Finanças pessoais

O dinheiro parece não esticar? O que fazer para chegar até ao fim do mês

É difícil fazer com que o dinheiro chegue até ao final do mês? Conheça algumas técnicas para evitar viver de salário em salário.

Finanças pessoais

O dinheiro parece não esticar? O que fazer para chegar até ao fim do mês

É difícil fazer com que o dinheiro chegue até ao final do mês? Conheça algumas técnicas para evitar viver de salário em salário.

Devido à subida da inflação, para muitas famílias é, cada vez mais, difícil fazer com que o dinheiro "estique" até ao final do mês. O aumento do preço dos combustíveis, juntamente com o dos produtos essenciais nos supermercados, leva a que muitos portugueses necessitem de adaptar o seu orçamento. Ainda assim, pode existir espaço para a poupança. Saiba, neste artigo, o que pode fazer para melhorar a sua saúde financeira.

Ganhe mais dinheiro com um trabalho extra

Se o seu dinheiro não estica até ao final do mês, então uma das alternativas a ponderar é encontrar um trabalho extra, de forma a aumentar os seus rendimentos. Embora poupar um montante (o máximo que conseguir) também seja uma boa opção, existe sempre um limite. O que não acontece com os rendimentos. Por isso, um trabalho extra pode fazer toda a diferença quanto ao pagar das contas e ainda poupar uma boa quantia todos os meses.

Inicialmente, dê preferência a um trabalho a que já habituado ou tem experiência. Não só é mais fácil executá-lo, como pode conseguir um maior rendimento. No entanto, tenha em consideração que o trabalho extra não deve impactar, de forma negativa, o seu trabalho a tempo inteiro. Seja pelo stress acrescido, maior cansaço ou menor disponibilidade para a família. O trabalho extra deve facilitar a sua vida, trazendo-lhe mais estabilidade financeira e capacidade para lidar com imprevistos. Se estiver a sentir mais efeitos negativos do que positivos, deve considerar outras opções e reduzir a sua carga de trabalho.

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Compare os preços entre supermercados

Embora determinados artigos possam ter preços semelhantes em diferentes supermercados, nem sempre assim acontece. Por isso, deve verificar de que produtos necessita e onde lhe fica mais barato comprar.

Se não tiver acesso aos folhetos semanais que geralmente são enviados pelos supermercados, pode verificar os preços dos artigos nas suas lojas online.

No entanto, tenha em atenção que estas idas a supermercados diferentes também podem custar-lhe dinheiro, ainda que não seja tão evidente. Se a diferença dos produtos entre os supermercados for muito baixa, o combustível gasto nas deslocações vai absorver as poupanças. Por essa razão, deve analisar as suas compras caso a caso e verificar se efetivamente compensa o trabalho e tempo gastos.

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Reduza o dinheiro gasto em bens não essenciais

Ainda que num orçamento devam constar as suas despesas em bens, essenciais ou não, deve tentar minimizar aquilo que "fere as suas finanças" todos os meses. Da lista de bens não essenciais, analise quais contribuem, efetivamente, para o seu bem estar emocional e são uma mais valia, a médio e longo prazo. Despesas que sejam apenas "caprichos", deve ser eliminadas. Além disso, deve evitar compras desnecessárias, feitas por impulso.

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Dê preferência ao pagamento em dinheiro

Pagar as suas despesas com um cartão de débito pode ser mais simples e cómodo do que fazê-lo com dinheiro. No entanto, também poder ser mais fácil perder a "ligação emocional" e acabar por exceder o seu orçamento. Por isso, se tem tendência a pagar as suas compras com um cartão, opte pela via tradicional e veja o dinheiro a sair, efetivamente, da sua mão. Isto não só pode ajudá-lo a manter as despesas controladas, mas também a ganhar "mais amor ao dinheiro" pelo qual tanto trabalhou durante o mês.

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Negoceie tudo o que puder

Um dos passos que pode dar a qualquer momento é negociar os serviços e/ou subscrições que paga. Por exemplo, deve negociar o seu seguro automóvel todos os anos. Caso contrário, vai ficar sempre mais caro. Se for aceitando os aumentos anuais, a seguradora não vai apresentar-lhe um preço mais competitivo.

Pondere também negociar o seu contrato de fornecimento de energia. Deve informar-se sobre os valores cobrados por kWh no mercado e comparar com a sua tarifa atual. Se estiver a pagar mais do que a média do mercado, então é altura de mudar. Num consumo médio de 500 kWh por mês, se conseguir reduzir a sua tarifa mensal em apenas 1 cêntimo por kWh, são 5 euros mensais de poupança. Ao final do ano, são 60€ a menos na despesa com a luz.

Deve também analisar as ofertas na área das telecomunicações, nomeadamente serviços de televisão e internet. Devido à elevada competitividade, costumam existir campanhas que lhe podem garantir uma poupança considerável. Estes contactos, geralmente, são feitos por telefone, por isso, certifique-se que está mesmo a falar com alguém da operadora. Se ainda assim tiver dúvidas, deve dirigir-se à loja para confirmar que não foi vítima de burla.

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Defina um orçamento mensal e cumpra-o

Uma das técnicas mais utilizadas em finanças pessoais para controlar as despesas é a definição de um orçamento mensal. Definir um orçamento nada mais é do que criar um plano, onde fica estipulado aquilo que pode gastar e onde vai gastar. Isto vai ajudá-lo a garantir que, ao chegar o fim do mês, tem dinheiro suficiente para o que necessita e que é importante para si. Além disso, ao seguir um orçamento também vai manter-se longe de dívidas. No caso de ter alguma dívida, ter um orçamento é um bom primeiro passo para se ver livre dela, pois força-o a criar bons hábitos de gestão financeira.

Assim, em primeiro lugar, deve saber qual o valor dos seus rendimentos. Isto deve incluir o seu salário e outros rendimentos, tais como abonos ou subsídios. Depois, crie uma lista com todas as despesas essenciais (eletricidade, água, renda ou prestação do crédito à habitação, alimentação, entre outras). De seguida, deve incluir as despesas não essenciais, designadamente subscrições de serviços, ginásio, refeições fora, entre outras.

Depois de ter esta lista com as suas despesas, deve atribuir um valor a cada uma, consoante o seu histórico de gastos mensal, de forma a que consiga estimar quanto vai gastar nos meses seguintes. Aqui deve aproveitar para eliminar algumas despesas que não são essenciais. Definido o seu orçamento, deve monitorizar as despesas e verificar todos os meses se cumpriu ou excedeu o seu orçamento e em que categorias.

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Usar transportes públicos em vez do carro

Segundo um estudo europeu, cerca de 70% dos portugueses utiliza o seu automóvel pessoal como principal opção para deslocar-se diariamente. No entanto, quando se torna difícil esticar o dinheiro, a utilização do carro deve ser reconsiderada e por várias razões. Desde logo, devido ao combustível que gasta diariamente e o custo associado. Depois, quanto mais utilizar o seu carro, mais vai necessitar de manutenção. A juntar a isto, existem sempre os custos fixos, tais como o pagamento do Imposto Único de Circulação (IUC) e o seguro automóvel. Estas quantias somadas pesam mesmo num orçamento familiar.

Se lhe for possível usar apenas os transportes públicos para ir para o emprego, vai aperceber-se imediatamente do nível de poupança ao final do mês. Embora, em certos casos, esta deslocação possa ser mais demorada e menos confortável, vai permitir-lhe uma poupança significativa.

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A informação que consta no artigo não é vinculativa e não invalida a leitura integral de documentos que suportem a matéria em causa.

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