Cultura e Lazer

Elas ganham dinheiro e mandam nele – Volume 2

Mais três exemplos de mulheres financeiramente independentes. E, a terminar, uma viagem nostálgica aos tempos de criança em que nos sonhávamos milionários.

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Elas ganham dinheiro e mandam nele – Volume 2

Mais três exemplos de mulheres financeiramente independentes. E, a terminar, uma viagem nostálgica aos tempos de criança em que nos sonhávamos milionários.

Ariana Grande (com Victoria Monét) – “Got Her Own” (2019)

Nisto de dinheiros, nada como começar com Ariana Grande, artista que vale centenas de milhões de dólares, desta vez acompanhada por Victoria Monet. Na canção que integra a banda sonora do filme Charlie’s Angels (versão de 2019), Ariana abre as hostilidades ao dizer que ela e as suas amigas são bem capazes de ganhar mais dinheiro do que eles, ou seja, do que os homens. Mais do que o desmoronar do estigma que durante séculos presidiu aos casais heterossexuais – o marido ganha o dinheiro, a esposa fica em casa –, ouve-se a denúncia de que. mesmo no mundo moderno, em que ambos trabalham, as mulheres já conseguem ter um ordenado mais chorudo. Como se diz no refrão, «Ele pode ter dinheiro, mas aposto que ela tem o dela.» Neste grito de liberdade financeira feminina, exige-se ao homem que esteja consciente do novo papel da mulher. Já passaram os tempos em que a parte masculina do casal poderia controlar a feminina à custa da conta bancária. «Tu já sabes, tu já sabes, tu já sabes», avisam Ariana e Victoria. Se a protagonista da canção quiser, ela sai sozinha, pelo seu próprio pé, pois ganhou a sua independência financeira.  

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Leia ainda: Elas ganham dinheiro e mandam nele – Volume 1

Poppy – “Money” (2016)

Logo aos primeiros segundos do videoclip, somos confrontados com imagens de notas de dólar; porém, o aspeto meio angelical meio absorto de Poppy (nome artístico da norte-americana Moriah Rose Pereira) leva-nos a pensar que algo não bate certo. O que será? Segundo a letra, é o facto de uma rapariga mostrar de forma aberta que tem dinheiro. «Quando eu era menina, costumava pensar que era errado querer pérolas e diamantes», esclarece-se, no primeiro verso. Como se isso de ambicionar riquezas, no fundo, fosse um sonho reservado só para os rapazes.

Mas a rapariga cresceu, tornou-se jovem adulta e aprendeu que lhe é permitido sorrir tendo notas nas mãos. «Dizem que as melhores coisas da vida são grátis, mas sem algum dinheiro eu não consigo ter aquilo de que preciso», queixa-se a protagonista da canção. Saída de casa dos pais aos 15 anos, teve de aprender que o dinheiro não cresce nas árvores. Não basta plantar uma semente, não senhor, e Poppy tem feito a parte dela, trabalhando na sua música. Ela sabe que tem de ser ela a esforçar-se para ganhar os maços de notas que, metaforicamente, serão os tijolos com que construirá a sua casa. E, mesmo que haja alguma ironia na pergunta final, isso não lhe tira alguma pertinência: «Se o dinheiro não pode comprar a felicidade, então porque é que é tão fabuloso?»

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Fifth Harmony - “BO$$” (2015)

Os elementos das Fifth Harmony provaram o sabor do sucesso tanto em grupo como individualmente. Andaram por ali Camila Cabello, Normani, Lauren Jauregui e, neste tema, as cinco vão alternando a interpretação de uma letra que mostra exemplos de mulheres poderosas e/ou milionárias, como a antiga Primeira Dama dos Estados Unidos, Michelle Obama, ou a apresentadora Oprah Winfrey. Elas são patroas, chefes de si mesmas, e merecedoras de respeito, ainda para mais porque o sucesso que alcançaram foi sustentado em valores: «Trabalhar para [ganhar] o dinheiro, pois foi isso que a minha mãe me ensinou.»

E, aos homens que ainda querem tratar as mulheres bem-sucedidas com condescendência, elas respondem que não precisam dos elogios deles. Bem podem os homens apregoar que são ricos e vivem uma vida extravagante, que isso não as impressiona. Nada mesmo, pois são mulheres confiantes, com cartões e dinheiro próprio na carteira para usarem quando quiserem. «Rapaz, acho que tu sabes quem manda nesta casa», avisam, para logo de seguida jurarem aliança às outras mulheres independentes.

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Leia ainda: A vidinha fácil dos músicos, não é verdade?

Kelis – “Millionaire” (2003)

O videoclip, profundamente nostálgico, remete-nos logo aos tempos de criança e de vida de bairro. Logo pela manhã, acompanhamos o despertar de um grupo de miúdos e miúdas. Há bocejos, espreguiçares, lavagens de cara e dentes, pequenos-almoços, recados deixados pelos pais. Depois, a rua, para ir ao encontro dos amigos. Parece dia de fim de semana. Veem-se sorrisos entre as brincadeiras no parque ou na casa de alguém; vai-se até à vitrine da cabeleireira gozar com o rapaz a quem cortam o cabelo, come-se um cachorro num restaurante de esquina. Pelo meio, os momentos de paragem. O íntimo de cada um. Nessas quase suspensões do tempo, com que sonham aqueles pré-adolescentes? Que são milionários.

Fora do reino da fantasia, a realidade apresenta-se bastante mais dura; até podem já estar bem despertos, mas ainda não viram essa luz do sol da riqueza. «Mamã, sou um milionário, mas sinto-me como um vadio.» «Papá, sou um milionário, mas não estou a ir na direção certa, eu sei que há algo que não está bem.» Cabe à voz de André 3000 deixar algumas razões para essa sensação de falhanço, em frases que se tornaram icónicas:

Onde há queijo existem ratos

Sempre que há ratos existem gatos

Sempre que há gatos existem cães

Sempre que há cães existem sacanas

Sacanas sempre prontos a porem

As patas deles na nossa riqueza

Enfim. «Que pode uma rapariga fazer num mundo de ganância a não ser ajoelhar-se e rezar?», pergunta Kelis. A resposta talvez esteja noutra frase da canção. «Bem, se o teu computador da vida está a falhar, desliga-o e volta a reiniciar». Então, com o volume bem alto, pode cantar-se novamente: «Mamã, sou uma milionária.»

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Leia ainda: Vivemos num mundo materialista, cantam elas

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