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Escolher a casa que pretende comprar pode ser um processo longo. São muitos os dilemas que assolam o comprador na altura de decidir a habitação que pretende adquirir, mas há um que se destaca, sobretudo face ao cenário de subida do preço das casas.

Comprar casa nos grandes centros urbanos ou nas periferias? Neste artigo, saiba o que deve considerar antes de tomar uma decisão.

Faça contas à vida

Antes de mais deve saber que município encaixa no seu bolso. Por outras palavras, quanto consegue pagar por um imóvel, ou de entrada num crédito à habitação, e quanto pode pedir de empréstimo ao banco, de acordo com os seus rendimentos. Se tiver dúvidas pode simular aqui.

Além do custo do empréstimo, deve ainda considerar outros encargos como os impostos, as despesas com a escritura e o seguro de vida, se fizer um crédito habitação.

Uma casa para viver ou para investir?

De um momento para o outro, seja porque tem filhos ou por outras necessidades familiares ou pessoais, poderá ter de vender a sua casa para comprar outra. Uma situação distinta da vontade de comprar um imóvel, como forma de investimento, para lucrar com a sua venda mais tarde.

Se este é o seu objetivo (e não encontrar um imóvel para viver) procurar uma casa no centro pode ser a melhor opção, já que os preços tendem a subir a um ritmo mais acelerado, uma vez que a área circundante, está – por norma – rodeada de mais serviços e com melhores ofertas de transportes.

Os mais recentes números não deixam dúvidas. Em 2024, foram os grandes centros urbanos do país que registaram os aumentos mais expressivos dos preços dos imóveis por metro quadrado (m2), face a zonas do interior e regiões com menos população. No ano passado, o preço mediano de alojamentos familiares em Portugal foi 1.777 euros por metro quadrado, um crescimento de cerca de 10% face a 2023, revelou o INE.

No entanto, as regiões da Grande Lisboa (2.939€/m2), Algarve (2.752€/m2), Região Autónoma da Madeira (2.395€/m2), Península de Setúbal (2.117€/m2) e Área Metropolitana do Porto (1.986€/m2) superaram esta mediana.

Ao todo, 54 municípios apresentaram um preço mediano superior ao valor nacional, localizados
maioritariamente nas sub-regiões Algarve (14 em 16 municípios), Grande Lisboa (todos os 9 municípios),
Península de Setúbal (8 em 9 municípios) e Área Metropolitana do Porto (7 em 17 municípios).

Teletrabalho ou trabalho presencial? E filhos?

Viver longe do centro pode ainda implicar maior dificuldade em chegar ao trabalho, seja porque os transportes podem demorar mais (ou serem poucos, ou mesmo não existirem). Isto significa que, se o seu trabalho for presencial, terá de ponderar se compensa o custo da deslocação que terá de fazer todos os dias.

Caso tenha uma família numerosa, também terá de ter este fator em conta, já que, quanto mais assoalhadas tenha a casa, mais metros quadrados terá e maior será o preço. Além disso, ao ter filhos, poderá também ser imprescindível ter acesso a serviços essenciais, como a escola, creche ou outras atividades extracurriculares, serviços que terá mais facilidade em encontrar nos centros urbanos.

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Há periferia…e periferia…

Com o desequilíbrio entre oferta e procura de casas, a subida dos preços alastrou-se a várias zonas dos grandes centros. Assim, não é só o centro de Lisboa ou do Porto que está mais caro, mas também as áreas circundantes.

No ano passado, o Algarve e a Grande Lisboa apresentaram mesmo diferenciais de preços entre municípios superiores a 2.200€/m2. Assim, enquanto Cascais e o centro da capital contavam, em 2024, com uma mediana que superava os 4.000 euros por metro quadrado, munícipios como Odivelas e Loures ficavam entre os 2.000 e os 3.000 euros.

No entanto, se olharmos para as taxas de crescimento dos preços – que interessa sobretudo a quem quer comprar um imóvel para mais tarde vender – Marvila foi das freguesias que registou maior subida do preço mediano por metro quadrado, no ano passado.

Por outro lado, podia pensar-se que a margem sul seria ainda mais barata do que estas localizações mais próximas do centro da capital, mas como é visível na imagem abaixo do INE, a mediana por metro quadrado em Setúbal já supera os dois mil euros.

A informação que consta no artigo não é vinculativa e não invalida a leitura integral de documentos que suportem a matéria em causa.

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