imagem de alguém a segurar vários sacos num centro comercial - para ilustrar artigo sobre compras por impulso

Os gastos impulsivos até podem parecer inofensivos, mas comprometem orçamentos, aumentam dívidas e dificultam a poupança. Uma promoção que parecia irresistível, um jantar fora não planeado ou aquele gadget que parecia tão necessário… quem nunca comprou algo por impulso? 

Seja por gatilhos emocionais como stress, ansiedade ou tédio, promoções e publicidade agressiva nas redes sociais ou até mesmo o desejo de recompensa imediata, é importante saber reconhecer estes comportamentos. E a boa notícia é que existem estratégias simples para controlar esses impulsos e ganhar mais equilíbrio financeiro. 

Leia ainda: Quais são os principais erros de quem tenta poupar?

1. Use a regra das 24h ou dos 30 dias 

Se está prestes a comprar algo que não é essencial, espere 24 horas. Ou até 30 dias, caso seja algo mais caro. Durante esse tempo, o impulso diminui e a decisão vai tornar-se mais racional. 

Se, passado esse tempo, ainda sentir que precisa, então talvez a compra faça sentido. Pode usar o Desmotivador de Compras do Doutor Finanças para o ajudar. É uma ferramenta que o vai levar a pensar duas vezes antes de gastar dinheiro.

Esta estratégia resulta porque o impulso é emocional, mas a reflexão é racional.  

2. Faça uma lista de compras 

Esta é uma estratégia clássica. Fazer uma lista clara daquilo que precisa é uma das formas mais simples de evitar gastos desnecessários.  

Seja fisicamente ou online, faça sempre uma lista e siga-a à risca. E caso o produto não esteja disponível, não procure comprar um substituto.  

Leia ainda: Vamos às compras? 6 “mitos” na hora de poupar

3. Defina um orçamento para extras 

É irrealista pensar que vai deixar de fazer compras por impulso. É possível controlar, mas se se proibir totalmente de comprar não vai resultar. O segredo é traçar limites

Por isso, uma estratégia pode ser definir um montante no seu orçamento para “extras” ou “pequenos prazeres”. Quando esse valor terminar, espere até ao mês seguinte. 

 Desta forma vai promover a disciplina sem se restringir completamente.  

Reduza os encargos e ganhe folga financeira

Junte os seus créditos e poupe até 60%

4. Cancele as newsletters das lojas 

As marcas sabem como acionar o seu impulso de comprar e usam notificações para isso. Certamente já se deparou com mensagens como “Desconto exclusivo! Só hoje!”, que são criadas para espoletar urgência e necessidade.  

Uma estratégia para não se deixar levar nestas manobras de marketing é cancelar as newsletters das lojas. Pode também desativar as notificações de aplicações de compras e redes sociais.  

Desta forma, vai reduzir os estímulos externos que o levam a gastos impulsivos.

Leia ainda: Dicas para começar a planear as suas compras de Natal

5. Pratique o consumo consciente 

O consumo consciente acontece quanto gasta o seu dinheiro de uma forma intencional e alinhada com os seus valores. Ou seja, em vez de comprar automaticamente, pesa a decisão com propósito. 

Para o fazer deve começar por refletir sobre o motivo da compra. Será que é mesmo uma necessidade ou só se sente aborrecido?  

Outra dica para este consumo consciente é valorizar as experiências ao invés de acumular objetos. Vai ver que esta estratégia lhe vai trazer mais satisfação, menos desperdício e uma melhor relação com o seu dinheiro.   

6. Crie objetivos de poupança 

Ao ter metas de poupança definidas, resistir a gastos impulsuivos vai tornar-se mais fácil. Cada euro que decidir não gastar vai ter um significado quanto tem um objetivo em mente.  

Pode ser para um fundo de emergência, uma viagem, a entrada da sua casa de sonho, um carro, a reforma antecipada, o importante é criar objetivos de poupança.   

E não se esqueça de acompanhar o progresso. Ver o dinheiro crescer é motivador e vai mantê-lo focado. 

Leia ainda: 8 sinais de alerta: Está na hora de aumentar o seu fundo de emergência

7. Prefira o dinheiro físico 

Quantas vezes já evitou abrir a aplicação do banco? Passar o cartão parece “indolor” até ao momento em que se depara com o saldo da sua conta.  

É por isso que usar dinheiro físico o vai ajudar a resistir a gastos impulsivos. Vê-lo sair da carteira “dói” mais do que passar o cartão. Esse desconforto vai ajudá-lo a gastar menos. 

Depois de definir um orçamento para extras, como foi referido na terceira estratégia, levante esse montante e use apenas esse dinheiro.   

8. Substitua o impulso por outra ação 

Muitas vezes, as compras por impulso têm motivações emocionais como o stress, a ansiedade ou o tédio. Procure substituir este comportamento por outra coisa que lhe traga também bem-estar, mas sem custos.   

São exemplos caminhar ou praticar exercício, meditar, fazer uma atividade criativa ou conversar com alguém da sua confiança. 

Estas estratégias vão ajudá-lo não só a poupar como a gastar com mais consciência e a sentir-se mais tranquilo financeiramente.  

Leia ainda: 12 dicas para controlar gastos e poupar dinheiro

A informação que consta no artigo não é vinculativa e não invalida a leitura integral de documentos que suportem a matéria em causa.

Finanças pessoaisLiteracia FinanceiraPoupança