Acontece todos os anos. Entre alunos e professores deslocados, há sempre quem tenha de ir para longe de casa para aprender ou ensinar. Os desafios são vários, uma vez que não basta encontrar um alojamento em boas condições. É preciso que a renda seja acessível e não comprometa o orçamento familiar.
Atualmente, os professores já podem contar com algumas ajudas do Estado quando vão dar aulas a mais de 70 quilómetros da residência habitual. Como opção mais em conta, os alunos têm as bolsas e as residências universitárias geridas pelos serviços de ação social das universidades, mas os quarto são poucos e apenas uma minoria consegue beneficiar.
Afinal, quanto podem esperar pagar os alunos e professores deslocados?
Em 2024, rendas subiram 10,5%
De acordo com o INE, em 2024, a renda mediana dos novos contratos de arrendamento em Portugal foi 7,97 euros por m2, uma subida de 10,5% em relação a 2023. Sem grande surpresa, o concelho com a renda mediana mais alta é Lisboa, com um valor de 15,93 euros/m2. Ou seja, uma casa de 50 m2 custa quase 800 euros por mês e uma de 100 m2 tem uma renda mediana a rondar os 1.600 euros.
Este número é especialmente relevante tendo em conta que, em setembro de 2024, o concelho de Lisboa era aquele com mais escolas com carência de professores. No segundo lugar ao nível de falta de professores estava Sintra, cuja renda mediana foi de 10,20 euros/m2, em 2024.
De resto, os valores por m2 nos restantes sete concelhos da Grande Lisboa (renda mediana de 13,06 euros/m2) são os seguintes:
- Amadora: 11,80 euros
- Cascais: 15,31 euros
- Loures: 10,56 euros
- Mafra: 9,49 euros
- Odivelas: 11,41 euros
- Oeiras: 13,80 euros
- Vila Franca de Xira: 9,76 euros
Na Área Metropolitana do Porto, a renda mediana, no ano passado, foi de 8,85 euros/m2, tendo o concelho do Porto um valor de 12,58 euros.