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Vive de salário em salário e quer pagar dívidas? Faça o seu plano

Quer pagar as suas dívidas, mas o dinheiro não chega até ao final do mês? Saiba o que pode fazer para melhorar a sua situação financeira.

Finanças pessoais

Vive de salário em salário e quer pagar dívidas? Faça o seu plano

Quer pagar as suas dívidas, mas o dinheiro não chega até ao final do mês? Saiba o que pode fazer para melhorar a sua situação financeira.

Nos dias que correm, devido à subida da inflação e o impacto no custo de vida, ficou mais difícil para os portugueses não viverem de salário em salário. Ter dificuldade em poupar todos os meses e ainda ter vários encargos/dívidas para pagar, pode ser asfixiante para um agregado familiar. Ainda assim, existem alternativas para melhorar a sua situação financeira. Faça, ou ajuste, o seu plano, de forma a ultrapassar as dificuldades e pagar dívidas.

Defina um orçamento mensal e controle as suas despesas

Quando vivemos de salário em salário é fundamental saber para onde está a ir o dinheiro. Ter uma ideia concreta dos movimentos e pagamentos, dá-lhe a possibilidade de estabelecer um plano de como reduzir as suas despesas e, assim, eliminar as suas dívidas. Além disso, ter um orçamento mensal permite-lhe controlar as suas despesas, o que reduzirá a probabilidade de gastar mais do que deve.

Para equilibrar as suas finanças, comece por criar uma lista com todas as suas despesas e os seus rendimentos. Depois, organize cada uma das suas despesas em categorias, tais como alimentação, saúde, entretenimento, seguros, ou impostos. Com isto, vai ter perceber o que está a consumir uma grande fatia do seu orçamento mensal. Após identificar as despesas desnecessárias, deve estabelecer um plano para minimizá-las, ou removê-las por completo. Compras por impulso ou serviços de subscrição que já não utiliza são alguns exemplos. Mesmo que o valor seja baixo, não subestime o peso que todos estas "pequenos" gastos têm no final do mês. Um pequeno hábito que lhe custe 1€ por dia, significa uma despesa de quase 400€ por ano. Se tiver outros hábitos, rapidamente estas despesas podem chegar aos milhares de euros. Por isso, todos os euros contam.

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Negoceie contratos para obter melhores condições

A poupança nem sempre implica fazer cortes. Muitas vezes, procurar outras alternativas, negociando as condições dos seus contratos, é uma ótima forma para poupar dezenas ou centenas de euros por ano. Contratos de eletricidade, telecomunicações, Internet, seguros, entre outros são todos negociáveis. Em muitos casos, pode nem necessitar de todas as condições "oferecidas" por estas empresas. Na prática, está a pagar mais por algo que não utiliza.

Por exemplo, dependendo dos seus rendimentos, entre outras condições, pode usufruir da Tarifa Social de Energia, o que significa ter um desconto de cerca de 33,8% na sua fatura da eletricidade. Isto significa que numa fatura de 50€, só irá pagar 33,10€. Da mesma forma que a Tarifa Social de Energia, pode também pedir para alterar o seu contrato da água para usufruir de uma tarifa social similar, embora esta possa alterar de município para município.

No caso dos contratos de telecomunicações, tenha atenção ao período de fidelização para não pagar custos adicionais desnecessariamente. Procure recolher várias propostas, compare e decida o que é mais indicado consoante as suas necessidades.

O mesmo se aplica aos seguros, seja este automóvel, multirriscos, saúde ou de vida. Contratar todos os seguros à mesma seguradora, em certos casos, pode ser vantajoso, no entanto, deve sempre verificar se as condições se mantêm.

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mulher desesperada a olhar para o extrato dos cartões de crédito

Trabalho extra para aumentar os seus rendimentos

Para eliminar as suas dívidas, importa reduzir as suas despesas, mas não deve esquecer de aumentar os seus rendimentos. Ao contrário da poupança, em que existe um limite que não deve ultrapassar para não prejudicar a sua saúde ou bem estar, ter um emprego mais rentável ou apostar em novas competências que lhe tragam melhores rendimentos é sempre possível. No entanto, isto requerer alguma disciplina e empenho para melhorar a sua situação.

Ter mais dinheiro ao final do mês significa que terá mais capacidade para amortizar as suas dívidas e ter um trabalho extra é uma das alternativas para conseguir fazê-lo. Se reduzir as suas despesas ao mesmo tempo que aumenta os seus rendimentos, terá uma folga financeira ainda maior. Por isso, mesmo que possa ser difícil começar um trabalho extra, encare esta situação como sendo algo transitório que pode trazer-lhe benefícios.

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Casa mais pequena, renda inferior

Se estiver a pagar uma renda demasiado alta, pondere mudar para uma casa mais pequena ou para um local onde consiga reduzir este encargo. Suponha que, ao mudar de casa, consegue obter uma poupança de 100€ por mês na sua renda. No final do ano, consegue poupar cerca de 1200€. Juntando esta poupança com os rendimentos de um trabalho extra, pode fazer uma diferença enorme na sua vida. Ainda assim, analise sempre os prós e contras, nomeadamente a proximidade do seu local de trabalho, escola dos seus filhos, transportes, entre outras características da localização do imóvel.

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Altere hábitos e estilo de vida para reduzir as suas dívidas

Mudar alguns hábitos e/ou estilo de vida é das decisões mais difíceis a nível financeiro, mas são as que podem trazer melhores resultados a longo prazo.

Em alguns aspetos, gastar menos dinheiro pode ser uma decisão difícil de tomar, visto que, à primeira vista, parece ser um passo atrás na sua vida. Isto acontece, porque muitas vezes, "erradamente" o sucesso é ligado à quantidade de bens materiais que uma pessoa tem, o que faz com que ter menos seja um sinal aparente de "fracasso".

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Consolide ou renegocie as suas dívidas

Qualquer dívida, independentemente do seu valor, pode tornar todo o processo de poupança ainda mais difícil. Mas, existem vários mecanismos para fazer face a estas situações e ajudá-lo a ganhar mais fôlego financeiro. Se tem dificuldades em pagar os seus encargos, pondere primeiro renegociar as suas dívidas. Negociar o spread, analisar propostas de vários bancos, alargar o prazo de pagamento, propor eliminar a subscrição de alguns produtos impostos pelo banco para redução de spread, reduzir as comissões bancárias, são algumas soluções para aumentar o seu rendimento disponível todos os meses.

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Se, mesmo assim, estas alterações não surtirem o efeito necessário, pondere consolidar os seus créditos. No entanto, tenha em consideração que não pode consolidar os seus créditos, caso já esteja em incumprimento. Para iniciar as negociações com o banco, tem de garantir que não tem quaisquer prestações em atraso, além de outras condições, nomeadamente um emprego estável e dar alguma garantia ao banco (por exemplo, um fiador). A consolidação dos seus créditos é bastante vantajosa na medida em que consegue reduzir o valor dos encargos mensais, permitindo-lhe ter uma maior capacidade para poupar.

Ainda assim, numa situação em pode vir a entrar em incumprimento, é preferível pagar mais a longo prazo do que pagar juros sobre montantes em falta, além de que vai estar a reduzir a sua capacidade de negociação com o banco.

Por outro lado, se tem um crédito habitação, saiba que este também pode ser uma fonte de poupança. Através da transferência do crédito para outra entidade que ofereça melhores condições, ou renegociando alguns produtos, pode conseguir reduzir a sua prestação e poupar muito dinheiro no final do seu contrato.

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A informação que consta no artigo não é vinculativa e não invalida a leitura integral de documentos que suportem a matéria em causa.

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