Imobiliário

Um manual para imobiliárias, e não só: Lições de Robin Sharma

Qualquer empresa tem de ter um manual de procedimentos. Mas o que conta é o que fazemos sempre, especialmente quando ninguém está a ver.

Um dos temas pelo qual sou mais contactado e onde dou o meu apoio de consultoria para agências e marcas de mediação imobiliária é na revisão, definição e elaboração do manual de procedimentos.

As agências de mediação imobiliárias não têm como foco o produto, ou seja, os imóveis. O seu foco está na captação, recrutamento e acompanhamento de pessoas que prestem o serviço de mediação imobiliária profissional que consiste na ajuda do processo de venda, compra ou arrendamento de imóveis, garantindo a estas pessoas o sistema, o ecossistema e os recursos necessários para que possam garantir o sucesso das suas transações e a evolução do seu negócio para atingirem o seu potencial máximo dentro da agência.

O manual de procedimentos é uma peça fundamental para ajudar qualquer profissional de mediação (e de outras áreas) a saber o que pode esperar e como deve agir para atingir as metas esperadas. Esta peça de gestão e comunicação interna é de extrema importância, pois define o sistema e alinha pessoas mostrando como se trabalha e todos os passos que são necessários para qualquer colaborador ser bem-sucedido ao nível operacional.

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A gestão, os recursos humanos, o marketing e a formação devem usar este documento para alinhamento e orientação da sua ação. É neste documento que reside a alma, os valores, as guidelines e as regras da marca que todos os elementos da empresa devem conhecer, reservando partes mais especificas para cada área.

O primeiro passo começa com a descoberta do porquê e do para quê do projeto ou da empresa. Esta introspeção, muitas vezes é a parte mais difícil de definir, mas é a que dá origem à visão, missão e valores. Só depois é que deve vir o como, e o que define o know-how para seguimento de um sistema.

Um bom manual de procedimentos integra a história da empresa ou do projeto, a sua ideia central e o que pretende resolver para dar resposta às pessoas, a uma comunidade, a um bairro, a uma cidade, a um país, ou ao mundo.

Pode parecer incrível como algumas empresas, e não são poucas, não têm qualquer tipo de documento deste género e continuam a sua caminhada, algumas de forma intrínseca através de um líder que navega e leva o seu projeto seguindo o seu pensamento e intuição, outras, sobrevivem sem grandes planos, nem visão, nem dados e com fortes dificuldades e desalinhamentos entre a operação e todas as estruturas de apoio.

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Recentemente assisti a uma imersão sobre liderança no MEO Arena em Lisboa com o Robin Sharma, um evento apoiado pelo Doutor Finanças que, pela primeira vez, criou a oportunidade de ouvir e falar com um dos autores mais reconhecidos na área de liderança. Houve uma história, das várias narradas, que me inspirou especialmente para a criação deste artigo.

Robin Sharma, fã incondicional de Steve Jobs, relata que a determinada altura, aquando da criação do primeiro Machintosh, a equipa responsável criou um ótimo hardware e principalmente software, a única coisa que faltava era cumprir a missão de o tornar desejável e altamente apetecível aos olhos de qualquer comprador e utilizador. A equipa esmerou-se e trouxe uma versão fantástica do que viria a ser a história de sucesso em relação ao estilo inconfundível da marca, Jobs deu-lhes os parabéns, mas disse-lhes que ainda havia uma falha, algo muito importante e que não poderia deixar de ser feito para se avançar.

Todo o exterior seguia uma linha de design sem falhas, mas a parte de dentro do computador, não seguia a mesma lógica, a equipa defendeu-se referindo que isso não tinha interesse, pois ninguém iria ver, Steve Jobs respondeu de forma implacável:

- “Mas nós vamos.”

Tal como a liderança, o sistema é aparentemente invisível e ambos os eixos partilham o mesmo princípio de sucesso:

- Fazer o bem, bem feito, mesmo quando ninguém está a ver, ou mesmo quando pensamos que não será necessário.     

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“O imobiliário é a minha vida e a minha vida é lidar com pessoas.” A viver em Lisboa e a trabalhar em Portugal, Espanha e Itália, Massimo Forte é acima de tudo um apaixonado pela área do imobiliário, um negócio que considera ser de pessoas para pessoas. Com mais de 25 anos de experiência nas maiores empresas de mediação imobiliária, hoje dedica-se a consultoria, formação e partilha de conhecimento como um dos maiores Real Estate Influencers em Portugal.

A informação que consta no artigo não é vinculativa e não invalida a leitura integral de documentos que suportem a matéria em causa.

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