Ainda tem dinheiro à ordem ou a prazo?

Os bancos estão finalmente a aumentar os juros dos depósitos, mas ainda de forma insuficiente. Há ferramentas que continuam a render muito mais.

Há novidades nos juros que os bancos estão a pagar pelos depósitos a prazo. Depois de anos a oferecer juros de zero ou perto disso, vários bancos resolveram "acordar" e já estão a subir as remunerações dos depósitos a prazo. O Santander, o Montepio, a CGD e outros já estão a subir os juros para os 2%, embora com limites e algumas condições. Sendo assim, vale a pena manter o dinheiro no banco nesses depósitos a prazo? Devo ficar satisfeito com esta “oferta”?

Não! Os Certificados de Aforro (subscritos nas estações de Correios) estão a render neste momento 3,5% de juros brutos. Se mantiver o seu dinheiro à ordem ou a prazo nos bancos, seja ele qual for, estará a perder dinheiro

Em situações normais, os bancos acompanhariam (isso aconteceu no passado) o aumento dos juros do BCE com uma maior remuneração dos depósitos dos clientes, mas desta vez isso não aconteceu, nem está ainda a acontecer - apesar deste aumento - na proporção que seria de esperar. O Banco de Portugal até teve de “puxar as orelhas” aos bancos porque já começava a ser vergonhosa a “ganância” dos bancos: aumentavam os juros do crédito à habitação e mantinham baixos os juros dos depósitos.

Leia ainda: Depósitos a prazo: o que deve saber

Subida de juros é insuficiente

Esta subida por parte dos bancos é positiva, mas ainda insuficiente. Os bancos estão também - não sejamos ingénuos - com medo da debandada de dinheiro que já começou a acontecer. Os portugueses não são completamente ignorantes e já estão a abrir os olhos para a literacia financeira. Já perceberam que há ferramentas financeiras que rendem muito mais do que o que os bancos estão a oferecer. Por isso, todas as semanas há milhões de euros das poupanças dos portugueses que estão a “voar” dos bancos para os Certificados de Aforro que - como sabe - são do mais garantido que há porque têm a cobertura do próprio Estado português. 

Apesar disso, os portugueses ainda têm 180 mil milhões de euros à ordem e a prazo simplesmente por preguiça, desconhecimento, inércia ou medo. É uma imensidão de dinheiro parado a ganhar teias de aranha e a perder todos os dias dinheiro para a inflação. Não seja um desses, OK?

Leia ainda: Como subscrever certificados de aforro?

Pedro Andersson nasceu em 1973 e apaixonou-se pelo jornalismo ainda adolescente, na Rádio Clube da Covilhã. Licenciou-se em Comunicação Social, na Universidade da Beira Interior, e começou a carreira profissional na TSF. Em 2000, foi convidado para ser um dos jornalistas fundadores da SIC Notícias. Atualmente, continua na SIC, como jornalista coordenador, e é responsável desde 2011 pela rubrica "Contas-Poupança", dedicada às finanças pessoais. Tenta levar a realidade do dia a dia para as reportagens que realiza.

A informação que consta no artigo não é vinculativa e não invalida a leitura integral de documentos que suportem a matéria em causa.

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