Imobiliário

Preços das casas sobem 8,8% em 2023

2023 fica marcado por um novo aumento dos preços das casas em Portugal e por uma queda do número de transações.

Imobiliário

Preços das casas sobem 8,8% em 2023

2023 fica marcado por um novo aumento dos preços das casas em Portugal e por uma queda do número de transações.

O mercado imobiliário continuou a dar sinais de dinamismo em 2023. Apesar da subida das taxas de juros, os preços das casas continuaram a crescer, tendo-se verificado um aumento mais pronunciado nos preços das moradias do que nos apartamentos. A queda da oferta pode ajudar a explicar o aumento dos preços.

Os preços médios dos imóveis aumentaram para 2.330 euros por metro quadrado, mais 8,8% quando comparado com os valores do final de 2022, de acordo com os dados publicados pela Alfredo.

Índice de Preços Alfredo reúne informação de vários portais públicos de listagem e sites de agências imobiliárias com dados de transação que são posteriormente trabalhados utilizando algoritmos avançados de Inteligência Artificial, o que permite caracterizar a realidade do mercado imobiliário em Portugal de uma maneira nunca vista. O Doutor Finanças é parceiro da Alfredo no relatório emitido com dados em tempo real.

Apesar do contexto de subidas acentuadas das taxas de juro, que podia ter condicionado de forma mais significativa o mercado imobiliário nacional, os dados mostram que os preços continuam a aumentar na generalidade das capitais de distrito, o que pode estar relacionado com a oferta (explicado mais abaixo no artigo).

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Santarém com o maior crescimento dos preços das casas

Entre as 20 capitais de distrito analisadas pelo Alfredo, apenas três registaram quedas de preços nos últimos 12 meses: Portalegre (-3,6%), Guarda (-2,4%) e Vila Real (-2,3%). As restantes 17 capitais de distrito registaram todas variações positivas.

Santarém destaca-se como a região onde os preços mais subiram (22,8%). Ainda assim não foi a única com um crescimento superior a 20%. Viana do Castelo também registou um crescimento de 20,9%.

O menor aumento foi registado em Évora, com uma subida de 2,2%, seguida por Beja, onde o preço médio cresceu 4%.

Guarda tem os imóveis mais baratos

Analisando mais pormenores sobre os preços médios, é sem surpresa que Lisboa surge como a capital de distrito onde o preço médio é mais elevado (4.700 euros), correspondendo mesmo a mais do dobro do valor médio nacional (2.330 euros). A seguir a Lisboa surgem, também sem surpresas, Porto (3.109 euros) e Funchal (2.793 euros).

De realçar que estes valores são os preços médios das capitais de distrito, existindo zonas dentro destas capitais onde os preços são mais elevados e noutras mais baixos.

No lado contrário, encontramos a Guarda, onde o preço médio se situa nos 440 euros por metro quadrado, tendo sido uma das três capitais onde os preços desceram no último ano.

Portalegre, onde os preços também caíram em 2023, tem os segundos valores mais baixos do território nacional (570 euros), seguida de Castelo Branco (593 euros).

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Número de imóveis disponíveis cai

Além de os preços dos imóveis terem aumentado ao longo do ano, observou-se também uma queda do número de imóveis disponíveis no mercado. A redução foi ligeira, de apenas 0,77% para um total de menos de 174 mil imóveis, segundo os dados da Alfredo. Contudo, há zonas no país onde as quedas foram mais pronunciadas.

“Há uma alteração no mercado imobiliário: o número de imóveis disponíveis para serem transacionados diminuiu, algo que ainda não tinha acontecido de forma consistente. Em algumas capitais de distrito a redução da oferta é pronunciada, o que ajuda a justificar o contínuo crescimento dos preços dos imóveis”, destaca Gonçalo Abreu, co-fundador da Alfredo.

Os dados indicam, assim, que há menos oferta. Em Lisboa, por exemplo, havia 12.329 apartamentos no mercado em dezembro de 2023, quando um ano antes havia 51.605 apartamentos, o que corresponde a uma queda de 76%. E, apesar desta queda, Lisboa continua a ser a capital de distrito com maior número de apartamentos no mercado.

Do lado oposto, encontramos Portalegre, que terminou o ano com apenas 71 apartamentos no mercado, quando, no final de 2022, contava com 391 imóveis.

E, olhando para o mercado de moradias, a conclusão não é diferente, apesar de os números serem menores. O Porto é a capital de distrito com mais moradias disponíveis no mercado, tendo fechado o ano com 1.732 moradias, muito abaixo das 8.788 do final do ano anterior. Neste caso em concreto trata-se de uma descida superior a 80% na oferta.

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A informação que consta no artigo não é vinculativa e não invalida a leitura integral de documentos que suportem a matéria em causa.

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