Com as férias à porta para muitos portugueses, é natural que esteja em contagem decrescente para aproveitar as suas férias. Este é o período pelo qual as famílias mais anseiam e, para garantir que não deixa marcas menos positivas, é preciso ter em conta que os gastos devem ser controlados para manter as suas finanças de boa saúde.

A boa notícia é que é possível aproveitar as férias sem prejudicar as finanças pessoais. Mas, para isso, precisa de fazer alguma gestão, evitar excessos e pensar em metas de poupança que vão ser úteis para quando as suas férias terminarem.

Para ajudá-lo a não cair em tentações que prejudiquem a sua carteira, deixamos seis dicas para aproveitar as suas férias e manter a sua estabilidade financeira.  

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1 – Planeie com antecedência e trace um orçamento para as suas férias 

Quando vai de férias é normal que queira fugir da rotina e desfrutar ao máximo dos seus dias de descanso. No entanto, para conseguir aproveitar este período sem prejudicar as finanças pessoais é preciso planear estes dias. Assim, o ideal é planear as suas férias com o máximo de antecedência e traçar um orçamento total para os seus gastos. 

Ao planear as suas férias com antecedência consegue fugir de preços inflacionados, como aproveitar promoções em viagens, estadias, aluguer de viaturas e até em alguns serviços adicionais. Contudo, se não fez planos e está neste momento à procura de soluções, saiba que o mais provável é não encontrar as opções mais acessíveis, uma vez que já estamos em época alta. 

Independentemente da sua situação, o mais importante antes de ir de férias é traçar um orçamento total de quanto pode gastar durante este período de descanso. Neste aspeto, precisa de fazer um levantamento das despesas que vai ter. Ou seja, precisa de fazer contas a quanto vai gastar no seu alojamento, nas suas refeições, atividades de lazer, deslocações no local, lembranças para familiares, compras, etc.  

Para não ter surpresas desagradáveis após terminarem as suas férias, este orçamento precisa de ser coerente com a realidade das suas finanças.  

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2 – Cumpra o seu orçamento à risca para aproveitar as férias sem prejudicar as finanças pessoais da sua família

Se quer aproveitar as suas férias sem colocar as suas finanças em risco, não basta definir um orçamento. Precisa de o cumprir à risca. Uma forma que pode ajudar a manter-se dentro do orçamento é definir um montante máximo diário para gastar. Assim, mesmo que ultrapasse este valor num dia ou dois, pode ajustar o seu orçamento diário nos restantes dias para equilibrar o valor total definido. 

A ideia é fazer uma gestão consciente do orçamento, não tem de prescindir de tudo. Na verdade, pode encontrar soluções alternativas que tornem as suas férias inesquecíveis, mas sem perder as suas metas de poupança. 

Para poupar durante este período, pode: 

• Almoçar e jantar fora longe das zonas turísticas. Ao afastar-se destes locais é provável que consiga encontrar restaurantes frequentados apenas pelas pessoas locais, sem preços inflacionados. 
• Se quiser poupar na sua alimentação, alterne as idas a restaurantes com alimentação preparada em casa. Caso o alojamento onde esteja permita preparar refeições, pode comprar a comida no supermercado e cozinhá-la no alojamento. Esta é uma excelente forma de poupar e até de fazer refeições mais saudáveis. 
• Antes de partir em viagem, informe-se se durante o período das suas férias vão existir atividades gratuitas no local escolhido. Na chegada ao local, também pode pedir conselhos sobre atividades de lazer mais baratas ou que tenham entrada gratuita em determinados dias. Por exemplo, muitos museus e monumentos têm entradas gratuitas em certos dias do mês ou em determinados horários. 
• Caso precise de deslocar-se para conhecer outros locais nas redondezas, informe-se sobre a rede de transportes públicos. Afinal, em muitos locais, os transportes públicos funcionam sem qualquer tipo de atrasos e existem várias soluções para diversos destinos. Esta é uma solução onde pode poupar imenso dinheiro, caso esteja a pensar em recorrer a transportes para turistas ou táxis. 
• Quanto às lembranças para amigos e familiares, estabeleça um valor máximo para gastar tendo em conta o número de pessoas que quer presentear. 

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3 - Não recorra ao seu cartão de crédito se quer aproveitar as férias sem prejudicar as finanças

Embora seja tentador ter umas férias de luxo e pagar este custo em várias parcelas ao longo do ano, lembre-se que se recorrer a um cartão de crédito nestes moldes vai ter de pagar juros bastante elevados. Se fizer contas, no final, as suas férias vão ter um custo bem mais elevado do que tinha previsto.  

Além disso, ao recorrer ao cartão de crédito, todos os meses terá uma nova mensalidade para pagar. E se o seu orçamento já estiver um pouco apertado, com uma nova prestação de crédito o aperto será ainda maior, correndo o risco de entrar em incumprimento ou endividamento. 

Por fim, caso queira recorrer a um novo crédito brevemente, por exemplo, um crédito habitação, saiba que com uma nova prestação de crédito o seu pedido pode não ser aprovado, uma vez que vai ter uma taxa de esforço mais elevada. 

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4 – Use parte do seu subsídio de férias para pagar dívidas 

As férias são um período de extrema importância para recarregar baterias. Contudo, um dos erros que não deve cometer é gastar todo o seu subsídio de férias neste período de descanso. Tenha em conta que nem sempre é fácil obter um “rendimento extra” além do seu salário. E, por isso, se quer sair de um aperto financeiro, precisa de ter uma visão a longo prazo para as suas finanças ficarem mais estáveis. 

Dito isto, aproveite uma parte do seu subsídio de férias para saldar dívidas ou liquidar uma parte delas. Estas dívidas podem passar pela amortização parcial ou total de um crédito, começando por aqueles que têm taxas de juros mais elevadas (como os cartões de crédito ou créditos pessoais) ou, dívidas às Finanças e/ou à Segurança Social. Desta forma, vai aumentar a sua folga financeira e evita o pagamento de juros mais elevados.  

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5 – Aproveite para criar ou reforçar o seu fundo de emergência 

A criação de um fundo de emergência permite desfrutar da vida de forma mais tranquila, uma vez que há um “pé de meia” para cobrir as suas despesas essenciais perante imprevistos ou quebras de rendimentos. Dado que este fundo deve, no mínimo, cobrir as suas despesas por um período de três a 12 meses, pode ter algumas dificuldades em chegar à meta que pretende, direcionando apenas uma percentagem do seu salário. 

Assim, sempre que tem acesso a um rendimento extra, como o subsídio de férias, deve direcionar uma parte para reforçar o seu fundo de emergência. Afinal, quanto maior for o seu fundo de emergência, menor será a ansiedade financeira que pode sentir perante imprevistos, perdas de rendimentos ou até numa situação de desemprego. 

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6 - Não se esqueça do regresso às aulas 

No caso de ter filhos, após o período de férias chega o regresso às aulas. E com o regresso à escola surgem várias despesas adicionais ao seu orçamento familiar. Consoante a idade dos seus filhos, o investimento em materiais escolares e outras despesas escolares pode ser maior ou menor.

Por exemplo, existem cadernos de apoio para comprar, materiais escolares, atividades extracurriculares para inscrever os seus filhos, centros de estudo/explicações, etc. Já no caso de ter filhos mais velhos, a ida para a universidade traz inúmeras despesas, como o pagamento de propinas, compra de livros, e caso o seu filho vá para uma universidade fora da cidade, pode ainda ter despesas com o alojamento, deslocações, refeições fora, entre outras.

Dito isto, é preciso antecipar estes encargos para que as suas finanças não fiquem em risco. Assim, se poupar uma parte do seu subsídio de férias pode fazer face a estas despesas e estabilizar as suas finanças.

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