Carreira e Negócios

Jovens profissionais: Que competências procura o mercado de trabalho?

Conheça nove competências que o atual mercado de trabalho procura em jovens profissionais. Podem fazer a diferença nas próximas entrevistas.

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Jovens profissionais: Que competências procura o mercado de trabalho?

Conheça nove competências que o atual mercado de trabalho procura em jovens profissionais. Podem fazer a diferença nas próximas entrevistas.

Nos últimos anos, os jovens profissionais têm enfrentado diversos obstáculos para entrar no mercado de trabalho, mas, também na hora de manter um emprego. Os jovens continuam a trabalhar em condições precárias, muitos com contratos a prazo, recibos verdes ou apenas por períodos experimentais, o que explica porque é esta faixa etária a mais penalizada ao nível do desemprego.

Esta situação agravou-se com a inesperada chegada da pandemia da Covid-19. Segundo o estudo "Desemprego e Precariedade Laboral na População Jovem: Tendências Recentes em Portugal e na Europa" , do Observatório das Desigualdades, do Centro de Estudos e Investigação em Sociologia (CIES), em 2020, tanto na Europa como em Portugal, o desemprego jovem aumentou relativamente a 2019. Em termos percentuais, houve um aumento de 4,3% em Portugal e de 1,7% na Europa.

Ler mais: A importância das soft skills no processo de recrutamento

Assim, é fundamental que os jovens profissionais conheçam as necessidades do mercado de trabalho. Se é jovem e está à procura de trabalho, fique a conhecer, de seguida, as nove competências mais procuradas atualmente.

1 - Jovens profissionais com autonomia e iniciativa

A maioria das empresas procura profissionais com iniciativa e autonomia, capazes de analisar o que pode ser feito, sem que o seu superior tenha de lhe atribuir tal tarefa. Embora estas competências sejam valorizadas há vários anos, hoje em dia, assumem um papel ainda mais relevante.

Afinal, com a pandemia e com as alterações no mercado de trabalho, muitas empresas olham para o trabalho remoto e para os horários flexíveis como opções viáveis a longo prazo. Mas, para que tal seja possível, as empresas esperam que os seus trabalhadores sejam autónomos o suficiente para trabalhar por objetivos, conforme as prioridades definidas.

Além disso, as entidades empregadoras pretendem que os seus trabalhadores tenham iniciativa para dar continuidade às suas tarefas diárias, bem como de propor ideias ou soluções.

No fundo, as empresas querem contratar jovens que estejam dispostos a ouvir e assimilar os objetivos exigidos, mas que não fiquem dependentes de instruções constantes. Em muitas áreas, o ritmo de trabalho é acelerado e exige que os trabalhadores sejam proativos.

2 - Capacidade de resolver problemas

No contexto profissional, todos os dias acontecem situações que precisam de uma resposta rápida e eficaz. E, por isso, quando as empresas abrem vagas, procuram profissionais capazes de solucionar os problemas que possam surgir. Um trabalhador que tenha a capacidade de antecipar cenários, impedir que problemas ocorram ou que consiga resolvê-los com alguma facilidade, é muito valorizado.

Esta capacidade traduz-se em pensamento crítico ao desempenhar as suas tarefas. Ou seja, é fundamental que nas entrevistas de emprego mostre que consegue pensar em vários cenários para cada obstáculo. Se conseguir mostrar aos recrutadores que tem esta capacidade, e é bom a solucionar problemas, pode ter um trunfo diferenciador.

3 - Jovens profissionais curiosos e com sede de aprender

Atualmente, as empresas não pretendem ter nas suas equipas trabalhadores conformados com os seus níveis de conhecimentos e sem vontade de aprender. Logo, nos processos de seleção, dão primazia a candidatos que demonstrem curiosidade por novas aprendizagens (autodidata ou através de formações).

Assim sendo, é essencial que invista na sua formação, sempre que seja possível. Apreender conhecimentos básicos sobre outras áreas que estejam relacionadas com a sua profissão pode destacá-lo enquanto profissional. Mas, claro, não precisa de ser um "expert" em todas as áreas. Mas a verdade é que quanto mais conhecimentos possuir, mais versátil será e maior será a probabilidade das empresas olharem para si como uma mais-valia.

No caso de estar à procura de um novo emprego, também é aconselhável que se informe com antecedência sobre a empresa que o selecionar para a fase de entrevista. Importa saber em que setor se insere, quais são os seus valores e ações relevantes que esta tenha realizado até então. Munido deste tipo de informações, pode fazer perguntas pertinentes na sua entrevista, mostrando assim que é uma pessoa curiosa e interessada pela área. E, claro, que conhece minimamente o meio e a empresa à qual se candidatou.

4 - Domínio de idiomas para além do português e inglês

Já lá vai o tempo em que dominar a língua portuguesa e ter conhecimentos básicos em inglês chegavam. Atualmente, a maioria das empresas pretende contratar profissionais que dominem a língua inglesa, mas também outros idiomas, como o espanhol, francês, alemão ou até outros menos usuais.

Embora este nível de exigência pareça descabido se a função não exigir deslocar-se para o estrangeiro, a verdade é que no mundo atual estas competências são extremamente úteis. Porquê? Porque vivemos num mundo global, e muitas empresas lidam diariamente com clientes, parceiros e fornecedores de vários cantos do mundo. Logo, os profissionais que dominam mais que a língua portuguesa e inglesa, acabam por ser mais atrativos nos processos de seleção.

5 - Jovens profissionais com boas capacidades de comunicação

Comunicar faz parte da natureza humana. No entanto, nem todas as pessoas são boas comunicadoras (é importante que tenha esta noção). Se considera que não é um bom comunicador, não se preocupe. A boa notícia é que pode aprender a comunicar, eficazmente, a qualquer altura da sua vida. A arte de bem comunicar não é difícil de aprender. Contudo, para dominar esta competência vai precisar de praticar e estar a par dos pilares de uma boa comunicação.

Por exemplo, estas dicas podem melhorar a sua comunicação:

  • Treinar os discursos em voz alta;
  • Estruturar as ideias antes de falar;
  • Ser sucinto e direto;
  • Simplificar a comunicação;
  • Trabalhar a confiança quando fala em público;
  • Perceber que a linguagem corporal traz vantagens e desvantagens na hora de comunicar;
  • Aprender "storytelling".

6 - Ter capacidade de planeamento

Dada a exigência atual do mercado de trabalho, é fundamental que possua boas capacidades de organização e planeamento. Em grande parte das profissões com maior procura, os trabalhadores são responsáveis por diversos projetos e clientes. Logo, as empresas procuram pessoas capazes de programar, organizar e controlar tarefas, de acordo com prazos, objetivos e prioridades.

Os profissionais que trabalham de acordo com um planeamento estratégico, por norma, são mais produtivos. Se os níveis de produtividade forem elevados e o trabalho for executado com excelência, certamente, as empresas vão notar o seu profissionalismo. Em termos práticos, este tipo de competência pode fazer toda a diferença na hora de progredir na sua carreira.

7- Ser capaz de se adaptar à mudança

Vivemos um período de constantes mudanças. Num mundo cada vez mais digital, somos, constantemente, "obrigados" a adaptarmo-nos a novas tecnologias e conceitos. Conscientes desta realidade, as empresas, quando recrutam jovens profissionais, procuram pessoas com grande capacidade de adaptação.

Quando falamos em adaptabilidade, não estamos apenas a referirmo-nos à adaptação a ferramentas digitais. Embora as empresas valorizem esta capacidade, também procuram profissionais capazes de mudar a sua forma de pensar. Ou seja, em situações com obstáculos que requerem uma nova abordagem, é preciso deixar para trás processos e hábitos antigos, e adotar uma nova abordagem que as consiga solucionar.

8 - Inteligência emocional e gosto pelo trabalho em equipa

As empresas preferem contratar pessoas que gostem de trabalhar em equipa. Ao longo dos anos, começaram a dar preferência a pessoas que percebam que o trabalho coletivo traz benefícios, não só na hora de promover um bom ambiente de trabalho, como para alcançar objetivos.

Assim sendo, os candidatos ideais pensam no bem comum e no que, realmente, é benéfico para toda a estrutura. Um jovem profissional que esteja disposto a ouvir as opiniões dos outros e a ajudar os seus colegas, de forma a potencializar as suas qualidades, é, sem dúvida, uma mais-valia no atual mercado de trabalho.

Por isso, nas entrevistas, é avaliada a capacidade dos candidatos se relacionarem com terceiros, mas também a sua inteligência emocional. Afinal, um profissional que é capaz de ter empatia pelos seus colegas, superiores ou clientes, terá maior facilidade de interpretar as reações emocionais e encontrar a forma correta de as gerir. Além disso, a inteligência emocional também permite que o profissional consiga gerir melhor as suas emoções e comportamentos.

9 - Jovens profissionais que vistam a camisola da empresa

No novo mundo profissional, as empresas que oferecem melhores condições, valorizam colaboradores que vestem a camisola. Em diversos setores, o mercado de trabalho é bastante competitivo e os profissionais de excelência acabam por ter mais ofertas de trabalho de empresas concorrentes.

Razão pela qual, as empresas, consideram que têm de manter os seus colaboradores satisfeitos, mas, em troca, esperam que exista um nível de compromisso mais elevado. Ou seja, estas entidades procuram colaboradores que queiram fazer parte da equipa e pretendam contribuir para o sucesso da empresa.

Ler mais: Primeira entrevista de emprego: 6 dicas para recém licenciados

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