banner publicitário
Senhora de corpo deitado mas pernas levantadas na areia da praia e chapéu de aba na cabeça.

As férias são marcadas, muitas vezes, por sentimentos de felicidade e nostalgia, que podem levá-lo a comprar produtos, assente na crença de que este gasto será um gatilho de boas lembranças e de bem-estar.

No entanto, já deve ter reparado que, por vezes, dias ou horas depois da compra, chega o arrependimento e, afinal, aquela despesa não conseguiu ser uma embaixadora de felicidade como era esperado.

São muitos os motivos que podem levar a gastos impulsivos e pouco proveitosos para a sua carteira, durante o seu período de descanso. Muitos partem de si, outros de terceiros. É muito fácil, durante uma viagem, “cair” numa campanha de marketing emocional.

Este tipo de marketing é assente em estratégias utilizadas por empresas de turismo para incentivar viagens ou atividades por impulso, através de gatilhos psicológicos que despertam desejos, medos e sentimentos de urgência nos consumidores.

Um dos exemplos mais frequentes são as campanhas de transportadoras aéreas ou hotéis que promovem os “últimos lugares disponíveis” ou “ofertas válidas até à meia-noite”.

Já deve ainda ter dado por si a pensar em destinos que não queria assim tanto ir, mas que acabou por ver, repetidamente, nas redes sociais ou na televisão com descrições como “uma experiência humana por excelência”. Não é uma moda, é uma estratégia de marketing.

Essas estratégias de marketing emocional exploram aspetos psicológicos como o desejo de pertença a um grupo, o medo de perder oportunidades e a procura por experiências autênticas. Assim, quando estiver a pensar no seu destino de férias, equacione, procure e não se deixe levar apenas pela opinião alheia ou o que parece ser trendy. Afinal, nem tudo o que está na moda é bom para todos.

Leia ainda: 10 erros que não deve cometer nas férias

Compare sempre os preços

Uma vez comprada a passagem e escolhido o local, é tempo de olhar para restaurantes e hotéis. Mais uma vez, não se deixe guiar apenas por campanhas e fotos. Procure um alojamento que se enquadre no seu bolso e estilo. Se não gosta assim tanto de piscina, porque não optar por um hotel mais barato?

Já no que diz respeito aos restaurantes, tente ao máximo antecipar o seu roteiro, de forma a não cair na armadilha dos restaurantes turísticos com preços mais elevados do que os locais. Para tal, pode pesquisar na internet ou então pedir a um agente de inteligência artificial, como o ChatGPT, que forneça nomes deste tipo de locais.

Evite comprar em situações de stress ou grande felicidade

Emoções intensas podem conduzir a uma carteira vazia. Evite fazer compras em períodos de maior stress, como o último dia de viagem, já que poderá ser levado a ignorar preços e comparações, acabando numa loja onde vão cobrar mais do que a média local.

Deve ainda evitar períodos de felicidade, já que aqui pode estar menos propício a contar dinheiro. Uma boa estratégia pode passar pela espera. É a conhecida regra das 24 horas. Se passou por uma rua histórica que o deixou impressionado e viu um produto numa montra que o atraiu, espere entre 24 a 48 horas.

Caso mantenha a vontade de o comprar, pode ser um sinal de que vale mesmo a pena adquirir aquele bem. Durante este período de espera (ou até no momento em que olha para o produto) faça estas perguntas a si próprio:

  • Eu preciso mesmo disto?
  • não tenho algo semelhante?
  • Esta compra está alinhada com as minhas metas financeiras?
  • No caso das lembranças, deve ainda acrescentar mais uma questão: esta pessoa é mesmo importante para mim, ao ponto de comprar uma recordação? Defina um grupo de pessoas para quem fará este tipo de compras.

Leia ainda: Regresso ao trabalho: 8 dicas para lidar com o fim das férias

Cartão de crédito: Sim ou não?

Um cartão de crédito é um meio de pagamento que permite aos seus titulares fazer compras ou levantar dinheiro mesmo que não tenham saldo disponível na sua conta à ordem. O limite mensal de dinheiro disponível em crédito para o titular do cartão – o denominado plafond – é acordado entre o titular do cartão e o banco.

É comum que, perante uma “despesa inesperada”, seja levado a contratar um cartão de crédito para uma viagem. No entanto, lembre-se que as despesas inesperadas devem ser acauteladas previamente, pelo que se não tiver orçamento para se deslocar a um destino, opte por algo mais cómodo para a sua carteira.

Nunca se esqueça de que o dinheiro do cartão de crédito não é grátis. Pelo contrário, funciona como um empréstimo pessoal, pelo que, além do montante devido, terá ainda de pagar juros.

Além disso, não se esqueça de que, ao ter o cartão de crédito na carteira, pode ficar mais susceptível a compras por impulso e, em alguns casos, a perder o controlo do dinheiro que gasta. Se for este o caso, evite recorrer a um cartão de crédito.

Aliás, opte por determinar um orçamento para cada dia de viagem, podendo, por exemplo, definir um limite de gastos por dia. Esta estratégia pode ser feita virtualmente, com cartões como os da Revolut (muito utilizados em viagens) ou definindo um teto máximo para o levantamento diário de dinheiro físico.

Leia ainda: Cartão de crédito: 5 dicas para otimizar a sua utilização

A informação que consta no artigo não é vinculativa e não invalida a leitura integral de documentos que suportem a matéria em causa.

Cultura e LazerVida e família