As rendas estão mais caras do que estavam há um ano, mas desceram ligeiramente em relação ao final de 2023. De acordo com o Instituto Nacional de Estatística, o valor mediano aumentou 10,5% no primeiro trimestre de 2024 em relação ao mesmo período do ano passado, ficando nos 7,46 euros por metro quadrado (m²).
Ou seja, a renda mediana de uma casa de 100 m² situou-se nos 746 euros, quando há um ano era de 674 euros.
Ao mesmo tempo, o número de novos contratos aumentou ligeiramente no mesmo período, de 25.245 para 25.472.
Rendas em Guimarães aumentaram quase 20%
Na análise aos 24 municípios com mais de 100 mil habitantes, o relatório do INE mostra que as rendas subiram em todos eles. Ainda assim, é possível destacar quatro concelhos em que os preços aumentaram mais de 15% em relação ao primeiro trimestre de 2023: Guimarães (19,5%), Vila Nova de Famalicão (18,3%), Coimbra (15,2%) e Braga (15%).
Apesar de ter registado um crescimento homólogo inferior ao nacional (4,9% contra 10,5%), o munícipio de Lisboa manteve o título de município com a renda mediana mais alta: 15,25 euros por m². Feitas as contas, a renda de uma casa de 100 m² ronda os 1.525 euros por mês.
Ainda assim, o município da capital não foi o único da Grande Lisboa a mostrar esta tendência de renda mediana superior à nacional mas crescimento abaixo dos 10,5%, já que o mesmo se verificou em Odivelas (10,10 euros/m² e 9,3%) e Sintra (9,47 euros/m² e 8,4%).
Na Área Metropolitana do Porto, os concelhos do Porto (12,13 euros/m² e 7,2%), Matosinhos (10,16 euros/m² e 8,9%) e Vila Nova de Gaia (8,61 euros/m² e 9,8%) tiveram um comportamento na linha dos anteriores.
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Preços baixaram ligeiramente em relação ao final de 2023
Se no primeiro trimestre deste ano a renda mediana foi de 7,46 euros/m², nos últimos três meses de 2023 tinha sido de 7,71 euros/m². Registou-se uma diminuição de 3,2%, com destaque para a Região Autónoma da Madeira, onde as rendas desceram 12,6% em relação ao último trimestre do ano (ainda assim, é uma das regiões com a renda mais alta: 8,13 euros). Este foi, de resto, um comportamento que se verificou em 15 das 26 NUTS III.
Em sentido contrário, o maior aumento de um trimestre para o outro verificou-se no Alto Alentejo, com uma subida de 11,6%.
Número de novos contratos com subida tímida
Entre janeiro e março de 2024 foram assinados 25.472 novos contratos de arrendamento. Isto representa uma subida de 0,9% em relação aos 25.245 registados do primeiro trimestre do ano passado.
As regiões que mais cresceram foram as Terras de Trás-os-Montes (27,3%), a Região de Leiria (12,8%) e o Tâmega e Sousa (11,2%). Do lado contrário, o Baixo Alentejo sofreu uma quebra de 22,4% nos novos contratos de arrendamento.
Em oito dos 24 municípios com mais de 100 mil habitantes assistiu-se a uma subida nos arrendamentos superior à mediana nacional. Aqui, o destaque vai para Vila Franca de Xira, com um aumento de 20,6%.
Por outro lado, o número diminuiu em 13 municípios, evidenciando-se o Funchal (-11,5%), Oeiras (-11,4%), Seixal (-10,9%), Guimarães (-10,6%) e Sintra (-10,0%).
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