Finanças pessoais

5 dicas para deixar de viver de salário em salário

Está sempre à espera de receber o ordenado e não consegue poupar dinheiro? Veja aqui 5 dicas para deixar de viver de salário em salário

Finanças pessoais

5 dicas para deixar de viver de salário em salário

Está sempre à espera de receber o ordenado e não consegue poupar dinheiro? Veja aqui 5 dicas para deixar de viver de salário em salário

Todos os meses chega aos últimos dias quase sem dinheiro na conta e já só consegue pensar no próximo salário? Por mais até que queira poupar algum dinheiro, o ordenado nunca é suficiente? Neste artigo, reunimos 5 dicas para ajudá-lo a deixar de viver de salário em salário.

Salário mínimo: a realidade da maioria dos portugueses

De acordo com dados da Segurança Social, noticiados pelo Correio da Manhã, o ano passado, pelo menos 60% dos trabalhadores por conta de outrem recebiam menos de 800€ por mês. Recorde-se que, atualmente, o salário mínimo é de 705€, ou seja, a maioria da população recebe pouco mais do que o valor avançado.

Se considerarmos que as despesas mensais vão da habitação, à água, luz, gás, serviço de telecomunicações e alimentação é complicado perceber como podem as famílias gerir um orçamento inferior a 800€. Em 2020, a Pordata apurou que 90% dos rendimentos familiares eram gastos em bens e serviços. Se pensarmos que um indivíduo recebe 800 € por mês e apenas guarda 10%, no final do mês conta apenas, e em média, com 80€.

1. Organize o seu salário

Para conseguir gerir melhor o seu salário vai precisar de preparar um orçamento, uma vez que, só assim consegue perceber que gastos tem. O orçamento deve ser composto pelo salário, ao qual deve ser retirado o valor das despesas.

Assim sendo, vai ter de definir as suas despesas. Para tal, os gastos devem ser agrupados em despesas fixas e despesas variáveis. As despesas fixas são aquelas que acontecem todos os meses, como por exemplo a renda da casa ou a alimentação. As despesas variáveis são aquelas que são feitas, mas não são obrigatórias, como é o caso de compra de roupas ou refeições fora.

Depois de retirar ao seu salário os seus gastos deve sobrar um determinado montante. Se não sobrar então não vai conseguir poupar. Para guardar dinheiro, ou guardar um valor mais alto do que aquele que já guarda, precisa de rever as suas despesas variáveis. Logo, defina quais pode mesmo eliminar ou as que consegue reduzir significativamente o valor que atingem.

Depois de decidir os gastos que vai manter, vai ter de seguir esse plano e não acrescentar outros valores. Se quiser acrescentar vai precisar de aumentar a sua receita ou retirar uma outra despesa.

Leia ainda: Aprenda a fazer um orçamento e prepare-se para todos os imprevistos

2. Regra dos 50-30-20

Quando o objetivo é poupar existem várias técnicas que podem ajudar. Uma das minhas conhecidas e mais simples de seguir é a "regra dos 50-30-20".

Esta técnica consiste em distribuir o seu salário. 50% do valor é dedicado às despesas básicas, ou as consideradas fixas, 30% são para os gastos variáveis e 20% corresponde ao valor que deve ser guardado.

Porém, estes valores não têm de ser seguidos à risca. Se os seus gastos são superiores a 50% do seu orçamento então pode diminuir as outras percentagens. O principal desta regra e aquilo que não deve esquecer é que é sempre importante reservar uma parte do seu salário para poupança.

Esta poupança pode ter vários fins: desde imprevistos, férias, algo que queira comprar, entre outros. Deve é definir a percentagem que quer colocar de lado e fazê-lo assim que recebe o seu salário para não acabar por gastá-lo.

Para além de poupar, não se esqueça de direcionar algum dinheiro para o lazer e bem-estar. Ou seja, um jantar com amigos, uma peça de roupa ou uma ida ao cinema.

Leia ainda: Quanto devo poupar do meu ordenado por mês?

3. Aproveitar todas as ajudas

Em Portugal, existem vários apoios sociais. Atualmente, uma grande parte do salário vai para a habitação, logo, pondere aceder aos apoios que existem, nomeadamente ao programa de arrendamento jovem (Porta 65) que pode cobrir um valor da sua renda se cumprir os critérios estabelecidos.

Existem ainda diversas tarifas sociais que são apoios para os consumidores que têm dificuldades financeiras. Pode beneficiar destas tarifas para a eletricidade, internet ou até mesmo para os serviços de água.

Em termos de mobilidade, pode optar por adquirir os passes sociais (passes de transportes públicos cuja mensalidade é mais acessível).

Para quem tem filhos existe ainda o Serviço de Ação Social Escolar (SASE) e mensalidades mais acessíveis de creches nas IPSS. 

jovem mulher faz compra numa grande superfície e mostra-se a consultar preços e características dos produtos

4. Não deixe escapar promoções e descontos

A alimentação pode ser uma despesa bastante pesada no seu orçamento, mas é incontornável. Apesar de não haver maneira de evitar este custo, existe a possibilidade de o reduzir. Para tal, é preciso estar informado sobre os preços, mas, sobretudo, planear as suas compras.

A maioria das pessoas faz compras nas grandes superfícies porque apresentam uma maior variedade a nível de marcas e preços. Assim, procure comprar produtos de marca branca, uma vez que são mais baratos.

Esteja atento aos folhetos. Todas as semanas saem com as promoções e descontos em vigor. Compare preços para não perder as oportunidades. Compare também entre supermercados. Não precisa de fazer as suas compras todas no mesmo local. Procure os artigos mais baratos ou quem está a oferecer os maiores descontos.

Outra oportunidade a que deve estar atento são os cartões de cliente das grandes superfícies. Estes cartões e apps (aplicações) oferecem cupões extra e permitem acumular saldo que pode ser descontado nas compras seguintes.

As promoções não se aplicam apenas à alimentação. Existem épocas específicas do ano em que o setor do retalho baixa o preço dos seus artigos para vender os excedentes. Se precisa de comprar roupa, calçado, acessórios ou mobiliário, entre outras coisas, aproveite estas alturas para o fazer.

5. Diga não aos luxos

Quem não gosta de comer num restaurante, ir ao cinema, comprar diferentes artigos quando passeia nas lojas ou ir de férias? Porém, estes tipo de gastos nem sempre cabem num orçamento familiar.

Assim, pondere evitar encomendar comida ou fazer refeições fora de casa. Este é um gasto que pode evitar se preparar as suas refeições em casa.

Por outro lado, tente organizar-se de forma a usar os transportes públicos.

Opte ainda por atividades que não impliquem gastar dinheiro. Dê um passeio pela praia ou passe um dia no parque. Estas atividades contribuem para o seu bem-estar e não requerem gastos.

Por último, procure minimizar as compras que faz. Antes de comprar algo pense se realmente precisa desse artigo e se necessita dele já ou se pode amealhar algum dinheiro e comprar mais tarde.

Leia ainda: Cuidado com o "revenge spending"

Com estas dicas, vai conseguir ter uma maior consciência do seu orçamento e gerir melhor o seu salário. Quando der por si, vai deixar de viver de salário em salário e vai estar preparado para um imprevisto ou para fazer aquela compra que não estava a conseguir fazer.

A informação que consta no artigo não é vinculativa e não invalida a leitura integral de documentos que suportem a matéria em causa.

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