Finanças pessoais

Preocupado com as suas poupanças? O que analisar até ao final de 2020

Se está preocupado com as suas poupanças, descubra algumas dicas que o podem ajudar a equilibrar as suas finanças pessoais.

Finanças pessoais

Preocupado com as suas poupanças? O que analisar até ao final de 2020

Se está preocupado com as suas poupanças, descubra algumas dicas que o podem ajudar a equilibrar as suas finanças pessoais.

Devido à pandemia provocada pelo Covid-19, a economia portuguesa foi bastante afetada, deixando muitos portugueses preocupados com as suas finanças pessoais. Por um lado, os números de desemprego continuam a aumentar, e em agosto de 2020, segundo os dados publicados do IEFP, mais 409 mil portugueses estavam desempregados. Por outro, muitas famílias viram-se obrigadas a mexer nas suas poupanças para fazer face às despesas devido à perda de rendimentos durante a pandemia.

No entanto, ainda existem alguns agregados familiares que mantêm as suas finanças minimamente estáveis, mas a preocupação com a incerteza do futuro permanece bem viva no dia a dia.

Assim, que cuidados podemos ter nesta fase incerta das nossas vidas? O que devemos ter em atenção até ao final de 2020? É possível organizar as contas e reforçar as poupanças da família? São questões como estas que vamos abordar, de forma a deixarmos alguns conselhos para pôr as suas finanças em ordem e preparar-se para 2021.

Analise a fundo as suas poupanças

Estar a par do estado das suas finanças é o primeiro passo para conseguir equilibrar as suas contas e ter noção do dinheiro que tem em sua posse. Por isso, sente-se à mesa com calma e analise as suas contas. Se o seu agregado familiar tem um orçamento, então é hora de revê-lo e atualizá-lo, caso seja necessário. Se tiver algum investimento, contas poupanças ou fundo de emergência, não se esqueça de analisar todos os montantes e tomar nota dos mesmos. Se por outro lado, contraiu um ou mais créditos nos últimos tempos, reveja os montantes em dívida e o tempo que lhe falta para que a dívida fique saldada.

Embora muitas pessoas estejam a par das suas finanças, nem todas têm a mesma facilidade de organizar e gerir as finanças pessoais. No entanto, nunca é tarde para começar a pôr em prática boas estratégias de gestão das suas finanças. Por isso, caso precise de melhorar a sua gestão, o primeiro passo para estar descansado é fazer um levantamento a fundo do dinheiro que tem. Anote o dinheiro que entra nas suas contas mensalmente e faça contas a todo que sai. Aproveite e faça as contas à sua taxa de esforço, de forma a conseguir perceber se é possível reduzir a mesma nos próximos tempos. Também pode usar o nosso simulador de Taxa de esforço.

É hora de perceber qual é a sua capacidade de poupança

Depois das contas estarem feitas e de ter analisado a fundo toda a sua situação financeira, é hora de perceber qual é a sua capacidade de poupança. Caso a taxa de esforço esteja muito elevada e tenha mais do que um empréstimo, informe-se sobre a possibilidade de consolidar os seus créditos, de forma a reduzir a ginástica financeira mensal.

Outra opção que pode levar a uma poupança significativa, caso tenha um crédito habitação analise o que está a ser praticado atualmente pelo mercado. Já há bancos a oferecer spread mínimo inferior a 1%, o que significa que a negociação das condições ou a transferência do crédito para outra instituição pode gerar poupanças significativas.

Se nenhuma destas opções for possível ou não se aplicar ao seu caso, então olhe de novo para o orçamento familiar para ver onde cortar despesas. Ainda que a maioria das famílias que perdeu rendimentos já tenha cortado em algumas despesas, será que já perdeu algum tempo a tentar melhorar as condições contratuais dos vários serviços que tem?

Nem todas as empresas permitem renegociar as condições a meio de um contrato, devido ao período de fidelização. Contudo, existem muitas companhias que estão dispostas a oferecer condições mais vantajosas, para não o perder como cliente. Isto aplica-se a coberturas específicas do seguro de saúde, tarifários, serviços que tínhamos descontos mas já chegaram ao fim, etc. E como o não está sempre garantido em qualquer negociação, não custa tentar alterar planos de tarifários, coberturas e modalidades contratadas.

Leia ainda: Como usar a moratória para reduzir encargos com o crédito

Ainda está em teletrabalho? Então existe a possibilidade de juntar mais dinheiro

Se a sua profissão e a sua empresa permitem realizar as suas tarefas profissionais em casa, então tem nas suas mãos uma ótima oportunidade de poupar algum dinheiro. Se já o faz, o ideal é continuar a manter essa boa prática até regressar ao modelo laboral antigo. Pode colocar o dinheiro de parte daquilo que gastava em deslocações, caso fosse para o trabalho de carro, ou em alimentação. Pode ficar espantado com o dinheiro que vai juntar nos próximos meses.

Por exemplo, muitos portugueses deslocavam-se diariamente para o local de trabalho de carro antes de estarem em teletrabalho. Se fizermos contas ao valor do combustível que era gasto, ao estacionamento pago, mais o valor da alimentação fora, no final do mês vai conseguir poupar uma boa quantia. Com esse dinheiro não só pode reforçar as suas poupanças.

familia a passear na praia mae pai filha e filho

É possível maximizar as suas poupanças a partir de amanhã?

No caso de ser uma pessoa bastante poupada e ter todas as suas poupanças no banco paradas, pense se não vale a pena tentar maximizar uma parte desse valor? Embora muitas das soluções que ofereciam juros atrativos no passado já não compensem, a verdade é que existem investimentos de baixo risco que podem ser atrativos. Caso acredite que está na altura de colocar o seu dinheiro a rentabilizar de forma a trazer algum lucro mais tarde, informe-se bem sobre as possibilidades de investimento.

Nota: os PPR, certificados de aforro e seguros de capitalização são exemplos de investimentos de baixo risco que pode analisar caso pretenda rentabilizar o seu dinheiro.

Contudo, deve ter noção dos riscos que existem, nos diferentes tipos de retorno a curto, médio e longo prazo. Lembre-se que qualquer investimento acarreta a possibilidade de perder parte ou a totalidade do valor que investiu, dependendo do produto que escolher. Por isso, o ideal é apenas investir com dinheiro de uma poupança que não esteja ligada ao seu fundo de emergência. Se deve ou não correr mais riscos, isso irá sempre depender do seu perfil de investidor. No entanto, aconselhamos que diversifique sempre os seus investimentos, de forma a que caso existam perdas, as mesmas possam ser atenuadas por eventuais lucros de outros investimentos.

Tempos incertos requerem reforçar o fundo de emergência

Se já tem um fundo de emergência, pode ser interessante pensar em reforçar o mesmo para se sentir mais seguro durante os próximos meses. Ao direcionar a maioria das suas poupanças para o seu fundo, pode ficar descansado durante mais alguns meses, caso aconteça um imprevisto ou uma perda de rendimentos.

Se ainda não tem um fundo de emergência, talvez esta seja a altura ideal para criar um. Afinal, ter uma poupança para cobrir a totalidade das suas despesas durante alguns meses não só é uma ótima estratégia financeira, como também permite viver de forma mais tranquila. Um fundo de emergência deve cobrir a totalidade das suas despesas no mínimo durante 6 meses. Se conseguir poupar para cobrir as despesas de um ano inteiro, ainda melhor. O mais importante é começar a poupar para o seu fundo, e ir aumentando o valor gradualmente.

Já não falta tudo para o Natal e é hora de fazer contas ao que pode gastar

O Natal é sinónimo de união familiar, mas também de gastos elevados em presentes e alimentação. Por isso, é importante que olhe para o seu orçamento familiar e estipule o valor que pode suportar nestes gastos. Quanto mais cedo definir a quantas pessoas vai comprar presentes e qual o valor que pode gastar nos mesmos, mais fácil será não ultrapassar o seu orçamento. Para além disso, quanto mais cedo fizer as suas compras, menos será penalizado por valores inflacionados.

Existem algumas boas práticas que também pode adotar para reduzir os custos da época natalícia. Por exemplo, pode começar a fazer as suas compras nas lojas que estejam a fazer campanhas promocionais ou em lojas online com preços atrativos. Mesmo que o tempo de envio seja mais elevado, a verdade é que pode conseguir comprar bons presentes a preços reduzidos. Contudo, é importante que tenha em mente que na maioria dos casos não vai ser possível fazer trocas dessas prendas.

Outra solução que já referimos no artigo 8 dicas fundamentais para poupar neste Natal é oferecer cartões presente, com o valor que estipulou para cada pessoa. Para além de cada uma das pessoas poder escolher algo de que goste, esta é uma ótima forma de não gastar mais do que aquilo que definiu.

Independentemente da estratégia que adotar, evite recorrer a qualquer tipo de crédito para as suas compras de Natal. Embora o Natal apele ao nosso espírito consumista, mais vale dar uma simples lembrança do que acabar a correr riscos desnecessários, que podem levar a um futuro endividamento.

Pense já no IRS do próximo ano

Falar antecipadamente do IRS e associá-lo às suas poupanças pessoais pode parecer um pouco absurdo. Muitos portugueses perdem a oportunidade de vir a ter alguns benefícios por deixar tudo para a última hora. Ao aprovar e verificar com antecedência todas as suas faturas, não só irá facilitar a entrega do próximo IRS, como também pode ajudá-lo a perceber as deduções provisórias, e se é possível aumentar esses valores.

Caso não tenha hábito de pedir todas as suas faturas com contribuinte, ainda vai a tempo de conseguir aumentar as suas deduções para o próximo IRS. Lembre-se que ao pensar no IRS com antecedência pode alterar por completo o seu reembolso de IRS ou diminuir o valor que terá que devolver ao Estado. E esse simples pormenor, pode melhorar um pouco as suas finanças pessoais.

Leia ainda: Como devo preparar o próximo IRS?

Estas são algumas dicas para o ajudarmos a gerar poupança, um bem fundamental para que possamos enfrentar adversidades de forma mais tranquila.

A informação que consta no artigo não é vinculativa e não invalida a leitura integral de documentos que suportem a matéria em causa.

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