Nos últimos anos, os ETF — Exchange-Traded Funds — ganharam destaque como instrumentos de investimento acessíveis, versáteis e eficientes, tanto para investidores individuais como institucionais.

Preparámos este artigo para ajudar a compreender melhor o funcionamento dos ETF, a sua utilidade na construção de carteiras diversificadas e as características de cinco fundos com elevada representatividade entre os investidores em Portugal.

Estes instrumentos têm ganhado atratividade mas, antes de  escolher um ETF para começar a investir, é importante perceber exatamente em que é que está a aplicar o seu dinheiro.

Leia ainda: O que considerar na hora de escolher um ETF?

O que são ETF?

Os ETF são fundos de investimento que replicam o desempenho de um índice, setor, ativo ou estratégia de mercado. Tal como as ações, são negociados em bolsa ao longo da sessão de mercado, permitindo ao investidor comprar e vender em tempo real. Combinam assim a diversificação típica dos fundos com a flexibilidade das ações cotadas.

Entre os principais atrativos dos ETF encontram-se:

  • Negociação contínua: podem ser comprados ou vendidos a qualquer momento do horário de mercado, ao preço de mercado em tempo real;
  • Baixos custos: geralmente apresentam comissões de gestão e transação inferiores às dos fundos de gestão ativa;
  • Transparência: a composição da carteira é pública e regularmente atualizada;
  • Diversificação: permitem acesso a dezenas ou centenas de ativos através de um único produto;
  • Eficiência fiscal: em alguns casos, como nos fundos de acumulação, os dividendos são automaticamente reinvestidos.

Estes elementos tornam os ETF particularmente apelativos para quem procura construir uma carteira de longo prazo, com custos controlados e gestão passiva. Se tem dúvidas sobre como funcionam estes instrumentos, descubra como comprar um ETF.

Leia ainda: ETF: O que são e como funcionam como opção de investimento

Cinco ETF com forte adesão entre investidores

Apresentamos cinco ETF que se destacam pela sua popularidade e características distintas. Estes exemplos visam ilustrar diferentes formas de exposição ao mercado, desde índices amplos até setores específicos, não representando qualquer recomendação de investimento.

1. iShares Core MSCI World UCITS ETF (EUNL.DE)

Este ETF oferece exposição a empresas de mercados desenvolvidos, replicando o índice MSCI World, composto por mais de 1.500 ações de grande e média capitalização em países como os EUA, Japão, Reino Unido, França e Alemanha. Os setores com maior peso são a tecnologia, a saúde e o consumo.

O fundo segue uma política de acumulação, ou seja, os dividendos gerados pelas empresas investidas são reinvestidos no próprio fundo. Utiliza uma estratégia de replicação otimizada (sampling), escolhendo uma amostra representativa do índice para reduzir custos de transação.

Este ETF é indicado para quem procura uma exposição global diversificada, sendo negociado em euros na bolsa de Frankfurt.

2. iShares Core MSCI Emerging Markets IMI UCITS ETF (IS3N.DE)

Para quem pretende investir em economias em desenvolvimento, este ETF é uma opção relevante. Ele replica o MSCI Emerging Markets Investable Market Index, abrangendo empresas de grande, média e pequena capitalização em países como China, Índia, Taiwan, Coreia do Sul e Brasil.

Os setores mais representados incluem tecnologia, serviços financeiros e consumo. Devido à natureza dos mercados emergentes, este fundo pode ser mais volátil, mas também oferece um potencial de crescimento mais elevado a longo prazo.

Tal como o ETF anterior, segue uma política de acumulação de dividendos e é negociado em euros na bolsa de Frankfurt.

3. iShares Physical Gold ETC (IGLN.UK)

Diferente dos ETF tradicionais que investem em ações ou obrigações, este produto oferece exposição direta ao ouro físico. O fundo adquire barras de ouro armazenadas segundo os padrões da London Bullion Market Association (LBMA), e o seu valor está indexado ao preço do ouro no mercado internacional (London PM Fix).

Este tipo de instrumento não gera rendimento corrente — não distribui dividendos — e o retorno depende exclusivamente da valorização do ouro. É frequentemente usado como uma forma de proteção (hedge) contra a instabilidade económica, inflação ou queda dos mercados acionistas.

É cotado em dólares norte-americanos e transacionado na bolsa de Londres.

Leia ainda: Como investir em ouro, se não tem quase três mil euros no bolso?

4. iShares Core S&P 500 UCITS ETF (SXR8.DE)

Este ETF acompanha o S&P 500, o principal índice das maiores empresas cotadas nos Estados Unidos. Com exposição a setores como tecnologia, saúde, consumo e energia, o fundo representa uma parte significativa do mercado acionista global.

Entre as principais posições estão empresas como Apple, Microsoft, Amazon, Alphabet (Google) e Nvidia. A composição do fundo é revista trimestralmente para se alinhar com o índice subjacente.

Segue uma política de acumulação e é cotado em euros, sendo negociado na bolsa de Frankfurt. Pela sua escala e liquidez, é uma escolha frequente entre investidores que pretendem participar no desempenho da economia norte-americana.

5. iShares MSCI Global Semiconductors UCITS ETF (SEC0)

Este ETF tem como foco o setor global dos semicondutores, um dos pilares da revolução digital. A carteira inclui empresas envolvidas na produção de chips e equipamentos semicondutores, como NVIDIA, TSMC, ASML, Broadcom e Intel.

É uma opção que permite investir num setor com forte crescimento impulsionado pela inteligência artificial, automação, electrónica de consumo e 5G. A maior parte da exposição está nos EUA, Taiwan, Países Baixos e Japão.

Segue uma estratégia de acumulação e é cotado em dólares norte-americanos. Este fundo pode ser interessante para investidores com maior apetência pelo risco e que pretendem acompanhar tendências tecnológicas.

Como escolher um ETF?

A escolha de um ETF deve ser feita com base em critérios que vão além da sua popularidade ou retorno passado. É fundamental considerar:

  • O índice que replica: que ativos e geografias cobre?
  • A política de dividendos: acumulação (reinveste) ou distribuição (paga dividendos)?
  • A moeda de cotação: tem impacto no risco cambial?
  • A estratégia de replicação: física (compra os ativos reais) ou sintética (usa derivados)?
  • Os custos totais: incluindo comissão de gestão (TER) e custos de transação.
  • A liquidez e o volume de negociação: fundamentais para facilitar a compra e venda.

Antes de investir, é recomendável consultar a ficha técnica (factsheet) do fundo, onde constam todos os detalhes relevantes.

Investir com conhecimento

Os ETF analisados neste artigo representam abordagens distintas ao investimento — desde exposição ampla ao mercado global até estratégias mais específicas como o ouro ou o setor tecnológico. Todos têm em comum a filosofia de gestão passiva e a acessibilidade para o investidor comum.

Mais do que seguir tendências, o investimento em ETF deve ser feito com base numa análise cuidada do próprio perfil de risco, objetivos financeiros e horizonte temporal. A educação financeira é uma ferramenta essencial para transformar a complexidade dos mercados num processo de decisão mais consciente e seguro.

Nota: Este material é uma comunicação de marketing na aceção do artigo 24.º, n.º 3, da Diretiva 2014/65 / UE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 15 de maio de 2014, sobre os mercados de instrumentos financeiros e que altera a Diretiva 2002/92 / CE e Diretiva 2011/61/ UE (MiFID II). A comunicação de marketing não é uma recomendação de investimento ou informação que recomenda ou sugere uma estratégia de investimento na aceção do Regulamento (UE) n.º 596/2014 do Parlamento Europeu e do Conselho de 16 de abril de 2014 sobre o abuso de mercado (regulamentação do abuso de mercado) e revogação da Diretiva 2003/6 / CE do Parlamento Europeu e do Conselho e das Diretivas da Comissão 2003/124 / CE, 2003/125 / CE e 2004/72 / CE e do Regulamento Delegado da Comissão (UE ) 2016/958 de 9 de março de 2016 que completa o Regulamento (UE) n.º 596/2014 do Parlamento Europeu e do Conselho no que diz respeito às normas técnicas regulamentares para as disposições técnicas para a apresentação objetiva de recomendações de investimento, ou outras informações, recomendação ou sugestão de uma estratégia de investimento e para a divulgação de interesses particulares ou indicações de conflitos de interesse ou qualquer outro conselho, incluindo na área de consultoria de investimento, nos termos do Código dos Valores Mobiliários, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 486/99, de 13 de Novembro. A comunicação de marketing é elaborada com a máxima diligência, objetividade, apresenta os factos do conhecimento do autor na data da preparação e é desprovida de quaisquer elementos de avaliação. A comunicação de marketing é elaborada sem considerar as necessidades do cliente, a sua situação financeira individual e não apresenta qualquer estratégia de investimento de forma alguma. A comunicação de marketing não constitui uma oferta ou oferta de venda, subscrição, convite de compra, publicidade ou promoção de qualquer instrumento financeiro. A XTB, S.A. – Sucursal em Portugal não se responsabiliza por quaisquer ações ou omissões do cliente, em particular pela aquisição ou alienação de instrumentos financeiros. A XTB não aceitará a responsabilidade por qualquer perda ou dano, incluindo, sem limitação, qualquer perda que possa surgir direta ou indiretamente realizada com base nas informações contidas na presente comunicação comercial. Caso o comunicado de marketing contenha informações sobre quaisquer resultados relativos aos instrumentos financeiros nela indicados, estes não constituem qualquer garantia ou previsão de resultados futuros. O desempenho passado não é necessariamente indicativo de resultados futuros, e qualquer pessoa que atue com base nesta informação fá-lo inteiramente por sua conta e risco.

A informação que consta no artigo não é vinculativa e não invalida a leitura integral de documentos que suportem a matéria em causa.

Investimentos