Estudar fora de Portugal é, para muitos, um desejo, mas a carga que pode representar no orçamento familiar leva muitos a adiar ou até a cancelar a ideia. Porém, a verdade é que com um bom planeamento essa experiência internacional está ao alcance de quase todas as carteiras. Se o seu filho já lhe manifestou esse desejo, porque não começar a fazer contas?
Nível de vida e taxa de câmbio
Em primeiro lugar, onde gostaria o seu filho de estudar? Num país europeu? Noutro continente? Seja qual for a opção, é preciso analisar o nível de vida do país, a taxa de câmbio, se for caso disso, e ter em conta o custo das deslocações. Se for apenas um ano, não fará grande diferença, mas se o objetivo é tirar a licenciatura numa universidade estrangeira, pode fazer mossa.
Depois, lembre-se que há vida para além das capitais, ou seja, se o seu filho quer ir para França, por exemplo, porque não escolher outra cidade que não Paris? Os custos vão baixar e terá a oportunidade de viver no país que escolheu. De preferência, uma cidade/vila com aeroporto relativamente perto, para não encarecer.
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Consulte o programa Erasmus +
Para estadias curtas (três meses a um ano), o programa mais conhecido é o Eramus +, que atualmente também permite estudar fora do espaço europeu. E há várias vantagens: além de estar isento de pagar propinas e matrículas no país de acolhimento, também pode candidatar-se a uma bolsa, o que vai ajudar a baixar as despesas de viagem e de estadia.
Mas atenção: para poder candidatar-se a instituição de ensino onde estuda tem de estar ligada à que o irá receber. Por isso, verifique os acordos. Há ainda um apoio adicional que é pago a estudantes de famílias com dificuldades económicas.
É também possível acumular mais do que uma bolsa da instituição onde estuda, do Estado, ou de mecenas. Vale a pena consultar sites como o studyportals ou scholarshipportal.
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Gerir o dia a dia
Se o seu filho vai estudar fora ao abrigo de um protocolo, nada como contactar os responsáveis pelas relações com os estudantes, que poderão ajudar com dicas também sobre o alojamento. Dependendo para onde vai, pode ser possível encontrar quarto numa residência de estudantes, que à partida será a opção mais em conta. Outra opção é procurar anúncios de quartos em casas partilhadas. Não se esqueça de analisar também o custo das deslocações, assim como a possibilidade de confecionar as refeições em casa, as despesas de água, luz e internet e o pocket money.
Pode também compensar abrir conta no banco no país de destino, para que o seu filho levante dinheiro sem pagar taxas. Verifique também quanto lhe cobram pelas transferências internacionais.
Quanto às comunicações, o melhor será levar um telemóvel desbloqueado e comprar um cartão do país. Para ligar para casa, nada como usar a internet para fazer chamadas ou videochamadas.
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Abuse dos descontos
Seja em viagens, roupa ou comida, há sempre hipótese de poupar, ainda mais se estiver atento aos descontos. Assim, valerá a pena fazer o cartão internacional de estudante, que além de dar descontos em Portugal também dá descontos em vários serviços e marcas um pouco por todo o mundo.
Mais vale prevenir que remediar
Finalmente, lembre-se que imprevistos podem acontecer, mas se estiver prevenido, tanto melhor. E como pode fazê-lo? Caso o seu filho adoeça no estrangeiro, já vai ser doloroso quanto baste tê-lo longe, por isso faça-lhe o cartão europeu de saúde. É válido por três anos, não tem custos e assegura a assistência em hospitais públicos dos países da União Europeia e também Islândia, Lichenstein, Noruega, Suíça e Reino Unido. Se for para fora desta rede, o melhor poderá ser fazer um seguro de saúde internacional.
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A informação que consta no artigo não é vinculativa e não invalida a leitura integral de documentos que suportem a matéria em causa.
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