Crédito Habitação

Simulador da Euribor: O impacto da subida dos juros no crédito habitação

Não sabe qual é o impacto da subida dos juros na sua prestação de crédito habitação? Use o simulador da Euribor e preveja vários cenários

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Simulador da Euribor: O impacto da subida dos juros no crédito habitação

Não sabe qual é o impacto da subida dos juros na sua prestação de crédito habitação? Use o simulador da Euribor e preveja vários cenários

A conjuntura atual levou ao aumento da inflação um pouco por todo o mundo. E com o aumento da taxa de inflação, os bancos centrais posicionaram-se na mesma direção, subir as taxas de juro. Na Europa, o Banco Central Europeu afirmou no início do ano que os juros provavelmente iriam aumentar. Logo, desde esse período que temos observado as taxas Euribor a subir progressivamente. Como consequência desta subida, quem tem crédito deve preocupar-se em entender o impacto da subida dos juros na sua prestação mensal.

Caso esteja nesta situação, saiba que para apurar o real impacto da subida dos juros na sua prestação da casa, terá de fazer contas ou recorrer a um simulador da Euribor.
Se pretende desde já reduzir o impacto no valor da prestação, fale com os nossos especialistas e encontre a melhor solução.

De seguida, vamos mostrar-lhe como pode perceber o impacto da subida dos juros no crédito habitação.

Contudo, se recorrer à ajuda de um simulador da Euribor, poderá prever diversos cenários. Por exemplo, pode simular a subida da Euribor para os valores previstos pelo mercado financeiro para a zona Euro, que ronda 1% e 1,5%. Já se quiser ter noção do valor da sua prestação de crédito no pior cenário possível, como o que sucedeu na última grande recessão em 2008, pode fazer uma simulação com a Euribor a 5%.

Vamos a exemplos?

Leia ainda: Prepare-se para a subida da Euribor

O impacto da subida dos juros no crédito habitação nos próximos tempos

Embora muitas pessoas estejam alarmadas com a subida dos juros, saiba que a sua prestação mensal de crédito nunca sofrerá aumentos drásticos do dia para a noite. Afinal, o Banco Central Europeu atua de forma progressiva.

E o que é que isto quer dizer na prática? Que quando a sua prestação é revista (de acordo com prazo da taxa Euribor que contratou), será aplicada a atualização da Euribor, sendo posteriormente somada ao valor do seu spread. Estas duas componentes, (taxa Euribor + Spread) dão origem ao valor da sua TAN (Taxa Anual Nominal), ou seja, à taxa de juros do seu crédito habitação.

Como desde 2015 os valores das taxas Euribor são negativos, é normal que sinta na próxima revisão do seu crédito um aumento ligeiro na sua prestação. Afinal, tirando a taxa Euribor a 12 meses, que já se encontra em valores positivos, os outros prazos aproximam-se cada vez mais dos 0%. E como tal, todas estas pequenas subidas terão o seu impacto. Mas vamos a exemplos concretos para que possa perceber melhor os valores que estão em causa.

Para ter uma ideia do impacto da evolução da Euribor, se tiver um crédito de 120 mil euros, com um spread de 1,2% em que faltem liquidar 300 prestações, iria pagar 440,56 euros por mês. Este valor tem em conta uma taxa de Euribor a 6 meses com o valor de março (-0,417%) e uma TAN de 0,783%.

Ora, se na revisão seguinte, a Euribor a 6 meses chegasse aos 0%, a sua TAN passaria a 1,2% e a sua prestação de crédito para 463,19 euros. Ou seja, a sua prestação sofre um aumento de 22,63 euros.

Se optarmos por um cenário com uma subida mais significativa da Euribor, como por exemplo 1%, a sua TAN chegaria a 2,2% e a sua prestação mensal passaria para os 520,39 euros. Neste caso, ficaria a pagar mais 79,83 euros.

Leia ainda: A minha prestação de crédito vai subir: Quando devem soar os alarmes?

Jovem usa o simulador de variação da taxa Euribor para perceber como vai evoluir a sua prestação da casa

Não sei calcular a subida dos juros. Há um simulador da Euribor?

Sim. No Doutor Finanças desenvolvemos um simulador da variação da Euribor no Crédito Habitação que permite-lhe ter uma ideia de como a sua prestação mensal será afetada pelo aumento dos juros. No entanto, para que os valores sejam os mais aproximados possíveis dos reais, precisa de introduzir os seguintes dados no simulador: 

  • O prazo da sua Taxa Euribor: 3, 6 ou 12 meses
  • O mês em que a sua prestação irá mudar após a revisão
  • Valor do seu spread
  • Montante do capital em dívida
  • Número de prestações em falta do seu crédito
  • E por fim, selecionar o valor da taxa Euribor que quer simular.

Vamos usar o simulador da Euribor para perceber quanto ficaria a pagar se a Euribor a 6 meses atingisse 1,5%, o máximo que o mercado financeiro prevê para a zona Euro nos próximos tempos, mas também cenários alarmantes como 3% ou até 5%.

Usando o mesmo exemplo de um capital em dívida de 120 mil euros, a faltar pagar 300 prestações, se tivesse um spread de 1,2% e a Euribor subisse para 1,5%, a sua prestação mensal passaria de 440,56 euros para 550,51 euros. Mesmo que este aumento levasse inúmeros meses ou anos a acontecer, é impossível determinar um período de tempo para esta eventual subida. No entanto, estaríamos a falar de um aumento progressivo, que no final representaria 109.95 euros a menos no seu orçamento todos os meses.

Já num cenário em que a Euribor alcançasse os 3%, a prestação mensal passaria para 646,73€. Ou seja, um aumento total de 206,17 euros. Por fim, se voltasse a alcançar o valor de 5%, como no período da última grande crise financeira em 2008, a sua prestação podia atingir os 787,90 euros.

Leia ainda: Subida da Euribor: Quanto pode aumentar a prestação da casa?

Use simulador da Euribor, mas não fique à espera que os juros subam

Vivemos num período economicamente incerto, sendo impossível prever com exatidão qual será o valor da Euribor daqui a 6 meses, 1 ou 2 anos. E como tal, o primeiro passo é aceitar que a sua prestação de crédito irá subir. Depois, tente perceber o impacto da subida dos juros através do simulador da Euribor. Veja qual é o aumento da sua prestação com a Euribor a 0%, 0,5, 1% ou até 1,5%.

Após ter a noção do impacto dos juros na sua prestação de crédito é hora de começar a agir. E isto porquê? Porque é provável que tenha de fazer certos ajustes para não colocar em risco a sua estabilidade financeira.

Por exemplo, como estamos a falar de um aumento direto na sua prestação do crédito habitação, pode rever as condições do seu empréstimo. Assim, fale com o banco onde obteve o financiamento e veja o que é possível fazer. Ou seja, tente perceber se há margem para o banco baixar o spread do seu crédito.

Hoje em dia, a maioria dos bancos aplicam spreads mínimos de 1%. No entanto, em algumas entidades bancárias, já se aplicam em algumas operações spreads mínimos de 0,85%. Tudo depende do tipo de financiamento e das condições de cada titular. Mas se conseguir reduzir o seu spread, conseguirá uma folga financeira e não sentirá, para já, um impacto significativo da subida dos juros.

Além do spread do crédito habitação, perceba se vale a pena subscrever os seguros obrigatórios do crédito habitação (seguro de vida e seguro multirriscos) junto de outra instituição. Por vezes, esta pequena alteração desce significativamente o valor que paga por estes dois seguros. No entanto, saiba que ao alterar os seguros para outra seguradora, o mais normal é que o spread do seu crédito suba. Assim, vai precisar de fazer contas e ver se esta mudança compensa mesmo com uma penalização no spread.

Tem mais do que um crédito? Informe-se sobre crédito consolidado

Se tem mais do que um crédito contratado além do seu crédito habitação, como por exemplo um crédito automóvel, cartões de crédito ou outro crédito pessoal, saiba que poderá poupar um valor significativo ao consolidar todas as suas prestações de crédito numa só.

Ao contrário do que muitas pessoas pensam, o crédito consolidado não é só para sobreendividados. No fundo, quem pretende consolidar os seus créditos procura uma solução de poupança. Ou seja, não precisa de estar em incumprimento para pedir um crédito consolidado. Basta que reúna as condições necessárias e pretenda ganhar uma folga financeira no seu orçamento.

E porque é que é possível poupar ao juntar todos os créditos num só? Porque esta solução financeira permite alcançar melhores condições, pois a taxa de juro do crédito consolidado, regra geral, é mais baixa do que a média das taxas de juros de muitos dos créditos ao consumo, como é o caso dos cartões de crédito. E como tal, quando fica com uma única prestação mensal, é bem provável que o valor total seja inferior ao que pagava anteriormente.

Vale a pena mudar para uma taxa fixa?

Tudo depende dos seus objetivos. No caso de ter um crédito indexado a uma taxa Euribor, irá sempre lidar com a flutuação da Euribor. Ao alterar o seu contrato de crédito para uma taxa fixa, deixa de ter a preocupação se os juros estão a subir ou não. Ou seja, este tipo de empréstimo oferece uma maior estabilidade aos seus titulares. No entanto, no momento inicial, o encargo com a sua prestação de crédito será superior ao de uma taxa variável.

Além disso, caso pretenda vender o seu imóvel ou amortizar o capital em divida, saiba que terá de pagar uma comissão de reembolso antecipado. Esta comissão é superior nos contratos de crédito com uma taxa fixa, tendo que pagar 2% do capital reembolsado. No caso dos contratos associados a uma taxa de juro variável esta comissão é de 0,5% do capital reembolsado.

Por isso, tenha estes fatores em consideração. Pese na balança se prefere uma solução mais acessível atualmente, mas incerta a longo prazo. Ou se mais vale optar por uma prestação mais elevada, pelo menos no início, mas garantir que esse valor não sofre qualquer tipo de alteração até ao fim do contrato.

Leia ainda: Devo mudar para taxa fixa no crédito habitação?

Não se esqueça que estas são apenas algumas soluções para reduzir o impacto da subida da Euribor no seu orçamento. O mais importante é que saiba que estes são tempos que requerem alguma ponderação e uma procura ativa de alternativas para não colocar em risco o seu orçamento familiar.

A informação que consta no artigo não é vinculativa e não invalida a leitura integral de documentos que suportem a matéria em causa.

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