O património pessoal é um indicador-chave da saúde financeira de cada pessoa. Avaliá-lo corretamente implica ter um registo atualizado de ativos e dívidas, um passo importante para a estabilidade financeira.

Neste artigo, explicamos o que é o património pessoal e como pode calculá-lo.

O que é património pessoal?

O património pessoal representa o conjunto de bens, direitos e obrigações que pertencem a um indivíduo. Inclui ativos como imóveis, veículos, depósitos bancários, investimentos financeiros e outros bens móveis, bem como passivos, como empréstimos e dívidas contraídas.

Este conceito é fundamental para avaliar a situação financeira de uma pessoa e é frequentemente utilizado em contextos fiscais, sucessórios e de acesso a apoios sociais.

E o património mobiliário do agregado familiar?

O termo “património mobiliário do agregado familiar” aparece em algumas candidaturas a apoios sociais, como bolsas de estudo para o Ensino Superior.

A Direção-Geral do Ensino Superior (DGES) define o património mobiliário do agregado familiar como a soma de saldos em contas bancárias, certificados de aforro, ações, fundos de investimento, Planos Poupança Reforma (PPR) e outros bens mobiliários, de todos os elementos do agregado familiar, à data de 31 de dezembro do ano civil anterior ao início do ano letivo a que se refere a candidatura a bolsa.

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Como calcular o património pessoal?

Para calcular o património pessoal, deve somar todos os ativos e subtrair os passivos.
Os ativos incluem imóveis, carros, saldos bancários, poupanças, investimentos e outros bens de valor. Os passivos são dívidas, como créditos, dívidas de cartão de crédito e outras obrigações financeiras.
A fórmula é simples:
Património Pessoal = Total de Ativos – Total de Passivos.

Este cálculo fornece uma visão clara da saúde financeira de um indivíduo e é essencial para uma gestão financeira eficaz.

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Exemplo prático de cálculo

Imagine uma pessoa que possui uma casa no valor de 150 mil euros, um carro avaliado em 10 mil euros e tem 5 mil euros numa conta poupança. Além disso, investiu 3 mil euros em certificados de aforro e possui um PPR no valor de 7 mil euros.

Do lado das dívidas, tem um crédito habitação com 100 mil euros ainda por pagar e um crédito pessoal no valor de 5 mil euros. O cálculo do património pessoal será feito da seguinte forma:

Ativos:

  • Imóvel: 150.000 €
  • Automóvel: 10.000 €
  • Conta poupança: 5.000 €
  • Certificados de aforro: 3.000 €
  • PPR: 7.000 €
    Total de ativos: 175.000 €

Passivos:

  • Crédito habitação: 100.000 €
  • Crédito pessoal: 5.000 €
    Total de passivos: 105.000 €

Património pessoal = 175.000 € – 105.000 € = 70.000 €

Este exemplo mostra como é fácil calcular o seu património e perceber a sua situação financeira.

Importância do património pessoal na vida financeira

Conhecer o seu património ajuda a tomar decisões mais conscientes. É útil para planear a reforma, investir, pedir crédito ou gerir riscos. Além disso, é um indicador importante na análise de solvência e na preparação de declarações fiscais.

A transparência e o conhecimento detalhado do património pessoal facilitam o cumprimento das obrigações fiscais e legais, contribuindo para uma maior segurança financeira e estabilidade a longo prazo.

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Considerações fiscais e legais

Em Portugal, a alienação de bens do património pessoal pode ter implicações fiscais, sobretudo em relação à tributação de mais-valias. Por exemplo, a venda de um imóvel adquirido antes de 1989 está isenta de mais-valias, mas deve ser declarada no IRS.

Além disso, a transferência de bens pessoais para atividade profissional tem implicações fiscais específicas, sendo necessário declarar estas operações nos quadros apropriados da declaração de IRS.

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A informação que consta no artigo não é vinculativa e não invalida a leitura integral de documentos que suportem a matéria em causa.

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