Finanças pessoais

Orçamento familiar: 10 erros que não deve cometer

Para ter um orçamento familiar equilibrado há cuidados que deve ter. Saiba quais os erros que não deve cometer.

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Orçamento familiar: 10 erros que não deve cometer

Para ter um orçamento familiar equilibrado há cuidados que deve ter. Saiba quais os erros que não deve cometer.

Todos temos algum hábito que, por vezes, pode "fazer estragos" no nosso orçamento familiar. E em algumas situações, nem nos apercebemos que podemos estar a gastar aquilo que não devemos, fazendo com que o dinheiro não chegue até final do mês.

A situação torna-se mais preocupante numa altura em que vivemos pressionados pela inflação. Assim, pequenos cuidados e algumas alterações de hábitos podem fazer toda a diferença na gestão das suas finanças pessoais.

Uma das razões para uma "má gestão" do seu dinheiro é o desconhecimento ou falta de informação. A tomada de decisões erradas tem consequências nas suas contas pessoais, que por vezes são mal avaliadas ou até mesmo descuradas. Quando tal acontece, em vez de pouparmos estamos a desperdiçar dinheiro.

Assim, se está com dificuldades financeiras, deve avaliar qual a origem do problema. Se a causa estiver nos nossos hábitos, deve tentar identificá-los e mudar comportamentos. Em seguida, indicamos algumas dicas para que possa evitar alguns erross e, assim, tomar melhores decisões financeiras.

10 hábitos que deve evitar na gestão do seu orçamento familiar

Não olhar aos preços

Antes de comprar deve sempre olhar para os preços, avaliar se precisa mesmo do bem ou serviço e ainda verificar se essa quantia não lhe vai fazer falta para outras despesas mais importantes.

Não saber onde gasta o dinheiro pode comprometer o seu orçamento familiar

Se não estiver atento às despesas, o seu dinheiro desaparece sem dar conta. Quantas pessoas chegam ao final do mês sem dinheiro? Na realidade, é o que acontece quando não registamos o que gastamos e onde gastamos. Ou seja, não temos noção daquilo que podemos gastar e acabamos muitas vezes por gastar dinheiro em coisas supérfluas, refletindo a ausência de controlo sobre as despesas.

Em suma, deve fazer um orçamento mensal com as receitas e as despesas por categorias.

O primeiro passo é definir um limite máximo para cada rubrica de despesas tendo em conta o seu rendimento. A regra básica é: as despesas têm sempre de ser inferiores às suas receitas. Só assim, pode ter as suas finanças pessoais equilibradas. Caso contrário, ou entra em incumprimento ou tem de recorrer às suas poupanças, o que não é o desejável.

Poupar só quando sobra dinheiro

Outro erro comum é poupar só se sobrar algum dinheiro. Quando faz um orçamento, deve logo destinar uma parte do seu rendimento para as suas poupanças (pagar-se a si próprio).

Ou seja, depois de ver aquilo que realmente pode gastar, registe os seus gastos por categoria de acordo com os limites que estabeleceu para cada uma delas.

Comprar “tudo o que sem pensar no seu orçamento familiar

Comprar tudo o que lhe aparece à frente apenas porque gosta ou lhe fica bem, pode estragar as suas contas. Por exemplo, passa numa loja de roupa e compra uma peça que acha muito bonita, mas na realidade nem lhe faz falta. Pondere bem, se não precisa, não deve mesmo comprar.

Por outras palavras, as chamadas “compras por impulso” quase sempre dão mau resultado. É aqui que entra o papel do orçamento familiar. Se tiver presente aquilo que pode gastar, vai pensar duas vezes antes de comprar. Na verdade, se tiver um registo das suas despesas e a noção do que pode gastar, provavelmente vai evitar muitas decisões erradas.

Homem com um cartão de crédito na mão a colocar os dados num site que está a consultar através do seu computador

Comprar a crédito

Quando compra algo com cartão a tendência é não ter noção do valor que está a gastar. O que se agrava quando compra com cartão de crédito. Isto porque, nestes casos não está a poupar nada, apenas está a adiar o pagamento. Ou seja, na prática, está a adicionar despesas ao mês seguinte. Nalguns casos se não tiver escolhido a opção final do mês, ou seja, pagar 100% do saldo em dívida, está a somar juros ao capital que tem por pagar. Isto é, mais despesas para si.

Não se esqueça que os cartões de crédito têm taxas de juro elevadas sobre o montante que continua em dívida para o mês seguinte.

Por outro lado, o Banco de Portugal define de três em três meses as taxas máximas para os novos cartões de crédito. No entanto, estas taxas apenas são válidas para os cartões que sejam emitidos nesse trimestre, logo o seu pode até ter uma taxa mais alta. Assim, deve sempre verificar no seu extrato que taxa de juro está a pagar pelo montante que ainda tem por pagar.

Assim sendo, tente sempre pagar em dinheiro. Isto porque, quando paga com dinheiro tem uma maior consciência do que está a gastar.

Não amortizar créditos

Em primeiro lugar, sempre que possível faça por amortizar os seus créditos. Ou seja, sempre que reduz o valor em divida, está a reduzir igualmente o montante dos juros a pagar. Além disso, note que a taxa de juro que paga por um crédito, regra geral, é superior à que recebe por qualquer aplicação financeira.

Leia ainda: Subida da Euribor: dinheiro no banco ou amortizar o crédito à habitação?

Manter alguns "vícios" dá cabo do orçamento familiar

Existem vícios que poucas ou nenhumas vantagens trazem. Por exemplo, fumar, comer constantemente fora de casa ou sair à noite frequentemente, são hábitos que consomem muito dinheiro. Estas "pequenas coisas", somadas, podem revelar-se uma parcela significativa do seu orçamento familiar.

Até nem precisa de eliminar totalmente estes hábitos, se os reduzir já é uma grande ajuda para as suas contas. A sua carteira agradece (e a saúde também).

Não rever anualmente os seus seguros

Também os seguros representam uma boa fatia do seu orçamento familiar. Assim, deve rever os seus seguros, preferencialmente todos os anos. Em outras palavras, faça uma pesquisa e veja se não consegue pagar menos pelas condições que já tem. Se necessário, pondere mudar de seguradora.

Não considerar uma reserva financeira de emergência no seu orçamento familiar

Outra regra essencial é ter sempre uma reserva financeira para fazer face a qualquer emergência. As boas práticas mandam ter de parte o equivalente a seis meses ou um ano de despesas fixas. Isto permite-lhe ter uma folga financeira no caso de ter algum imprevisto na sua vida e/ou uma quebra de rendimentos.

Como o próprio nome indica, esta reserva serve para fazer face a emergências. Assim, pode precisar de dinheiro extra para despesas inesperadas como por exemplo:

  • Uma avaria no carro;
  • Um problema de saúde;
  • Um eletrodoméstico avariado.

Em suma, se tiver uma reserva financeira, em última análise, use-a. Antes isso do que recorrer a um crédito pessoal ou usar o cartão de crédito. Mas se o fizer, tente repor o mais rapidamente possível o valor que gastou.

Leia ainda: 10 dicas para construir o seu fundo de emergência

Ir ao supermercado sem uma lista

Também o supermercado é sinonimo de muita despesa. Mas, em termos de gestão, os resultados podem ser mais complicados se não tiver uma lista do que precisa. Ou seja, se vai ao supermercado sem uma lista de compras, acaba quase sempre por comprar mais do que o necessário.

Assim, planeie as suas refeições e faça sempre uma lista do que precisa antes de ir às compras.

Leia ainda: Orçamento familiar sob pressão? Nestas despesas não deve cortar

A informação que consta no artigo não é vinculativa e não invalida a leitura integral de documentos que suportem a matéria em causa.

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