Literacia financeira

4 motivos porque está a olhar para o dinheiro de forma errada

Olha para o seu dinheiro como um instrumento para garantir a sua estabilidade no futuro? Saiba neste artigo como olhar o dinheiro de forma diferente.

Literacia financeira

4 motivos porque está a olhar para o dinheiro de forma errada

Olha para o seu dinheiro como um instrumento para garantir a sua estabilidade no futuro? Saiba neste artigo como olhar o dinheiro de forma diferente.

O dinheiro faz parte da nossa vida desde que nascemos. No entanto, as pessoas parecem não o valorizar da mesma forma como antigamente. Um dos comportamentos é olhar para o dinheiro como algo a curto prazo e não como um investimento para o futuro.

De acordo com os dados da PORDATA, o consumo das famílias entre 2012 (cujo PIB foi o mais baixo durante a crise internacional) e 2016 aumentou em todas as categorias exceto no caso da Educação, que é sempre um investimento de longo prazo desde o momento em que as crianças entram na escola até saírem da faculdade.

Eis quatro possíveis razões pelo qual poderá estar a olhar para o dinheiro da forma errada.

Já (quase) não utiliza dinheiro vivo

Segundo uma notícia do Jornal Público, foi realizado um estudo este ano sobre quanto dinheiro os portugueses trazem na carteira e a conclusão foi que os mesmos trazem apenas 22€. Ora, isto indica que a grande maioria dos portugueses utiliza cartões de débito ou crédito para fazerem os seus pagamentos, o que leva a que não “vejamos o dinheiro a sair do nosso bolso”.

Quando utilizamos dinheiro para pagar as nossas despesas, sentimos mais “na pele” do que apenas passar o nosso cartão no terminal de pagamento, o que nos leva a ter um comportamento mais cuidadoso e não tão impulsivo quando vemos algo em promoção ou um produto que desejamos.

Se realmente utiliza apenas o seu cartão de débito para fazer os seus pagamentos, experimente utilizar apenas dinheiro durante um mês. Verá com certeza uma diferença significativa e poderá utilizar esse dinheiro para os outros fins que, a longo prazo, lhe trarão mais estabilidade e segurança.

Ler mais: Pagar em dinheiro, cartão, MBWAY ou cheque: o que fica mais caro?

Não mantém registos das suas despesas

Recibos e faturas fazer contas calculadora telemarketing

Se está a gastar o seu dinheiro às cegas, então torna-se muito difícil controlar o quanto gasta por mês. É também difícil manter-se fiel ao seu orçamento mensal, caso tenha um. Não saber quais são os seus hábitos de consumo pode realmente ter um impacto bastante significativo nas suas finanças pessoais, quer agora, quer no futuro. Controlar e saber o que gasta e onde está a gastar é importantíssimo para uma vida financeira saudável e isenta de preocupações.

Uma das soluções é a famosa técnica dos envelopes. Outra solução poderá passar por registar num Excel as suas despesas, ou então fazer uso de aplicações móveis gratuitas, onde é possível os seus gastos e organizá-los por categorias de uma forma mais simples.

Ler mais: As várias etapas da vida financeira: como gerir o orçamento aos 20, 30 e 40 anos

Valoriza mais a gratificação no momento

É fácil querer algo “aqui e agora”. Vivemos num mundo baseado em experiências, mas o custo das mesmas nunca deverá comprometer o futuro das suas finanças pessoais. É tão verdade que não sabemos quanto tempo vamos viver, daí aproveitarmos a vida enquanto a temos, como também é verdade que devemos pensar no dia de amanhã, como nos ensinaram os nossos pais.

É fácil justificar uma compra no momento que provavelmente não terá qualquer significado no futuro. Se realmente foi algo que fez recentemente, então provavelmente tomou uma decisão baseada no que queria no momento e não no benefício que teria no futuro.

Identifique os produtos que tanto deseja comprar e tente controlar-se durante um mês. Se conseguir fazê-lo, então é porque provavelmente não necessita deles.

Ler mais: Black Friday: Como resistir às compras por impulso

Demasiadas subscrições de serviços e produtos

Este fenómeno é bastante proeminente no mundo atual, em que muitas empresas sugerem produtos com modelos de pagamento baseados em subscrições mensais. Exemplos conhecidos são a Netflix, Spotify, ginásios, entre outros. De facto, este fenómeno tornou-se tão comum que pagamentos a pronto estão a tornar-se a minoria.

A sociedade facilmente aceita pagamentos simbólicos por mês e acordam em subscrever um serviço, ao invés de pagar por um produto na sua totalidade. O que se verifica é que acabam muitas vezes por pagar mensalmente por produtos e serviços que, na verdade, não utilizam com regularidade ou nem sequer utilizam. No entanto, continuam a pagar até que o mesmo serviço ou produto seja cancelado, o que leva a um desperdício de dinheiro.

Aqui para nós: não terá alguma subscrição que não utiliza regularmente, mas que continua a pagar por ela? Cancele o que não utiliza e poupe dinheiro.

Como olhar para o dinheiro de uma forma diferente

Se se identificou em alguma das situações acima, esta é a oportunidade para olhar para o dinheiro de forma diferente.

Eis como pode melhorar e começar a olhar para o dinheiro de uma forma diferente:

  • Pense no dinheiro que está a poupar hoje como sendo algo que dura uma vida inteira e que poderá fazer-lhe falta no futuro (por exemplo avarias, manutenções, imprevistos) - eis três hábitos para poupar 40.000€;
  • Mantenha registo das suas despesas e hábitos de consumo;
  • Tente pagar as suas despesas em dinheiro, pois conseguirá controlar-se mais facilmente ao invés de pagar com o seu cartão de débito ou crédito;
  • Não gaste em produtos ou serviços que apenas lhe trazem felicidade no momento;
  • Antes de efetuar qualquer compra, pense no benefício a longo prazo que este trará para si.

Como pode ver, passos simples podem fazer toda a diferença.

A informação que consta no artigo não é vinculativa e não invalida a leitura integral de documentos que suportem a matéria em causa.

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