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Iniciar um negócio: financiamento ou investimento?

Neste artigo vamos ajudá-lo a perceber as vantagens e os inconvenientes de pedir financiamento para iniciar um negócio próprio.

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Iniciar um negócio: financiamento ou investimento?

Neste artigo vamos ajudá-lo a perceber as vantagens e os inconvenientes de pedir financiamento para iniciar um negócio próprio.

Tem algum dinheiro de parte e pretende começar um negócio de sucesso? Por muito que tenha poupado nem sempre o dinheiro é suficiente, sendo necessário pedir dinheiro emprestado para iniciar atividade. Neste artigo vamos ajudá-lo a perceber as vantagens e os inconvenientes de pedir financiamento, bem como as melhores práticas de gestão. 

Primeiro deve criar um plano de negócios, ou seja, deve definir as características do cliente-alvo e do produto/serviço que pretende vender e depois prever os custos e receitas para os primeiros anos de atividade.

Ao criar um plano de negócios, não se esqueça que se vai introduzir um produto novo no mercado terá que investir mais dinheiro em publicidade do que um produto já conhecido no mercado. Por outro lado, se for um produto conhecido terá mais concorrência, mas a aceitação será maior. 

Em relação, à escolha entre financiamento e investimento deve avaliar se se sente confortável com a quantidade de dinheiro que vai pedir emprestado.

Se achar que o valor das prestações é demasiado elevado é prudente adiar o projeto e poupar mais dinheiro para investir no futuro. Em alternativa pode pedir a um amigo ou familiar para se tornar seu sócio. Assim, tem a ajuda financeira do seu sócio para iniciar o projeto e não precisa de esperar mais tempo para iniciar o seu sonho. 

Leia ainda: Como usar a poupança para lançar o seu próprio negócio

papel a ser discutido por várias pessoas

Onde devo pedir o financiamento? 

  • Pode tentar procurar um ‘Angel Investor’ que acredite e invista no seu projeto, através do site da Associação Portuguesa de Business Angels (APBA). Se conseguir encontrar um investidor qualificado, este terá bons conhecimentos de gestão e uma rede de contatos alargada. Tenha em conta que estes investidores geralmente preferem ter uma participação na empresa do que emprestar dinheiro. 
  • Os empreendedores que estejam a passar por uma situação económica difícil: estar desempregado ou não ter contrato de trabalho, poderão recorrer ao microcrédito. Se não tiver dívidas em incumprimento, a Associação Nacional de Direito ao crédito (ANDC), em parceria com as instituições bancárias, poderão conceder-lhe um empréstimo até um montante máximo de 15 mil euros por pessoa. 
  • Poderá ainda recorrer aos métodos tradicionais de empréstimo: os bancos, ou aos métodos mais modernos: o crowdfunding

Não se esqueça que alavancar um investimento é arriscado e que pedir crédito para criar o seu negócio vai amplificar os retornos, mas também as perdas, sobre o dinheiro investido. Apesar destes riscos, existem diversas vantagens a considerar. 

Vantagens

  • Se pedir um empréstimo, a prestação a pagar é dedutível ao resultado bruto da empresa, o que lhe permite pagar menos impostos se o resultado da empresa for positivo. No entanto, tenha em atenção que não vale a pena pedir dinheiro a mais para pagar menos impostos, pois os pagamentos tornam-se demasiado elevados.  
  • Com o empréstimo, tem uma linha de crédito para ajudar a cumprir o seu plano de negócio, sendo que poderá ser ajustada de acordo com o sucesso do mesmo. 
  • Se pedir um empréstimo junto de um banco ou de uma plataforma de crowdfunding, esta entidade não terá controlo sobre o seu novo negócio e não poderá influenciar quaisquer decisões da empresa. 
  • Se o banco autorizar um período de carência nos primeiros meses, poderá reduzir significativamente o valor das primeiras prestações porque neste período irá pagar apenas juros. Ao não amortizar capital a prestação será menor, mas também irá pagar mais juros no final. Veja se esta vantagem compensa no longo prazo. 

Desvantagens

  • Quanto mais dinheiro pedir emprestado maior é o peso do passivo na estrutura da empresa. Excesso de dívida aumenta o risco de falência, porque os encargos com a dívida e as outras despesas são demasiado elevados em relação às receitas. Além disso, não se esqueça que enquanto não tiver uma marca reconhecida e alguns clientes fiéis, as receitas irão oscilar muito, mas a prestação a pagar será constante. 
  • A entidade que lhe concede o crédito requer sempre uma garantia real, que incide sobre os bens da empresa, ou seja, o seu investimento inicial, ou uma garantia pessoal, que incide sobre o património de pessoas (singulares ou coletivas) externas à empresa. Assim, os seus rendimentos e o seu património estarão em risco de serem penhorados, a não ser que tenha como garantia um fiador ou um avalista. 
  • É importante olhar com atenção a natureza do seu negócio e identificar se este é cíclico ou não. Por exemplo, de acordo com este artigo da TSF, em 2017, 56% dos casamentos em Julho, Agosto e Setembro. Assim, se o seu negócio depender em grande parte de casamentos deve estar preparado para uma redução das receitas nos outros meses do ano.  
  • Um empréstimo exige pagamentos regulares de capital e juros, normalmente mensais.  

Ao longo dos últimos anos, a facilidade de acesso ao crédito tem vindo a aumentar devido às novas tecnologias, que facilitam a nossa vida nos aspetos burocráticos. Além disso, o leque de credores dispostos a emprestar é cada vez maior. No entanto, apesar desta facilidade em pedir dinheiro emprestado, não devemos abusar do financiamento, mesmo que seja para criar um negócio. 

Se não quer correr riscos, poderá também começar o seu negócio como trabalhador independente, fazendo da sua ideia um rendimento extra. Desta forma, terá tempo de perceber se este é rentável o suficiente para o tornar num trabalho a tempo inteiro.

A informação que consta no artigo não é vinculativa e não invalida a leitura integral de documentos que suportem a matéria em causa.

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