da prestação subiu 14 euros em julho face ao mês anterior, para 611 euros – devido à subida do montante dos empréstimos contraídos.
No que respeita ao capital médio em dívida, para a totalidade dos contratos subiu 250 euros em julho face ao mês anterior, fixando-se em 66.529 euros.
Para os contratos celebrados nos últimos três meses, o montante médio em dívida foi 127.541 euros, mais 1.599 euros do que em junho.
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