Crianças

5 dicas financeiras que os seus filhos não vão esquecer

Da importância do dinheiro à relevância de ter uma poupança. Conheça dicas financeiras que dificilmente os seus filhos se vão esquecer.

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5 dicas financeiras que os seus filhos não vão esquecer

Da importância do dinheiro à relevância de ter uma poupança. Conheça dicas financeiras que dificilmente os seus filhos se vão esquecer.

Atualmente, Portugal está em último lugar no ranking de literacia financeira da Zona Euro. Este indicador vem sublinhar a importância de revertermos a situação e, particularmente junto da próxima geração, conseguir fazer um trabalho que implemente e consolide os conhecimentos sobre finanças pessoais. É fundamental que os mais novos consigam gerir o seu dinheiro da melhor forma.

Neste artigo, reunimos algumas dicas financeiras que os seus filhos dificilmente vão esquecer.

1. O dinheiro não nasce nas árvores

Esta expressão é muito usada para explicar às crianças o conceito do dinheiro e o seu valor. No entanto, apesar do seu simples significado, serve também para diversas situações mesmo na idade adulta. Na verdade, o dinheiro não pode ser obtido tão facilmente como apanhar frutos de uma árvore. É necessário trabalhar para depois receber a recompensa. Por essa razão, o dinheiro deve ser tratado e gasto com sabedoria, pois é um recurso finito e difícil de obter.

A partir do momento em que explicar isto aos seus filhos, estes nunca mais vão olhar para o dinheiro da mesma forma. Ao mesmo tempo, deve também referir que o dinheiro serve unicamente como "moeda de troca", por exemplo, entre o que se pretende comprar e o tempo que se despendeu para conseguir o dinheiro.

Ou seja, explique ao seu filho que se demorar 1 hora para arrumar o quarto, recebe 5€ como recompensa. Depois, refira que se este quiser comprar um brinquedo por 20€, na prática está a trocar 4 horas do seu trabalho por esse brinquedo.

Neste exemplo prático, a criança vai facilmente perceber que para ter o seu brinquedo de 20€, precisa de fazer algo durante 4 horas. O objetivo é que ela entenda que, quanto mais caro for o brinquedo, não só tem de trabalhar mais para o obter, como não pode tê-lo de imediato.

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2. O barato pode sair caro

Ter consciência do dinheiro que se gasta e tentar minimizar as despesas é um bom princípio, mas não pode ser levado ao extremo. Caso contrário, pode acabar por gastar muito mais, pois os produtos duram bastante menos comparativamente com outros de melhor qualidade. Por essa razão, deve encontrar um equilíbrio entre o preço que está disposto a pagar e a qualidade pretendida. E esta relação também deve ser passada aos mais novos.

Independentemente do produto que estejamos a falar, existe sempre uma grande variedade de preços. Tanto pode comprar uns ténis por 50€, como por 500€. No entanto, por custarem mais não significa que tenham o dobro da qualidade das que custam menos. É aqui que entra a relação preço-qualidade.

Além disso, se conseguir encontrar bons descontos que justifiquem o preço superior, pondere apostar nesses produtos. Afinal de contas, não está a pagar só pela durabilidade. A definição de um preço inclui aspetos como a qualidade de construção, conforto, praticabilidade, beleza, entre outros. Por isso, para que o seu dinheiro seja bem empregue, deve ter em consideração todos estes fatores e deve conseguir passar esta análise às crianças.

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criança com torres de moedas

3. A importância de criar um orçamento

Ensinar os seus filhos a ter controlo sobre as suas finanças é um dos aspetos mais importantes para que não venham a comprometer a sua saúde financeira. Saber onde gasta cada cêntimo do seu dinheiro é uma forma de ter uma visão clara sobre as despesas desnecessárias ou hábitos que lhe "roubam" dinheiro todos os meses. E as crianças podem, e devem, ser envolvidas neste planeamento.

Depois de ter essa lista de despesas, deve organizá-las por categorias, como saúde, educação, alimentação, entre outras.

De seguida, deve identificar, em cada categoria, qual o limite que pretende gastar por mês. Se neste momento estiver a gastar mais do que deve, então identifique e remova as despesas que estão a comprometer o seu orçamento.

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4. Não gastar todo o dinheiro assim que o recebe

Um dos mais relevantes conselhos financeiros que os seus filhos não vão esquecer passa por não gastar o dinheiro assim que o recebe. É fundamental que entendam que devem "gastar o que resta depois de poupar" e não "poupar o que resta depois de gastar".

Por exemplo, suponha que o seu filho tem uma primeira experiência de trabalho, sazonal, por exemplo, e que recebe 500€. Deve orientá-lo para que consiga colocar nas suas poupanças uma percentagem ou valor do seu salário imediatamente após recebê-lo. Isto vai ajudá-lo a manter a disciplina financeira e a conseguir, de facto, poupar.

Inicialmente, é natural que ele tenha a tentação de gastar todo o dinheiro. No entanto, quando se aperceber do quanto amealhou (tendencialmente mais do que esperava), dificilmente vai esquecer esta dica.

Lembre-lhe ainda que para alcançar uma situação financeira estável, ganhar dinheiro é apenas o primeiro passo. Depois, deve poupar e monitorizar as despesas, para acautelar o impacto de "dias chuvosos". Assim, tirar o máximo partido das poupanças é também um dos passos mais importantes no caminho para a estabilidade financeira.

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5. O nosso dinheiro... não é todo nosso

Embora, à primeira vista, pareça que todo o dinheiro que recebemos é inteiramente nosso, a verdade é que isso está longe da realidade. Especialmente para uma criança ou adolescente falar de salários, ou dinheiro, pela primeira vez pode ser bastante confuso. Mais do que isso, pode até ser frustrante quando percebem que apenas "controlamos" uma parte do que recebemos.

Inicialmente, deve explicar que o salário de que "ouvem falar" não é a quania exata que cada pessoa recebe. Isto porque existem contribuições para a Segurança Social e retenção na fonte de IRS, que reduzem o valor bruto do salário. Depois, existem as despesas fixas, nomeadamente, eletricidade, água, renda ou crédito à habitação, entre outras.

Na prática, só uma porção do dinheiro pelo qual trabalhamos é inteiramente nosso - tudo o resto é dinheiro que "devemos" a alguém. Logo, é essencial que as crianças ou adolescentes entendam que devem reduzir os seus gastos, de forma a terem mais dinheiro disponível para fazer o que gostam.

Assim sendo, com estas dicas pode mostrar aos seus filhos a importância de poupar e tirar o máximo partido do dinheiro. Afinal de contas, o dinheiro é apenas uma ferramenta para alcançar o que desejam.

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A informação que consta no artigo não é vinculativa e não invalida a leitura integral de documentos que suportem a matéria em causa.

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