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Investimento de gestão passiva: Em que consiste e que vantagens tem

Pretende investir no mercado acionista mas tem algum receio? Conheça a gestão passiva e as suas vantagens.

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Investimento de gestão passiva: Em que consiste e que vantagens tem

Pretende investir no mercado acionista mas tem algum receio? Conheça a gestão passiva e as suas vantagens.

Se está à procura de produtos de investimento, certamente, já se confrontou com um conjunto vasto e diverso de opções disponíveis no mercado. Como por exemplo, depósitos a prazo, PPR, obrigações, fundos de investimento, ações, entre outros.

Todos estes produtos têm riscos distintos e requerem conhecimentos diferentes. Como tal, enquanto investidor, deve estar consciente do seu conhecimento e do grau de risco que quer assumir.

Gestão passiva

Sabe em que que consiste a categoria, muito específica, de produtos de investimento, denominada de investimento de gestão passiva? Esta categoria caracteriza-se por um produto financeiro cujos ativos são ações, com reduzidos custos de gestão e horizonte de longo prazo (10 a 20 anos). Logo, segundo os especialistas, é um produto adequado para uma estratégia do tipo “buy and hold”.

Normalmente, este tipo de produtos replica um índice de referência. Por exemplo, o índice pode seguir o mercado de um país especifico (o “S&P500” para o mercado americano) ou um índice mundial (o “MSCI World”), entre outros.

Assim, um produto com estas características permite ao investidor aceder a um fundo de investimento com uma carteira composta por ativos de empresas que compõem o índice de referência escolhido. Nesse sentido, o investidor garante uma diversificação do investimento, quer pela quantidade de empresas, quer pelos setores económicos. Logo, essa diversificação resulta numa menor exposição à volatilidade dos mercados financeiros.

Por outras palavras, do total de ativos que constituem a carteira, uma parte pode valorizar enquanto outra parte desvaloriza, em função da evolução do mercado. Deste modo, a volatilidade dilui-se do ponto de vista global.

O produto segue um índice de referência adotando uma carteira de ativos predominantemente estática, poupando nos custos de transação em bolsa. Dessa forma, reflete-se em menores custos de gestão para o investidor. Como tal, o investimento é de gestão passiva e replica a evolução do índice de referência.

Como resultado, a comissão de gestão do produto é inferior à comissão de gestão de um fundo de investimento ativamente gerido. Porquê? Porque o número de transações de compra e venda é mais reduzido.

Exemplo de tipo de produto financeiro

Um exemplo de produto que permite obter a referida exposição ao mercado bolsista, de um modo diversificado, é designado de ETF (“Exchange Traded Fund”), sendo negociado em bolsa de modo idêntico a uma “ação”, com a particularidade dos ativos subjacentes do fundo de investimento serem ações de empresas.

Atenção, existem ETF que não replicam índices de referência, mas sim índices setoriais ou outros ativos, como por exemplo, tecnologia, energia, finanças, matérias-primas, obrigações, entre outros. Ou seja, são produtos de gestão passiva, focados num sector específico, sujeitos à volatilidade específica desse setor.

Neste caso, não vai usufruir do efeito benéfico da diversificação dos setores, para atenuação da volatilidade, recomendando-se que tenha um maior conhecimento do setor.

Leia ainda: Ações, ETF e Fundos de investimento: mais-valias em IRS

Acumulação vs Distribuição

Este tipo de produtos divide-se em dois grupos: distribuição e acumulação.

No caso dos ETF de distribuição, o investidor recebe dividendos com uma determinada periodicidade. Os dividendos estão sujeitos a retenção na fonte à taxa liberatória definida (atualmente à taxa de 28%, caso opte pelo não englobamento em sede de IRS).

Quanto aos ETF de acumulação, o emitente em vez de pagar ao investidor os dividendos, reinveste esse valor mediante compra adicional das ações que compõem o ETF. Deste modo, o investidor apenas pagará imposto sobre as eventuais mais-valias realizadas no momento da venda.

Volatilidade: palavra-chave

Realçamos que, a volatilidade existe e nada nos garante que não ocorra uma queda no mercado acionista. Desta forma, o investidor deve considerar o investimento de montantes que não lhe sejam necessários nos próximos 10 a 20 anos. E, assim, diminuir a probabilidade de obtenção de menos-valias.

Assim sendo, deve contactar o seu intermediário financeiro, tendo em vista a análise do seu perfil de risco e o seu auxílio na tomada de decisão. Tenha sempre uma frase célebre no universo financeiro: “rentabilidade passada não representa garantia de rentabilidade futura”.

Leia ainda: Probabilidade de perder dinheiro na bolsa? Não é assim tão elevada

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