Finanças pessoais

Dicas para poupar aos 20 anos

Nunca é cedo ou tarde demais para poupar. Se começar a poupar aos 20 anos, o tempo está a seu favor e pode preparar um futuro mais tranquilo.

Finanças pessoais

Dicas para poupar aos 20 anos

Nunca é cedo ou tarde demais para poupar. Se começar a poupar aos 20 anos, o tempo está a seu favor e pode preparar um futuro mais tranquilo.

Se há lição de poupança que qualquer pessoa deve aprender é a de que nunca é tarde demais para começar a poupar. Cedo demais também não. Começar no imediato é o ideal. E se o imediato for aos 20 anos melhor ainda! 

É mais ou menos neste período da vida que se começam a tomar algumas decisões importantes, que têm repercussões sérias no futuro. Nas finanças pessoais não é exceção. Por isso, ganhar hábitos de poupança aos 20 anos é muito importante

Eis algumas dicas para ler, guardar e consultar sempre que fizer sentido.

Estudar finanças

Aos 20 anos ainda há muitas pessoas a estudarem ou algumas delas já iniciaram o seu percurso profissional. Seja como for, esse é o momento ideal para estudar finanças. Não é necessário que seja uma formação académica como uma licenciatura ou um mestrado. Mas sim em formato de leitura, workshops, programas televisivos ou mesmo em conversas com amigos ou familiares mais entendidos no assunto. 

Se até então não conhecer o significado (e também as dinâmicas) de conceitos como IRS, ordenado,  juros, seguros (dos mais variados) ou o que é o Banco de Portugal, essa aprendizagem tem de acontecer. Apostar na literacia financeira é fundamental para fazer escolhas acertadas e, de forma mais genérica, ter uma vida financeira equilibrada.  

Leia ainda: Finanças pessoais para crianças e jovens: sê dono do teu dinheiro

Preparar o curto prazo, dentro dos 20 anos

É ao longo da segunda década que se começam a tomar decisões, que podem ficar para o resto da vida: estudar, constituir família, comprar ou arrendar casa, entre outras. Ainda que muitas destas decisões tenham repercussões a longo prazo, é necessário estar preparado para gerir algum percalço que interfira com elas a curto prazo. Para isso, é aconselhável: 

  • Definir objetivos quantificáveis. A vida dá voltas, todos sabemos disso. Mas para se atingir um objetivo maior, como comprar uma casa em 5 ou 10 anos, é recomendável definirem-se objetivos mais pequenos, concretizáveis no curto prazo e facilmente quantificáveis.
    Utilizamos o exemplo de comprar uma casa: imagine que quer comprar uma casa na ordem dos 180 mil euros. Se for preciso recorrer a um crédito bancário terá de ter 18 mil euros de capitais próprio. Isto porque os bancos emprestas, no máximo, 90% do valor da casa. Ora, para comprar a casa em 5 anos, seria necessário amealhar em média 3.600€ por ano, que representa cerca de 300€ mensais. É exequível esse valor de poupança mensal? Ou devem redefinir-se os objetivos? Este é um dos exercícios orientadores mais eficazes na casa dos 20 anos.    
  • Fundo de emergência. Aos 20 anos é suposto haver energia e saúde em abundância. E os projetos, por norma, são tantos, que o dinheiro é logo destinado para cada um deles. E é bom que assim seja. No entanto, por precaução é bom, pelo menos nos primeiros meses de emprego, destinar alguma parte do ordenado para compor um fundo de emergência. É aconselhável compor e alimentar este fundo em qualquer idade, mas aos 20, quando se começa a vida profissional, é o momento ideal para o fazer. Até porque, não havendo responsabilidades financeiras, será a altura mais fácil de poupar em toda a vida.

Idealmente deve-se colocar de lado seis vezes o valor das despesas essenciais mensais. Ou seja, entre contas de serviços essenciais, alimentação, rendas e combustível (e outras como créditos), qual é o valor essencial para um mês tranquilo? Esse valor deve então ser multiplicado e colocado de parte. Saiba mais sobre o fundo de emergência, neste artigo que temos dedicado ao tema. 

Leia ainda: Como conseguir uma poupança para fazer face a despesas de 6 meses?

Pensar o longo prazo

Como vimos, é muito importante pensar a curto prazo na segunda década de vida. No entanto, e embora não seja tão óbvio à partida, também é recomendável pensar a longo prazo. Há decisões que se tomam nestas idades que podem influenciar o resto da vida. E a decisão de poupar é uma delas. Uma das questões que devem ser pensadas pelos 20 anos e que têm reflexo a longo prazo é a reforma. Se começar a pensar na reforma aos 20, não precisa de desesperar aos 40 ou aos 50. Quanto mais cedo começar a pôr de lado algum montante do rendimento mensal para a reforma, menos esforço terá que fazer. É uma questão de planeamento. 

Leia sobre 5 questões a ter em conta para a reforma

Mãos à obra

Ao mesmo tempo que ganha mais conhecimento sobre finanças pessoais e que define objetivos a curto e longo prazo, pode ir pondo mãos à obra. Como? Com um orçamento mensal em que: 

  • Considere determinado valor para fundo de emergência (caso ainda não tenha); 
  • Coloque de parte determinado montante para preparar a reforma;
  • Define o valor destinado a cada tipo de despesa: básicas, de formação, lazer, etc.

Crie hábitos de poupança, ao mesmo tempo que aproveita o melhor que esta idade dá: energia para apostar em mais conhecimento e também em lazer. 

Leia também: O orçamento pessoal e o controlo das nossas despesas

Poupar aos 20 anos é um gesto de que se vai orgulhar e estar agradecido mais tarde. Nesta idade tem um dos elementos mais favoráveis ao dinheiro: tempo. Aproveite-os e boas poupanças! 

A informação que consta no artigo não é vinculativa e não invalida a leitura integral de documentos que suportem a matéria em causa.

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