Há 11 anos, o Doutor Finanças nasceu com um propósito simples, mas ambicioso: ajudar as famílias portuguesas a tomar melhores decisões financeiras. Na altura, talvez ninguém imaginasse a dimensão que esta ideia viria a ganhar. Hoje, celebramos mais de uma década de impacto num momento simbólico: o Dia Mundial da Poupança. Não é por acaso que esta data marca o nosso nascimento, porque é precisamente sobre escolhas conscientes que se constrói a liberdade financeira.
O caminho até aqui não foi linear, nem fácil. Crescemos num setor onde a confiança não se pede, conquista-se. Fizemo-lo com consistência, mas também com ousadia. Sempre acreditámos que o verdadeiro poder de transformação acontece quando o conhecimento e a ação se encontram.
Este ano, iniciámos um novo capítulo com uma liderança bicéfala: dois CEO, uma só visão. Esta complementaridade tem sido uma força multiplicadora, não apenas na tomada de decisões, mas na forma como pensamos a estratégia, a cultura e a responsabilidade que carregamos. Liderar a próxima década do Doutor Finanças não é apenas gerir uma empresa: é conduzir um movimento.
Crescemos depressa. E com isso veio a necessidade de parar – mesmo com o comboio em alta velocidade – refletir e estruturar. 2025 foi um ano de viragem. Reorganizámos a empresa para crescer melhor. Implementámos processos, reforçámos o governance, redesenhámos a forma como nos posicionamos. Temos uma ambição europeia clara: mostrar que as PME podem ser motores de transformação económica, se tiverem modelos de gestão robustos e transparentes.
A nossa dimensão não nos impede de dar passos de gigante. A entrada em Espanha e Itália não foi apenas mais um passo estratégico. Foi um teste à nossa capacidade de escalar propósito. Encontrámos mercados diferentes, mas com as mesmas fragilidades financeiras que nos movem desde o primeiro dia. E perceber que a nossa proposta de valor tem espaço (e relevância) além-fronteiras reforça o nosso propósito. Porque o que fazemos em Portugal não é uma resposta local: é uma necessidade global.
Se há algo que esta primeira década nos ensinou foi que crescer não significa afastar. Enquanto muitos acreditam que escala e proximidade são forças opostas, provámos o contrário. Consolidámos uma rede física e digital que se complementam, confirmando que a nossa génese tecnológica é a receita para vingar. Provamos todos os dias que a tecnologia não substitui pessoas, aproxima-as. E torna as possibilidades quase infinitas.
Além disso, garante a nossa capacidade de escalar e apoiar milhares de famílias. Foi assim nos últimos anos e continuará a ser. Inovação e tecnologia são o garante de que conseguimos responder às necessidades dos nossos “clientes”: internos e externos. E é por isso que a inteligência artificial, que já integra o nosso modelo, não é a estrela principal, é a base silenciosa que nos permite libertar tempo para aquilo que realmente importa: as pessoas. E é com pessoas que se constroem marcas fortes.
Se nos focarmos nas conquistas recentes, os números falam por si. Todas as áreas de negócio estão a registar crescimentos significativos: dos seguros ao crédito pessoal, passando pelo crédito habitação. Isto sem deixar de parte o imobiliário, uma área que tem cerca de um ano, que é mais uma prova de que quando escutamos verdadeiramente os clientes o sucesso é imediato.
Mas mais do que resultados financeiros, construímos confiança. E confiança não se compra, constrói-se com transparência, com clareza e com compromisso. Também aqui a nossa visão é diferenciadora: compliance não é uma obrigação, é um ativo estratégico. Num setor onde a confiança é o bem mais valioso, fazemos da exigência regulatória um diferencial competitivo. Isso tem-nos permitido crescer com solidez, mesmo em contextos económicos desafiantes.
Desde o início, houve uma decisão fundacional: separar literacia financeira do apoio à decisão financeira. Informar é importante, mas transformar é urgente. E é com a consciência do trabalho que ainda temos por fazer que decidimos criar o conceito de financial trainer, que vai além dos números e entra no território das crenças, dos hábitos, dos comportamentos e das decisões que moldam vidas. O bem-estar financeiro não se mede apenas em euros, mede-se em tranquilidade, autonomia e liberdade.
E depois, claro, há a poupança, o tema que nos acompanha desde o primeiro dia e que destacamos neste Dia Mundial da Poupança. Em Portugal, continua a ser uma batalha estrutural. Os dados históricos mostram que os portugueses poupam quando se sentem ameaçados, foi assim na pandemia (em que a taxa de poupança atingiu máximos), tal como é sempre que há nuvens no horizonte. Mas assim que o sol desponta, relaxam e deixam de poupar. E aqui, a principal razão para estarmos neste ciclo vicioso está relacionada com o facto de não haver metas claras, objetivos certos.
Precisamos de sair do penúltimo lugar no ranking europeu de literacia financeira. Nós não desistimos. E apesar de hoje ser o Dia Mundial de Poupança, não queremos centrar o foco apenas nesta questão. Queremos mudar a cultura financeira do país. Queremos ter impacto sistémico. E para isso é preciso trabalhar com professores, escolas, alunos e empresas. Sem preparar a população ativa, não estamos a cumprir a nossa missão. O setor social tem de garantir que ninguém fica para trás. Porque uma mudança sistémica só acontece se envolver toda a sociedade.
Quando olhamos para trás, vemos conquistas. Quando olhamos para a frente, vemos responsabilidade. Porque se há 11 anos a ambição era mudar vidas, hoje queremos mudar estruturas. Ajudar famílias é a nossa origem. Impactar o país (os países) é o nosso futuro.
No Dia Mundial da Poupança, não celebramos apenas uma data. Celebramos uma ideia que ganhou corpo, escala e impacto. E deixamos um convite: juntem-se a nós. Porque poupar não é guardar. Poupar é decidir com consciência. E decisões conscientes mudam vidas. Mudam países.