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Seguro moto de danos próprios e contra roubo: Vale a pena?

Quer alargar a proteção do seu seguro moto? Conheça os prós e os contras de contratar um seguro moto de danos próprios com cobertura de roubo e furto.

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Seguro moto de danos próprios e contra roubo: Vale a pena?

Quer alargar a proteção do seu seguro moto? Conheça os prós e os contras de contratar um seguro moto de danos próprios com cobertura de roubo e furto.

O seguro moto de danos próprios é um pacote de proteção que vai além do que a lei obriga. Isto porque, para circular na via pública em Portugal, é apenas necessário ter cobertura de responsabilidade civil. Contudo, mesmo que a lei não o exija, há casos em que não tem alternativa senão subscrever também a cobertura de danos próprios.

Entenda, neste artigo, como funciona esta proteção mais abrangente e em que situações vale a pena (ou tem mesmo de) contratar um seguro moto de danos próprios.

O que é um seguro moto de danos próprios?

Enquanto o seguro moto de responsabilidade civil cobre apenas os danos causados a terceiros, o seguro moto de danos próprios estende a proteção aos ocupantes da moto e à própria moto.

Uma breve pesquisa na Internet permite-lhe perceber que cada seguradora apresenta este tipo de apólice à sua maneira. Mas, regra geral, encontra este seguro sob duas formas principais:

  • Plano de responsabilidade civil premium ou alargado e com cobertura facultativa de danos próprios. Neste caso, o capital coberto de responsabilidade civil é superior ao obrigatório. Ou seja, ultrapassa o mínimo legal de 7,75 milhões de euros e pode atingir os 50 milhões de euros. O plano permite acrescentar coberturas para o motociclista, como indemnização por morte ou invalidez permanente, despesas de tratamento e despesas de funeral;
  • Seguro moto designado por “seguro moto danos próprios” ou “opção danos próprios”. Mais uma vez, o capital seguro de responsabilidade civil pode atingir os 50 milhões de euros e os danos do condutor continuam seguros. A diferença está no facto de as coberturas abrangerem também os danos da moto, casos de roubo ou furto e os danos a outros ocupantes.

Note, no entanto, que estas designações, bem como a inclusão ou não de certas coberturas, variam entre companhias de seguros. Assim, recomenda-se que faça uma pesquisa atenta e compare as suas opções. Se precisar, pode sempre contar com o apoio de um mediador, como o Doutor Finanças.

Que situações cobre um seguro moto de danos próprios?

O seguro moto de danos próprios caracteriza-se por juntar a cobertura de responsabilidade civil obrigatória a outro tipo de coberturas para o motociclista, eventuais ocupantes e para a moto.

Não existe, no entanto, uma apólice a que possamos chamar “seguro contra todos os riscos”. Este é o nome que, na linguagem comum, costumamos dar àquele que é, na verdade, um seguro moto de danos próprios.

A apólice cobre as consequências de um acidente, como morte ou invalidez permanente e tratamentos hospitalares do motociclista. Dependendo das seguradoras, pode ainda incluir:

  • Quebra do farol dianteiro;
  • Danos no fato e no capacete;
  • Assistência a passageiros;
  • Choque, colisão e capotamento;
  • Incêndio, raio ou explosão;
  • Greves, tumultos e outros movimentos civis;
  • Fenómenos naturais;
  • Atos de terrorismo e vandalismo;
  • Furto ou roubo.

Leia ainda: O que deve avaliar antes de escolher um seguro?

Posso adicionar coberturas de danos próprios ao seguro moto que já tenho?

Por vezes, as seguradoras permitem acrescentar ou remover coberturas a um seguro que já esteja ativo. Contacte a sua companhia para averiguar essa possibilidade.

Regra geral, quantas mais coberturas subscrever, maior será o preço da apólice. Por isso, se acrescentar apenas as coberturas de que precisa pode ser uma boa forma de poupar no seu seguro moto.

Há casos em que sou obrigado a ter um seguro moto de danos próprios?

Sim. Quando faz um contrato de leasing ou um aluguer de longa duração para uma moto, é obrigado a ter um seguro de danos próprios. A instituição credora precisa de uma garantia, caso ocorra algum acidente, roubo ou furto durante o contrato. Ora, ao pedir financiamento, o bem dado como garantia é precisamente a moto.

Como funciona o seguro moto com cobertura de roubo e furto?

Segundo as Estatísticas da Justiça, em 2023 registaram-se 8.189 furtos de veículos motorizados. Se vive numa zona com risco elevado de crime e este número o preocupa, pode interessar-lhe fazer um seguro moto de roubo e furto.

Esta cobertura pode também ser exigida pelas instituições de crédito e, por norma, encontra-a nos pacotes de seguro moto de danos próprios. A apólice garante uma indemnização em caso de roubo ou furto que resulte em:

  • Perda total da moto;
  • Ou necessidade de reparação.

Se a seguradora permitir incluir os extras da moto no contrato, o seguro moto de roubo e furto também cobre a perda ou reparação desses extras.

Como acionar o seguro moto por roubo e furto?

O primeiro passo é reportar o sinistro dentro do prazo fixado na apólice. Em alternativa, se não tiver sido estipulado um prazo, tem oito dias para informar a seguradora. Ao participar o sinistro, a companhia de seguros poderá solicitar os seguintes documentos:

  • Relatório da polícia;
  • Fotos, causas e relatório técnico dos danos (se recuperou a moto e há necessidade de reparação);
  • Faturas das despesas suportadas;
  • IBAN para onde deve ser transferida a indemnização.

Para agilizar o processo, informe-se sobre todas as exigências e reúna a documentação necessária.

Leia ainda: Vai comprar uma moto para deslocações curtas? 7 pontos a considerar

Vale a pena contratar um seguro moto de danos próprios?

Escolher um seguro que vá para lá do que é obrigatório por lei depende das suas necessidades e de quanto está disposto a pagar. Por outro lado, lembre-se que, se fizer um contrato de leasing ou um aluguer de longa duração, tem mesmo de contratar um seguro moto de danos próprios. Entenda, no entanto, que a subscrição está associada a algumas dificuldades, em ambos os casos.

Dificuldades e benefícios

Para subscrever um seguro de danos próprios, algumas companhias exigem que já tenha um seguro auto nessa mesma seguradora. Outras só aceitam que subscreva esta modalidade de seguro a partir dos 30 anos. Pode também acontecer que a seguradora indique uma idade mínima de carta para poder aceder a estas coberturas.

Em contrapartida, se assegurar todas as condições, pode valer a pena contratar um seguro deste tipo. Especialmente em épocas de campanhas promocionais, a diferença mensal entre um seguro moto de responsabilidade civil e um seguro moto de danos próprios pode ser de apenas dois ou três euros. Por uma diferença mínima, fica mais protegido.

Ofertas do mercado à parte, o seguro moto de danos próprios é particularmente relevante quando:

  • Utiliza a moto para deslocações frequentes;
  • Não tem garagem e a moto fica mais propensa a choques ou furtos;
  • Vive numa zona com grande histórico de roubos e furtos;
  • A moto é nova e ainda tem grande valor comercial.

Atenção às franquias

Muitas coberturas do seguro moto de danos próprios estão associadas a franquias. Ou seja, um valor que fica da sua responsabilidade em caso de sinistro. Quanto maior for a franquia, mais barato será o prémio. Contudo, este negócio poderá não compensar.

Vamos a um caso prático: a franquia para o seguro moto por roubo e furto é de 300 euros. A moto é furtada e, ao reavê-la, as reparações custam 200 euros. Nesta situação, não tem direito a indemnização, pois comprometeu-se a cobrir as despesas até 300 euros. Por outro lado, se a franquia for de 100 euros, a seguradora paga os restantes 100 euros.

Em resumo, na hora de escolher o melhor seguro moto de danos próprios para si, esteja atento a todas as variáveis. Nem sempre a opção mais vantajosa corresponde à opção mais barata.

A informação que consta no artigo não é vinculativa e não invalida a leitura integral de documentos que suportem a matéria em causa.

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