Investimentos

O papel e a pressão dos gestores de ativos

Os gestores estão sempre pressionados a apresentar resultados. Mas qual a melhor estratégia?

Quando pensamos em investir temos vários caminhos que devemos analisar. Podemos investir em títulos diretos, podemos optar por investir em ativos mais diversificados como fundos ou ETF ou podemos ainda investir em carteiras compostas pelas duas componentes atrás mencionadas.

Critério a não utilizar

Independentemente do caminho que podemos vir a escolher devemos ter a consciência de que a nossa decisão deve estar muito bem fundamentada. Não devemos investir num ativo porque sim ou porque alguém nos disse que é muito bom.

A minha experiência diz-me que se formos investir com base numa dica de um estranho, que o mais provável é perder dinheiro. Por outro lado, se investirmos com base numa dica de um amigo, o mais provável será perder dinheiro e perder o amigo.

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Quais as diferenças?

Se nos focarmos nos caminhos que podemos seguir, temos de perceber a diferença entre as diferentes alternativas.

Assim, se pretendermos investir em ativos diretos, o gestor seremos nós próprios. Neste caso teremos de ter um bom conhecimento da empresa em que vamos investir, assim como uma estratégia de investimento bem delineada. É importante perceber que neste caminho o nosso risco será muito superior, porque o nosso investimento irá estar concentrado num pequeno conjunto de empresas, fazendo com que a estratégia de investimento tenha de estar muito bem delineada e muito bem oleada.

Outra opção pode passar por investir num fundo de investimento com uma equipa de gestão associada. Neste caso, apesar de podermos estar a investir apenas num ativo, a realidade é que um fundo é composto por várias posições (ações ou obrigações). Assim sendo, a diversificação, por si só é superior. Podemos optar por esta via e escolher vários fundos, com diferentes tipos de gestão e com enquadramentos e objetivos também distintos.

A terceira opção pode ser investir num gestor que faz a seleção de fundos e títulos diretos, ou seja, alguém que faz uma gestão de carteira e que define os seus objetivos por níveis de risco. Neste caso, além de termos uma carteira diversificada, também teremos um gestor a selecionar diferentes ativos que se complementam entre si.

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A pressão dos resultados

Um dos critérios fundamentais para quem pretende investir é o horizonte temporal. Este sai ainda mais reforçado quando pretendemos encontrar um gestor que possa fazer a diferença nas nossas poupanças.

E por que é que o tempo é um critério fundamental? Porque a indústria financeira é muito competitiva. Todos querem apresentar o melhor cartão de visita para atrair mais clientes. Desta forma, muitos gestores optam por comprar e vender posições com muita regularidade, tentando acompanhar o mercado.

Este pode ser sempre um caminho a ser seguido. Contudo, tendo em conta a ótica de investimento e a sua fundamentação, o que devemos privilegiar são gestores que tenham convicções e que as saibam justificar. Por norma, no longo prazo estes serão os vencedores e aqueles que prestarão um melhor serviço aos seus clientes.

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Apaixonado pelo desporto e economia, foi jogador profissional de Futebol, tendo atuado em clubes como S.L. Benfica, Estoril, entre outros. Conciliou a carreira desportiva com a académica, terminando a licenciatura em Economia pela Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa (NOVA SBE). Continua ligado às suas duas paixões profissionais, desempenhando a função de Financial Advisor e colaborando como analista desportivo na CNN Portugal. Foi comentador residente no programa Jogo Económico do JE e Presidente do Conselho Fiscal da Federação Portuguesa de Footgolf. (FPFG). Participa com regularidade em eventos sobre Literacia Financeira.

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