Uma iniciativa do Doutor Finanças em parceria com a Universidade Católica
Quase metade dos portugueses não consegue poupar regularmente; as famílias não têm o hábito de falar sobre dinheiro e os portugueses continuam a preferir uma abordagem conservadora nas poupanças e investimento, com a segurança a sobrepor-se às expectativas de rentabilidades na tomada de decisões. Estas são algumas das conclusões do 1.º Barómetro de Hábitos Financeiros, uma iniciativa do Doutor Finanças em parceria com a Universidade Católica, que pretende acompanhar a evolução dos comportamentos e competências financeiras da população portuguesa.
O inquérito permite ainda concluir que o envolvimento dos filhos nos temas financeiros é diminuto e a percentagem de pais que dá mesada ou semanada é reduzida, o que sugere pouco envolvimento dos menores na gestão do seu próprio dinheiro.
21% das pessoas afirma não poupar qualquer parte do salário. Por outro lado, quase metade dos participantes no estudo poupa entre 5% e 20% do salário, sendo que a maioria (60%) poupa com o intuito de ter uma reserva em caso de necessidade.
Quando o tema é investimento, os portugueses privilegiam a segurança (42%) na escolha dos ativos, e a rentabilidade é identificada por muito menos participantes (22%). O que também está refletido nos ativos preferidos dos portugueses: depósitos a prazo e certificados de aforro lideram as escolhas.
não poupam regularmente. 32% põem dinheiro de lado no início do mês.
diz não falar (ou falar pouco) sobre dinheiro em família.
colocar o dinheiro em depósitos e certificados de aforro.
aconselhar-se com um amigo. 10% preferem um gestor financeiro.
não dá semanada ou mesada aos filhos, mas mais de 70% dos filhos poupam.
são os únicos responsáveis pela gestão da sua conta bancária.
Gráfico 1. Quando questionado sobre se fala em dinheiro em família, um terço dos inquiridos admite não falar.
Gráfico 2. Quase metade (42%) dos portugueses escolhem os ativos pela sua segurança. A rentabilidade pesa na decisão de 22% dos inquiridos.