Finanças pessoais

Consignar o IRS é um direito: não deixe de usufruir dele!

E se pudesse escolher apoiar monetariamente uma instituição sem gastar o seu dinheiro? Essa possibilidade existe: chama-se consignação do IRS.

Para a maioria dos portugueses, a altura de preencher e entregar a declaração do IRS é um momento muito aguardado.

A parte que se recebe no reembolso deste imposto é uma ajuda financeira preciosa para muitas famílias, mas, ao mesmo tempo, este é também um momento de alguma tensão, quer pelo desconhecimento do processo, quer pela responsabilidade sentida em não querer falhar.

No entanto, quem está mais habituado a preencher e entregar a declaração do IRS reconhece que este processo tem vindo a tornar-se cada vez mais simples e que, afinal, não é nenhum “bicho-de-sete-cabeças”.

Leia ainda: Como escolher a entidade a quem vou consignar o IRS?

Exerça o seu direito de consignação

Na verdade, este momento de tensão pode ser também um momento de generosidade e até mesmo de exercer um direito. O Estado criou a consignação do IRS, uma medida em vigor há já duas décadas, através da qual os contribuintes podem escolher uma instituição do Terceiro Sector, de entre as muitas que constam da lista oficial, e, sem incorrer em qualquer tipo de custos, apoiá-la com a consignação de 0,5% do seu IRS.

Este é um direito que cada contribuinte tem em escolher qual a missão com a qual mais se identifica e em relação à qual reconhece impacto relevante na sociedade, para poder entregar, sem custos associados, anualmente uma parte do seu imposto. Caso não o faça, o valor reverte para o Estado e será este a decidir onde o aplicar.

Esta forma de apoio ao Terceiro Sector (sector social) tem vindo a ganhar importância na construção do orçamento anual das várias instituições, assegurando uma parte significativa do financiamento da missão de cada associação.

Leia ainda: Se consignar o meu IRS recebo menos reembolso?

A importância da consignação para a Operação Nariz Vermelho

Palhaça da Operação de Nariz Vermelho a animar o dia das crianças no hospital

No caso da Operação Nariz Vermelho (ONV), a consignação do IRS representa cerca de 1/3 do orçamento anual e tem uma importância significativa, uma vez que a ONV não conta com subsídios estatais e as suas receitas dependem apenas do apoio da comunidade.

A ONV oferece as visitas dos Doutores Palhaços a 17 hospitais públicos, de norte a sul do país, visitando, através de uma dupla destes Doutores Palhaços (artistas profissionais com formação intensiva), mais de 100 serviços de pediatria.

Apesar do esforço de divulgação e comunicação desta forma de apoio por parte de muitas instituições do Terceiro Sector, uma grande parte da população portuguesa ainda não consigna o seu IRS. Segundo dados de um novo estudo que a GFK apresentou à ONV no início de março, são 43% os portugueses que ainda não usufruem deste direito.

Se pensarmos que cada um de nós tem o direito de apoiar o sector social sem custos associados e a liberdade de escolher qual a instituição a apoiar, facilmente percebemos que podemos fazer a diferença na vida de muitas pessoas e que temos um papel importante também na divulgação junto dos nossos contactos.

A Operação Nariz Vermelho agradece a confiança depositada por todas as pessoas que colocaram uma cruz e o NIF 506 133 729 no campo 1101 do quadro 11 do modelo 3 do IRS no ano de 2021 e tudo fará para continuar a merecer a confiança de todos.

Leia ainda: Sabia que pode decidir o destino dos seus impostos? Consigne o seu IRS!

Sobre a Operação Nariz Vermelho (ONV)

Constituída oficialmente a 4 de junho de 2002, a ONV é uma Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS) cuja principal missão é assegurar de forma contínua um programa de intervenção nos serviços pediátricos de 17 hospitais portugueses, através da visita de palhaços profissionais. Estes artistas têm formação específica para atuarem no meio hospitalar e trabalham em estreita colaboração com os profissionais de saúde, realizando atuações adaptadas a cada criança e a cada situação. O trabalho dos artistas é remunerado e a associação oferece aos hospitais esse serviço. A Operação Nariz Vermelho conta atualmente com uma equipa de 33 Doutores Palhaços e 16 profissionais nos bastidores e assegura um total de mais 53 mil encontros anuais com crianças hospitalizadas.

Mais informação em https://www.narizvermelho.pt/

Licenciada em Economia pela Universidade Nova de Lisboa, passou pelo Marketing e Vendas em multinacionais (Diageo, Danone e Novartis Consumer Health), tendo acabado por exercer a função de Country Manager na Novartis Consumer Health, antes de fundar a sua empresa de consultoria estratégica e gestão de negócio (Oak&George). Deu aulas de Marketing de produtos alimentares no mestrado de Engenharia Alimentar do Instituto Superior de Agronomia (UTL) e no IDEFE (IEG). Atualmente é Diretora Executiva da Operação Nariz Vermelho.

A informação que consta no artigo não é vinculativa e não invalida a leitura integral de documentos que suportem a matéria em causa.

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