Arrendar casa em Portugal é um desafio cada vez maior para muitas famílias. Pode ser difícil mesmo para quem tem empregos estáveis, uma vez que a escassez de oferta tem levado a um aumento constante dos preços das rendas.
De acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), o preço mediano do metro quadrado (m2) no arrendamento subiu 10% entre o primeiro trimestre de 2024 e o mesmo período de 2025. De 7,47 euros passou para 8,22 euros. Isto em termos nacionais.
É que nos grandes centros urbanos os valores são ainda mais altos. No concelho de Lisboa, por exemplo, o valor mediano do m2 é quase o dobro do nacional: 16 euros.
A estes juntam-se outros desafios, como a exigência de cauções, rendas antecipadas ou fiadores. Podemos ainda mencionar a proibição de ter animais de estimação imposta por alguns senhorios. Quem tem um cão, um gato ou outro animal, vê a oferta tornar-se ainda mais curta.
Preço: Um dos grandes desafios
O preço é, possivelmente, o maior desafio ao arrendamento. Como escrevemos acima, o m2 ficou 10% mais caro num ano. Se tomarmos como exemplo uma casa de 80 m2, a renda dos novos contratos passou de 598 euros no primeiro trimestre de 2024 para 658 euros nos primeiros três meses de 2025. São mais 60 euros por mês. E tem vindo sempre a subir.
Estes valores ajudam a ter uma ideia sobre o panorama nacional, mas não refletem aquilo que se passa nos grandes centros urbanos. Os preços do arrendamento empurram muitas pessoas para fora das cidades. Em Lisboa, por exemplo, o valor mediano de uma casa de 80 m2 foi de 1.280 euros por mês entre janeiro e março de 2025.
Mais acima, no Porto, o preço do m2 no primeiro trimestre foi de 12,94 euros. Uma casa com estas características pode rondar os 1.035 euros mensais. Claro que a tipologia do imóvel também tem influência, mas os dados mostram como é difícil encontrar casas com rendas acessíveis nas principais cidades.

