Depósitos

Depósitos com primeira queda anual desde 2017

As famílias estão a retirar as suas poupanças dos bancos e a procurar alternativas, como os certificados de aforro, que já rendem 3,5%.

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Depósitos com primeira queda anual desde 2017

As famílias estão a retirar as suas poupanças dos bancos e a procurar alternativas, como os certificados de aforro, que já rendem 3,5%.

O montante total aplicado por clientes particulares nos bancos em Portugal registou, em março, a primeira queda anual desde 2017.

De acordo com os dados divulgados pelo Banco de Portugal, em março, o stock de depósitos de particulares totalizava 174,8 mil milhões de euros, menos 3 mil milhões do que em fevereiro. Este foi já o terceiro mês consecutivo de quedas em cadeia, uma redução que se explica, em parte, pelo reforço do investimento em certificados de aforro.

Enquanto os depósitos diminuíram em 3 mil milhões de euros de fevereiro para março, as subscrições líquidas de certificados de aforro aumentaram em 3,5 mil milhões de euros, passando de 25.093 milhões de euros para 28.642 milhões, segundo os dados do IGCP, o organismo responsável pela gestão da dívida pública.

As famílias estão, assim, a retirar as suas poupanças dos bancos – que oferecem uma taxa de juro média de 0,65% nos novos depósitos (dados de fevereiro) – e a procurar alternativas que oferecem retornos mais vantajosos, como é o caso dos certificados de aforro, cuja taxa de juro para novas subscrições e capitalizações foi fixada, em maio, nos 3,5%, o valor máximo para este produto de poupança do Estado.

Recorde-se que, nos certificados de aforro, a taxa de juro corresponde à média dos valores da Euribor a 3 meses observados nos últimos 10 dias úteis antes do cálculo, acrescida de um ponto percentual. A taxa não pode ser superior a 3,5% nem inferior a 0%.

Olhando para evolução do último ano, ou seja, face a março de 2022, os depósitos de particulares caíram 0,3%, a primeira queda anual desde 2017.

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Concessão de crédito habitação desacelera pelo oitavo mês

Os dados do Banco de Portugal mostram também que a concessão de empréstimos para a compra de casa desacelerou, em março, pelo oitavo mês consecutivo, numa altura em que as famílias se mostram mais cautelosas devido à subida acentuadas das taxas de juro.

No final de março, o montante total de crédito habitação era de 99,7 mil milhões de euros, menos 0,1 mil milhões do que no final de fevereiro.

Em termos homólogos – ou seja, na comparação com o mesmo mês do ano anterior – a concessão destes empréstimos está a desacelerar deste agosto de 2022, com a taxa de variação anual a passar de 4,8% em julho do ano passado, para 1,9% em março deste ano.

No que respeita ao crédito ao consumo, os empréstimos totalizavam 20,6 mil milhões de euros no final de março, o que representa um crescimento de 4,6% face ao mesmo período do ano passado.

Leia ainda: Crédito habitação: Vale a pena subscrever taxa fixa?

Empréstimos a empresas com queda anual de 1%

No mês em análise, o montante de empréstimos concedidos pelos bancos às empresas manteve-se inalterado face a fevereiro, em 74,6 mil milhões de euros. Apesar disso, tratou-se de uma diminuição de 1% face a março do ano passado, o terceiro mês consecutivo de quedas homólogas nos empréstimos concedidos às empresas.

Em março, a diminuição foi mais expressiva nas grandes empresas e nos setores da eletricidade, gás e água, do alojamento e restauração e das indústrias transformadoras.

No que respeita aos depósitos, no final de março, as empresas tinham aplicados nos bancos em Portugal 65 mil milhões de euros, mais 0,9 mil milhões do que em fevereiro. Face a março de 2022, é um crescimento de 2,6%, o que traduz um abrandamento face à subida homóloga de 5,1% observada no mês anterior.

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